16/08/2016
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A dipirona é um ótimo antipirético, analgésico e antiespasmódico, ou seja, atua contra a febre, a dor e contra cólicas. Ela é uma das dez dr**as mais vendidas no Brasil, utilizado principalmente como analgésico e antitérmico.
Este medicamento era comercializado livremente no mundo todo até a década de 70, quando foi provado o risco de causar uma doença perigosa e fatal chamada agranulocitose. A dipirona foi banida em mais de 30 países, a maioria deles no território do continente europeu, mas esta lista inclui os Estados Unidos, Japão, Austrália e Inglaterra.
No Brasil, assim como em Portugal, México, Israel, Espanha e Rússia, o medicamento ainda se encontra disponível, pois a ocorrência da doença é considerada rara ao ponto de não justificar a proibição da venda do medicamento.
No nosso país, existem cerca de 121 produtos que contém a dipirona como base, e 71 onde ela está associada a outras substâncias. Ela continua sendo uma das dez dr**as mais vendidas e mais prescritas, pela falta de informação, pois logicamente, não interessa aos laboratórios e nem ao mecanismo comercial, que estas informações sejam divulgadas.
Considerar que 80% das vendas da dipirona são realizadas sem a prescrição médica, enquanto o uso pode causar uma doença bem grave, é bem assustador.
Eu concordo com aquele ditado que diz que a diferença entre o remédio e o veneno está na dose, e como sempre acho que este é mais um caso onde pequenas doses podem ser inofensivas, mas o uso contínuo, como uma tradição na sua família, é perigosíssimo!
Existe um grande engano no momento em que as pessoas pensam que os medicamentos que não precisam de prescrição podem ser ingeridos livremente, quando quiser, ao mínimo sinal de dor ou desconforto, e mesmo, em altas doses. Tomou, e não passou, toma mais um, e assim vai indo, e isso é muito errado!
Existe uma ansiedade pela cura, que acaba apagando o bom senso. A auto-medicação é perigosa, pois, além da tolerância que o organismo pode desenvolver pelo costume com as substâncias, ainda existem os perigos da superdosagem e também existe a chance de mascarar os sintomas de alguma doença mais grave. Os sintomas diminuem mas não são curados, a pessoa continua se auto medicando e quando vai ver, o quadro está mais grave.
Tome cuidado com a dipirona e com todos os outros remédios de venda livre. Isso não é brincadeira. A agranulocitopenia ou agranulocitose pode sim aparecer pelo intenso uso de dipirona. Ela é uma doença do sangue, que destrói os leucócitos granulosos.
Os leucócitos granulosos são os principais responsáveis pelas defesas do corpo humano, ou seja, com estas células em menor número, aumenta exponencialmente o risco de contrair infecções, que, dependendo do caso, podem ser fatais.
Fique ligado nos principais nomes comerciais da Dipirona no Brasil:
– Anador.
– Analgex C.
– Baralgin.
– Dipidor.
– Dipimed.
– Doralex.
– Dorfebril.
– Dorilan.
– Lomdor.
– Mirador.
– Nofebrin.
– Novalgina.
– Termopirona.
– Termoprim.
E fique ligado também nos medicamentos com base na dipirona ou que apresentam ela na sua fórmula:
– Alginac: dipirona sódica + carisoprodol + cianocobalamina + piridoxina + tiamina.
– Atroveran: dipirona sódica + cloridrato de papaverina + extrato fluido de Atropa belladona.
– Benegrip: dipirona sódica + cafeína + maleato de clorfenamina.
– Buscopan composto: dipirona Sódica + butilbrometo de escopolamina.
– Nogripe: dipirona sódica + cafeína + maleato de clorfenamina.
– Tropinal: dipirona sódica + butilbrometo de escopolamina + hiosciamina + homatropina.
Então, o que usar? O que fazer?
Procure SEMPRE um médico para lhe receitar aquilo que serve para você em seu caso! Enviado você tenha recorrência de alguma dor já há anos, entenda que analgésicos somente tratam sintoma, então você deve procurar tratar a causa da dor ao invés de simplesmente mascarar o problema! Todo medicamento tem prós e contras. Meu objetivo é alertar para a auto medicação e principalmente alertar para buscar causas e não somente sintomas.
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