23/12/2025
Durante um eclipse solar, árvores na Itália sincronizaram seus sinais elétricos, sugerindo uma espécie de inteligência coletiva da floresta.
Em uma descoberta surpreendente, cientistas observaram que as árvores podem agir como um “coletivo vivo”, sincronizando seus sinais elétricos internos em antecipação a um eclipse solar.
Durante o eclipse de 2022 sobre os Dolomitas, no norte da Itália, pesquisadores registraram que árvores de abeto alinharam sua atividade bioelétrica horas antes do fenômeno começar.
Isso indica que as árvores não apenas reagem passivamente às mudanças do ambiente, mas são capazes de antecipá-las e responder de forma interligada, como organismos conectados. Quanto mais antiga a árvore, mais fortes eram os sinais de antecipação, o que aponta para uma possível transmissão de consciência ecológica dentro da floresta.
Utilizando sensores personalizados instalados em árvores vivas e até em troncos antigos, a equipe internacional observou mudanças coordenadas na voltagem das células, conhecidas como potenciais bioelétricos. Esses sinais, gerados pelo fluxo de íons através das membranas celulares, sugerem que as árvores podem se comunicar e se adaptar coletivamente.
Os resultados reforçam a ideia de que florestas não são apenas conjuntos de plantas individuais, mas sistemas interdependentes, nos quais árvores antigas desempenham um papel essencial na resiliência e na “inteligência” do ecossistema. O estudo também fortalece os apelos pela preservação de florestas antigas, valorizando um tipo de sabedoria ecológica invisível, porém vital.