22/12/2025
Cuidar da mente não é exatamente buscar a felicidade plena e constantemente.
Trabalhar cada ano mais focada da prevenção de transtorno mentais e ver que nas sessões com os meus pacientes cuidar da saúde mental é em primeiro lugar aprender habilidades que gerem um espaço interno de auto compaixão, de forma saudável. Isso traz bem estar e felicidade para mim.
Veja, todas as emoções podem surgir a qualquer momento, sejam elas as que ajudam ou as que não ajudam, e todas são bem vindas e fazem parte da nossa vida: entender isso é básico para viver e viver bem. Cada vez mais percebo o quanto a aceitação dessas emoções fortalece a autorregulação e o autodesenvolvimento.
Vivemos um tempo em que estar bem virou performance. Nas redes sociais, na publicidade e até nos ambientes de trabalho, emoções difíceis passaram a ser tratadas como falhas pessoais ou algo a ser escondido, corrigido ou eliminado o quanto antes.
Existe uma avalanche recente de pessoas e conteúdos que prometem felicidade em 5 passos, mentalidade para o sucesso em 21 dias, auto estima em 1 treinamento, eliminação do medo em 1 sessão.
Nada contra a busca por bem-estar. Me preocupo com a ideia que isso é obrigação a todo custo e urgência.
As evidências científ**as mostraram outra coisa: quando negamos emoções como tristeza, frustração ou raiva, elas não desaparecem, elas se acumulam e "pedem depois para sair".
Ou seja, cobram seu preço depois, por exemplo, em forma de esgotamento, ansiedade e perda de sentido.
Saúde mental nunca exigiu viver feliz o tempo todo. Pelo contrário cada vez mais será necessário ter flexibilidade emocional para atravessar o que a vida traz sem se "quebrar" por dentro.
Se existe um cuidado mais urgente hoje é permitir-se ser humano. Fez sentido? Então, compartilhe com alguém que anda se exigindo demais... Flexibilidade psicológica, esse é o caminho para o bem estar, para a saúde mental. Concorda? #2025 #2026