
24/07/2025
A técnica conhecida hoje como Deep Plane Facelift foi inicialmente descrita por Sam T. Hamra, cirurgião plástico norte-americano, no final da década de 1980. Em 1990, ele publicou o artigo seminal:
Hamra ST. “The deep-plane rhytidectomy.” Plast Reconstr Surg. 1990;86(1):53-61.
Hamra propôs uma abordagem revolucionária à época: em vez de simplesmente tracionar a pele ou realizar plicaturas superficiais do SMAS, ele defendia a dissecção e o reposicionamento do SMAS e das estruturas profundas como um único compósito, preservando a vascularização e melhorando a mobilização dos tecidos.
Esse conceito rompeu com a técnica clássica do lifting facial baseada na tração dérmica ou apenas na manipulação superficial do SMAS.
A tendência estética contemporânea privilegia resultados naturais, evitando a aparência estigmatizada, muitas vezes associada ao excesso de tração superficial. O Deep Plane promove um rejuvenescimento que respeita a arquitetura anatômica da face, com menos estigmas de intervenção.
Ao reposicionar as estruturas profundas e não apenas tracionar a pele, os resultados do Deep Plane demonstram maior longevidade, com sustentação mais eficaz da região malar, mandibular e do pescoço.
O foco deslocou-se da simples remoção de pele para o reposicionamento anatômico das estruturas profundas, conferindo ao cirurgião uma ferramenta poderosa para rejuvenescimento tridimensional e, ao paciente, um resultado natural e sofisticado.
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Dra. Renata Vidal
Médica Cirurgiã Plástica
CRM15217/RQE2013.