27/07/2025
Sempre fui apaixonada pela minha avó Blanca. Talvez a linguística ajude na explicação: por um acidente de letra, não sou Blanca também… mas se mudarmos o idioma, também a sou.
Ela foi uma mulher muito à frente do seu tempo. Era ótima com números (aliás, foi com ela que aprendi matemática, jogando cartas e apostando os centavos que ela me dava). Era do mundo dos negócios (fez muito, e começou vendendo pastéis). Era afetiva que só ela… do jeitinho dela, e com quem conseguia conquistá-la.
Por sua vez, eu, Bianca, quase Blanca, me identifico e me espelho muito nela. Como ela, gosto dos domingos com a família (sangue ou amigos) reunida em casa. Também sou boa de papo, sou séria e muito brincalhona. Também não sou chegada na cozinha, mas quando faço, costuma sair bom!
Hoje, 26 de julho, é Dia dos Avós. E hoje, 26 de julho, também completo 11 anos como psicóloga. Talvez, sem querer querendo, como um desses acasos que fazem sentido, essa data celebre dois amores que se entrelaçam: o amor pela minha avó e pela minha profissão.
Esta semana mesmo falei com a Rosane sobre aquela frase: “no creo en las brujas, pero que las hay, las hay”. Assim como acredito que a base da psicanálise está nos vínculos.
Então f**a aqui o meu “super viva” para a minha vózinha Blanca, e também para mim, nessa trajetória profissional que escolhi (ou que talvez tenha me escolhido), costurada com afeto, legado e presença.