10/06/2020
Recentemente fomos tomadxs por um vendaval de acontecimentos que, de certa forma desorganizaram nossos afetos e percepções. Primeiro, o descomunal episódio do novo Coronavírus. Nossas rotinas foram desconstruídas da noite para o dia; nossas emoções foram reviradas dentro de uma gaveta existencial que aparentemente se mostrava bem organizada e o medo foi o sentimento que fez (e talvez ainda faça) morada constante em nossas vidas. Este cenário de crise sanitária continua causando espanto e por muitas vezes, temor. Mas estamos aprendendo a ressignif**ar. Seguimos em busca de novas possibilidades de existir.
No decorrer desta pandemia, instaura-se um pandemônio. De ordem política, social, cultural, econômica. Não havia visto nada semelhante durante pouco mais de 30 anos de vida. Um desgoverno negacionista que minimiza fatos e reduz a existência dx outrx à quase nada. Uma sociedade majoritariamente ra***ta e elitista, que em atos de imensa atrocidade e negligência ceifam uma vida, ao mesmo tempo em que extirpam as perspectivas de crescimento de tantas outras. Um panorama impensável, eu diria. Ainda assim seguimos firmes na caminhada, entendendo que posicionar-se diante de todos esses fatos é urgente e necessário!
Mas o que poderia ser comum em todos esses contextos? Eu respondo a vocês:
E-S-P-E-R-A-N-Ç-A!
E não falo sobre uma esperança romântica, utópica e até fantasiosa. Me refiro a esperança que nos fez/faz chegar até aqui. A esperança que representa luta e resistência, que nos impulsiona e nos permite persistir mesmo em meio a tantos obstáculos. A esperança proativa, que nos faz seguir adiante. Porque como bem mencionou o Professor Zeferino Rocha: esperança não é esperar, é caminhar. Que muito em breve tudo isso possa fazer sentido pra gente e que este temporal de acontecimentos nos faça enxergar o óbvio: o OUTRO.
Juliana Tavares - CRP 02/21493 🌻