
12/11/2022
Ser mãe é a experiência mais forte, transformadora e engrandecedora que uma mulher pode experimentar, mas ser mãe também doi, nos faz sofrer, corta a nossa carne e o nosso coração.
Parece que, como nunca, na maternidade se faz valer aquele ditado “no pain, no gain” e vivemos isso todo santo dia, do nascer até o por do sol e do por do sol até o nascer novamente.
Doi quando a gente vê o corpo se transformar, quando sentimos o corpo se dividir em dois para trazer uma nova vida, quando nossos hormônios entram em ebulição. Doi ver a dor da cólica, a dor do dente nascendo, a dor da primeira rejeição. Doi quando não podemos dormir uma noite inteira de sono, quando temos que levantar da cama muitas mais vezes que gostaríamos, quando não descansamos por meses a fio. Doi muito quando eles ficam doentes, quando não sabemos o que eles tem, quando eles se põem a chorar.
Amamentar doi, não amamentar doi mais ainda. Doi quando o filho não come, quando ele insiste em fazer birra, quando ele faz o contrário do que você gostaria.
Doi quando você não sabe se está acertando, não tem certeza se está sendo uma boa mãe, se pergunta se tudo é mesmo tão difícil, tão complicado, tão desafiador.
Doi quando você sente culpa (e você se culpa por quase tudo), quando as pessoas te culpam, quando você se vê julgada. Doi ouvir palpite a todo momento, ouvir críticas à sua forma de criar, ao seu jeito de educar. Doi quando alguém dá algo para seu filho comer sem pedir a sua autorização, quando te desautorizam, quando fazem pouco caso das regras que você considera importantes.
E longe de mim dizer que toda essa dor não vale a pena. Vale sim. Vale cada suspiro dado, cada lágrima derramada, cada pingo de suor que cai. Vale a dor da carne, da alma e do coração, porque amor de mãe é o sentimento mais forte que alguém pode experimentar e nada substitui essa experiência. Nem de longe.