Jéssica Freire Nery - psicóloga

Jéssica Freire Nery - psicóloga Psicologia e psicanálise
Atendimento de crianças e adultos
"São as novas perguntas que nos levam para lugares que ainda não fomos"

Entrevista ao FN2 sobre o aumento dos casos de violência sexual contra criança na região de Presidente Prudente e a impo...
08/05/2025

Entrevista ao FN2 sobre o aumento dos casos de violência sexual contra criança na região de Presidente Prudente e a importância do cuidado e atenção à infância atravessada por esse tipo de violação.

https://globoplay.globo.com/v/13577868/

A posição na qual a vida pode ser vividaVira e mexe psicanálise e poesia pra mim parecem se encontrar, e assim me parece...
24/06/2024

A posição na qual a vida pode ser vivida

Vira e mexe psicanálise e poesia pra mim parecem se encontrar, e assim me pareceu nesse trecho de uma aula importante sobre amadurecimento psíquico. Não pelas palavras que para alguns podem parecer um pleonasmo de que "se tem vida, estou vivendo, oras!", mas pela possibilidade de pensar muitas coisas sobre uma frase aparentemente simples.

Quando algo não vai bem e uma pessoa procura por terapia, geralmente vão aparecendo falas e questões sobre o "modo de viver", com a possibilidade desse funcionamento começar a ser interrogado - e se perguntando sobre a vida, nos perguntamos sobre nós mesmos, podendo nos ver enquanto unidade, algo importante para o nosso desenvolvimento.

Se interrogar e poder se ver é poder ir construindo percepções e afirmações sobre si, que às vezes se perderam ou não chegaram a ser conhecidas. É a partir do conhecer o próprio território que se pode defendê-lo, para poder existir de maneira mais ou menos saudável na vida e nas relações, podendo habitar um lugar no mundo, que passa a ser observado como separado, no sentido de que nem sempre atenderá às nossas demandas, mas que continua ali. E assim vamos aprendendo também a lidar com as ambivalências - do mundo e nossas.

18/06/2024
Das coisas mais bonitas de ser psicóloga é poder acompanhar a busca e o encontro por palavras para dizer sobre o que se ...
05/09/2023

Das coisas mais bonitas de ser psicóloga é poder acompanhar a busca e o encontro por palavras para dizer sobre o que se sente. Poder caminhar nas palavras, permitindo-se associar e conseguir dizer que aquele incômodo é raiva. Que aquela angústia é medo. E que o sintoma no físico pode ser chamado de tristeza. Que aquele acontecimento foi rememorado, mas pensado de forma diferente, abrindo aí um outro leque de se interrogar sobre os porquês e iluminar mais o próprio caminho - e isso sim talvez seja o tal do autoconhecimento.

"É por isso que digo que o psicanalista é como o carteiro que toma as cartas embaralhadas, as cartas de nosso destino, ajuda a entregar as que podem ser entregues e reenviar as que estão sem destinatário. Mas o psicanalista se torna também o carteiro das cartas não escritas ainda ao cuidar do silêncio e dos estados informulados, nos quais não encontramos nossas próprias palavras. Nesses estados podemos nos agarras às palavras dos outros, como náufragos. Podemos também reagir com atos e afetos defensivos ao que, em nós, não consegue encontrar palavras. Nesse hora, o carteiro que cuida das cartas ainda não escritas nos lembrará que existem cartas, mas também cartões-postais, telegramas e endereços difíceis de encontrar. O tempo e o trabalho de encontrar as palavras demandam cuidado."

Trecho do livro O Palhaço e o Psicanalista - Dunker e Thebas

No início da vida, o bebê não é uma unidade. A unidade é feita pela dupla mãe-bebê. O psicanalista e pediatra Donald Win...
14/07/2023

No início da vida, o bebê não é uma unidade. A unidade é feita pela dupla mãe-bebê. O psicanalista e pediatra Donald Winnicott, que olhava com importância para o ambiente nos primeiros momentos de vida, chamou de "procupação materna primária" o estado de sensibilidade intenso que a mãe vivencia ainda na gestação e que vai até os meses iniciais da vida do bebê. Essa fusão emocional permite que o bebê satisfaça sua dependência absoluta, já que fora da relação com alguém capaz de suprir suas necessidades físicas e psíquicas, o bebê não existe.

Enquanto o bebê em sua dependência desfruta e se desenvolve a partir dessa relação, a mãe também sente a partir desse estado particular um 'hiato perinatal', onde o tempo e o mundo externo, antes tão percebidos pela mulher, passam agora por mudanças na importância, na percepção e consequentemente na mudança de identidade de si mesma.

E tão importante quanto a entrada nesse estado de fusão da preocupação materna primária para ambos, também é, aos poucos, sua saída. É a abertura para a possibilidade da mãe ser percebida de outra forma pelo bebê e da mulher-mãe encontrar-se novamente com o mundo externo, podendo investir também em outros objetos de desejo e sendo "mãe suficientemente boa", como chama o mesmo autor, transição importante para a dupla.

Dentre os tantos motivos que podem levar uma pessoa à analise, está o querer se conhecer melhor. Saber mais sobre si, so...
10/07/2023

Dentre os tantos motivos que podem levar uma pessoa à analise, está o querer se conhecer melhor. Saber mais sobre si, sobre a pedra que aperta e sobre os caminhos tomados na vida em ciclos que se repetem, mesmo em relações e lugares diferentes.

Se conhecer, porém, envolve desconhecer-se também. Ao longo da análise trilha-se um caminho de se interrogar sobre si mesmo e sobre os próprios sentimentos e ações, buscando saber mais sobre eles e sobre suas origens, podendo começar a construir novos caminhos enquanto se anda.

Já dizia Freud que "o Eu não é senhor em sua própria casa", colocando em cena os desejos, pensamentos e marcas inconscientes que fazem parte do humano e a impossibilidade de um domínio que seja puramente racional sobre nossos afetos e sobre a vida psíquica.

"Tem mais presença em mim o que me falta.
Melhor jeito que achei pra me conhecer foi fazendo o contrário."
[O livro sobre nada - Manoel de Barros]

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