06/12/2019
Ontem postei sobre ele e fiquei pensando..
O trabalho mais árduo que tenho com meus alunos é conseguir que "sejam quem são" ao falar de seu trabalho. Insisto com eles que, ao ir para as redes sociais, mais do que com técnicas ou erudição, as pessoas vão se conectar com a verdade deles, com quem eles são.
Padre Fábio faz sucesso há muitos anos com suas reflexões, livros e músicas, mas se você reparar bem, não é aí que está o detalhe. O que o faz tão especial para muita gente é o fato de ele ser "indecentemente ele mesmo" esteja onde estiver.
O que se espera de um psicólogo? O que se espera de um Padre? Como DEVE se comportar? O que DEVE dizer? O que NÃO DEVE dizer? Onde DEVE ir?
Eu vejo gente alegre, descolada e energizada se transformar num pastel existencial quando ligam a câmera para falar com o público e levar a mensagem da psicologia. Gente que, ao buscar conexão, usa tudo que é técnica, roupa e processo, mas abre mão do que têm de mais valioso.
Abrem mão de ser quem são.
Você acha complicado desafiar os padrões dogmáticos da psicologia, uma ciência que nasceu "logo ali" no século 19? Imagina assumir sua personalidade sendo sacerdote de uma instituição de 2 mil anos...
Há quem condene? Há. Mas muita gente vai te condenar de qualquer jeito, faça você - ou não faça -o que fizer, esteja onde estiver, vista as máscaras que quiser.
O ateu convicto Leandro Karnal disse uma vez à respeito do livro que escreveu com o Padre Fábio:
"Cheguei lá esperando encontrar uma personagem. Encontrei uma pessoa."
Faz um favor pra você: vira gente.
Bom dia.