30/07/2025
Natal, 26 de julho de 2025.
60 socos
61 talvez
Ciúmes, ele disse
Claustrofobia, justificou
Uma mulher, a namorada,
Violentada
Dor elevada no elevador.
No Brasil, foram 4 (quatro) feminicídios por dia em 2024. Em 2025 e todos os dias muitas dores advindas das violências se elevam. Elas são psicológicas, físicas, se***is, patrimoniais, diversas.
As relações, ditas amorosas, são as mais violentas, e são no contexto intrafamiliar que mais ocorrem. É preciso lembrar Bell Hooks quando nos diz que o amor é ação e não um sentimento que se diz ter: “Não pode haver amor sem justiça… o abuso e a negligência negam o amor”.
É senso comum associar à estrutura patriarcal, machista e ra***ta de onde advém o repetido cenário de violência contra as mulheres. É ainda sim, importante não esquecer que não são fatos isolados, há uma domesticação dos papéis de gênero e o feminino e tudo que ele representa é atacado com truculência e desqualificação. Havendo um crescimento, sobretudo, em casos de violências e feminicídios de mulheres negras.
Políticas de visibilidade, acolhimento, reparação e segurança, educação feminista, de gênero e antirra***ta, são necessárias para o combate à violência contra mulheres e feminicídios.
Nenhuma mulher se sente segura. Esse estado permanente de tensão é estratégico e afeta gerações de mulheres na cultura do medo.
Imposta e fortalecida pelo machismo e pela misoginia, a construção social do que é ser mulher, muitas vezes, faz com que mulheres vítimas de violências domésticas permaneçam em relações abusivas, causando um maior risco para o escalonamento das violências. Somando a uma complexa falta de estrutura financeira, emocional, escassa rede de apoio e pouco suporte de amigos e familiares, também proveniente de uma estrutura que exclui e negligencia mulheres.
O acolhimento às vítimas contando com suporte psicológico, médico, jurídico, familiar, social são fundamentais na construção de outros nortes após às vivências violentas.
Central de atendimento a mulher - ☎️ 180
autoexpressao