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Quando decidi embarcar nessa viagem só com a minha filha adolescente, confesso que fiquei um pouco apreensiva. Sete dias...
13/05/2025

Quando decidi embarcar nessa viagem só com a minha filha adolescente, confesso que fiquei um pouco apreensiva. Sete dias fora, só nós duas em um outro país , vivendo intensamente uma convivência em meio a uma fase cheia de transformações : a adolescência, com seus silêncios, suas impaciências, seus ritmos próprios.

Ela queria dormir até mais tarde, não se empolgava tanto em registrar tudo com fotos, às vezes se irritava, se fechava, se afastava. E, pra mim, isso exigiu presença e escuta. Foi um exercício de entender que o jeito dela viver aquele momento era diferente do meu .

Mas o que parecia desafiador no começo se transformou em algo muito maior. Foi uma experiência linda. A gente se aproximou de um jeito novo. Descobrimos que dá, sim, pra conviver com as diferenças — e mais do que isso, que elas podem enriquecer a nossa relação.

Na psicanálise, a gente entende que a adolescência é um tempo de separação simbólica. O filho começa a construir seu próprio lugar no mundo com suas escolhas, seus gostos, seus silêncios. E cabe aos pais sustentar esse movimento sem sufocar, mas também sem se afastar demais. É um equilíbrio sutil. E foi esse equilíbrio que, sem perceber, fomos encontrando nessa viagem.

Apesar das diferenças de ritmo e de olhar, ela também foi minha parceira. Rimos juntas, nos emocionamos, vivemos momentos únicos. Compartilhamos o cansaço, os sonhos, a surpresa de estar ali, realizando algo só nosso..

Essa viagem foi muito mais do que conhecer um novo lugar. Foi uma travessia emocional. Um tempo de presença, de vínculo, de escuta mútua.

Voltamos mais próximas. mais conectadas. Com a certeza de que, mesmo em fases tão diferentes, seguimos lado a lado. Cada uma sendo quem é mais ainda assim, profundamente juntas.

Foi especial. Foi nossa. E eu tenho certeza de que essa foi só a primeira de muitas.

“Penso que nosso trabalho pode estar contido nesse pedido de Diego e na possibilidade de atendê-lo: ajudar a olhar o que...
02/12/2024

“Penso que nosso trabalho pode estar contido nesse pedido de Diego e na possibilidade de atendê-lo: ajudar a olhar o que é invisível aos olhos do rosto, mas que pode, com muito trabalho analítico intuição analiticamente treinada, tornar-se visível aos olhos da mente !”

Ao ler o trecho do livro “ A turbulência adolescente do Cassorla me fez refletir que o trabalho do psicanalista /psicologo é, essencialmente, ajudar o paciente a transformar o que é inicialmente invisivel - seus desejos, medos e potências - em algo visível, consciente e integrável à sua experiência de vida.

Como o pai de Diego, o psicanalista não olha pelo paciente, mas com ele, ajudando-o a descobrir a beleza e a profundidade de sua própria existência.
psicologa

“Penso que nosso trabalho pode estar contido nesse pedido de Diego e na possibilidade de atendê-lo: ajudar a olhar o que...
02/12/2024

“Penso que nosso trabalho pode estar contido nesse pedido de Diego e na possibilidade de atendê-lo: ajudar a olhar o que é invisível aos olhos do rosto, mas que pode, com muito trabalho analítico intuição analiticamente treinada, tornar-se visível aos olhos da mente !

Lendo este trecho do livro “
A turbulência adolescente” do autor Cassorla me fez refletir que o trabalho do psicanalista/ psicólogo é, essencialmente, ajudar o paciente a transformar o que é inicialmente invisivel - seus desejos, medos e potências - em algo visível, consciente e integrável à sua experiência de vida. Como o pai de Diego, o psicanalista não olha pelo paciente, mas com ele, ajudando-o a descobrir a beleza e a profundidade de sua própria existência.
psicologa

Há uns dias comecei ler o livro “ O Mito do normal : Traumas , saúde e cura em um mundo doente “ no qual me trouxe muita...
27/10/2024

Há uns dias comecei ler o livro “ O Mito do normal : Traumas , saúde e cura em um mundo doente “ no qual me trouxe muitas reflexões , este trecho traz uma critica profunda sobre a desconexão que muitos de nós experimentamos na vida contemporânea, A ideia central é que o trauma, que normalmente associamos a eventos intensos e dolorosos, se manifesta na sociedade de maneira menos óbvia, mas igualmente destrutiva, através de uma espécie de “anestesia” cotidiana que nos afastam do momento presente e,em última instância, de nós mesmos.

“Se o trauma acarreta uma desconexão de si, faz sentido dizer que estamos sendo coletivamente inundados por influências que ao mesmo tempo exploram e reforçam o trauma. Pressões profissionais, multitarefas, redes sociais, notícias, múltiplas fontes de entretenimento: tudo isso nos leva a nos perder em pensamentos, atividades frenéticas, aparelhos ou conversas sem significado. F**amos entretidos em atividades de todo tipo, que nos atraem não por serem necessárias, inspiradoras ou revigorantes, ou por enriquecerem ou darem significado à nossa vida, mas pelo simples fato de obliterarem o presente. Numa distorção absurda, economizamos para comprar os mais modernos aparelhos para “poupar tempo” de modo a poder “matar” melhor o tempo. A consciência do momento presente tornou-se algo a ser temido. A especialidade do capitalismo avançado é fomentar esse sentimento de medo em relação ao momento presente; na verdade, muito do seu sucesso depende de aumentar o abismo entre nós e nossa maior dádiva, o presente, e a cultura do consumo é destinada a preencher essa lacuna.

O que se perde é descrito muito bem pela escritora de origem polonesa Eva Hoftman como:

nada mais e nada menos do que a experiência da experiência em si. E o que seria isso? Talvez algo como a capacidade de adentrar as texturas ou sensações do momento; de relaxar o suficiente para poder se entregar aos ritmos de um episódio ou de um encontro pessoal, de seguir o fio da emoção ou do pensamento sem saber aonde ele conduz, ou de parar por tempo suficiente para refletir ou contemplar..

Em última instância , somos distraídos da vida em si”.
(Trecho do livro, páginas 39 e 40)

Após ouvir um Podcast  da SBPPA sobre o tema “Transgeracionalidade: repetição de histórias familiares desconhecidas “ re...
05/09/2024

Após ouvir um Podcast da SBPPA sobre o tema “Transgeracionalidade: repetição de histórias familiares desconhecidas “ realizado com a psicanalista Ana Rosa Trachtemberg despertou o meu desejo de entender , aprender ainda mais sobre essa temática , quando fiquei sabendo deste livro através do meu grupo de supervisão já quis comprá-lo .

O livro Herança Emocional : Uma terapeuta , seus pacientes e legado do trauma é um livro maravilhoso, daqueles que você não quer para de ler , quer grifá-lo todinho e que levanta o véu sobre o indizível , sobre o legado do trauma transgercional.

Nós herdamos traumas de nossas famílias , inclusive aqueles dos quais nunca ouvimos falar .Como herdamos, mantemos e processamos coisas de que não nos lembramos ou que não vivemos? Qual o peso daquilo que está presente, mas que não conhecemos por inteiro?
Podemos mesmo manter segredos uns dos outros e do que passamos para a geração seguinte?

A transgeracionalidade nos afeta individualmente como pais que sofreram grandes traumas com perdas dos seus filhos e em fenômenos sociais com traumas vividos como o Holocausto, , os refugiados e veteranos de Guerras por exemplo .

“ Experiências traumáticas invadem a psique da geração seguinte e se manifestam de maneiras estranhas e , muitas vezes surpreendentes . As pessoas que amamos e aquelas que nos criaram vivem dentro de nós , sentimos sua dor emocional , sonhamos com suas memórias , sabemos o que não nos foi dito de modo explícito e essa coisas moldam nossas vidas de maneiras que nem sempre entendemos “ .( pág 9)

Sem duvida uma leitura transformadora e esclarecedora no qual me identifiquei através da minha história de vida e onde a autora nos mostra que as experiências dos nossos ancestrais moldam , marcam nossas vidas de forma silenciosa , porém profunda e como todos nós temos a possibilidade de nos curar a partir daquilo que é sabido .

“ Toda família carrega algum histórico de trauma. Todo trauma é mantido em uma família de maneira única e deixa suas marcas emocionais naqueles que ainda não nasceram “ . Dra Galit Atlas

Junia Sabo

Quando escolhi ser psicóloga não imaginava quantos desafios iria enfrentar , por mais apaixonante que minha profissão se...
18/12/2023

Quando escolhi ser psicóloga não imaginava quantos desafios iria enfrentar , por mais apaixonante que minha profissão seja exercê-lá é uma tarefa árdua .

Lidamos a todo momento com angústia , dor , sofrimento , traumas , medos , conflitos desejos ,possibilidades . É um trabalho complexo e interminável mas também proporciona experiências muito enriquecedoras e me faz desenvolver como ser humano .

No momento em que comecei a refletir sobre o meu vínculo com a Psicanálise, e pensando imediatamente na relação analítica ocorreu-me um dos vínculos fundamentais da existência humana, o casamento: a escolha de um destino, a dedicação a um propósito, a um desejo e o que a escolha de um trabalho, ou uma profissão, significam na história de uma vida.

Como profissional não agradamos sempre, existem muitos desencontros , somos impotentes e falhamos como é em toda relação humana e em nosso trabalho também não seria diferente.

A minha profissão exige muita dedicação,responsabilidade ,compromisso cuidado , análise e estudos mas existe felicidade, satisfação e alegria em acompanhar as lindas transformações do processo terapêutico de cada um de vocês .

Agradeço a todos pacientes que estiveram comigo neste ano que confiaram sua história a mim , a vocês meu amor e carinho .

A minha analista , supervisora , colegas psicólogas que me fortaleceram e compartilhamos angústias e alegrias este ano e contribuíram para o meu amadurecimento profissional.

Agradeço a todos que estiveram aqui também comigo acompanhando um pouquinho do meu trabalho .

Um ótimo final de ano a todos vocês

Com carinho 🫶🏻🌹❤️

Junia Sabo

A pedidos estou compartilhando o livro que estou lendo no momento .Este livro tem me acompanhado durante esta semana, qu...
25/10/2023

A pedidos estou compartilhando o livro que estou lendo no momento .

Este livro tem me acompanhado durante esta semana, qualquer momento que tenho um tempo livre acabo lendo . FaminTA é um livro autobiográfico onde a autora diz que durante seu tratamento, a escrita se apresentou como uma maneira de externalizar questões internas e de organizar sentimentos e pensamentos, conseguindo entender também um pouco mais sobre si, sobre a sua história e sobre o quanto tudo isso reverbera nos gatilhos do Transtorno Alimentar. É um livro de leitura fluida daqueles que você não quer parar de ler.

Vale a pena a leitura!

Feliz dia a todos os colegas psicólogos que sustentam a nossa prática com Ética , ela rege o meu trabalho .Agradeço a to...
27/08/2023

Feliz dia a todos os colegas psicólogos que sustentam a nossa prática com Ética , ela rege o meu trabalho .

Agradeço a todos os psicólogos que fizeram e fazem parte da minha construção profissional .

Lembro de um poema de autoria de Celso Gutfreind que ouvi em uma aula maravilhosa da Raquel .raquelrios que me marcou e traduz um pouco de nós psicólogos .

“ Uma conversa é decisiva se no início houver olhar
o olhar conversa
é vivo.

Olhar diz: "Vai". Ou: "F**a",
porém, nesse último caso,
se resvalou na entrelinha
se descuidou do fonema
se deixou escapar naco
de pode ir ou parecido
pode ser recuperado
nos meandros
da conversa
a cada não
e, então sim, pode ir adiante.

A vida vinga enquanto há promessa
de olhar e cumprimento
de nova narração.

Com carinho
Junia Sabo

Gostaria de compartilhar um recorte sobre a minha  história , minha vida  com uma breve apresentação . Quem estiver cheg...
03/04/2023

Gostaria de compartilhar um recorte sobre a minha história , minha vida com uma breve apresentação . Quem estiver chegando por aqui agora seja muito bem -vindo 💐

Com carinho

Junia Sabo

📸

“Poesia é o belo trabalhado ,é uma artesania , ela acontece , ela chega ao fim quando você conseguiu dar as formas , ao ...
17/01/2023

“Poesia é o belo trabalhado ,
é uma artesania ,
ela acontece , ela chega ao fim quando você conseguiu dar as formas , ao som, a cada palavra , a cada sílaba , a cada letra “ .


Manoel de Barros .

Documentário “ Só dez por cento é mentira “ sobre a obra do poeta Manoel de Barros na Netflix . Vale a pena assistir ! Obrigada
pela indicação .

✨Desejo um Feliz 2023 com saúde e prosperidade  a todos vocês ! ✨Com carinho Junia Sabo
30/12/2022

✨Desejo um Feliz 2023 com saúde e prosperidade a todos vocês ! ✨

Com carinho

Junia Sabo

Gostaria de indicar este livro “ A geração do quarto “ , um livro de fácil leitura , que pode ser lido por pais , profes...
24/09/2022

Gostaria de indicar este livro “ A geração do quarto “ , um livro de fácil leitura , que pode ser lido por pais , professores , cuidadores e que tráz reflexões sobre a forma como nós adultos vivemos leva à condição de fragilidade das crianças e dos adolescentes.

Na busca pelo pertencimento, o amor dos pais precisa ser o apego , porto seguro para os adolescentes . Somos referência para eles, por isso precisamos manter a conexão que vem através da escuta e de muito diálogo. Precisamos ouvi-los, eles têm muito a nos dizer. Estamos ouvindo nossos filhos? Precisamos refletir sobre isso .

“ O diálogo é uma ponte que conduz o ser humano ao campo das adesões.
E o que é adesão? É ser capaz de ouvir quem me fala, ainda que eu discorde do que me é dito, ainda que o que me é dito seja diferente do que eu penso, do que sinto, mas eu respeito quem diz, eu me ponho a ouvir, eu tenho adesão e não excluo a interlocução. Seria, usando outra expressão, uma espécie de campo das empatias, de tentar compreender como pensa e como sente o outro que não somos. Se dentro de uma casa não existe diálogo, obviamente os habitantes daquele lar vão tentar encontrar "conversas" em outros espaços. Mas isso não garante que não se ressintam, não garante que os problemas estejam resolvidos” .

“Essa geração - que está conectada com as redes sociais digitais, que sabe digitar com rapidez nos minúsculos teclados dos celulares, que faz várias coisas ao mesmo tempo e que demonstra inconsistência ao lidar com questões emocionais - reclama, quando ouvida, de que não existe dentro de suas casas diálogo no sentido de ouvir, discordar, concordar, debater, receber orientação e exemplo”. ( trechos do livro ) 📖

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