Psicóloga Ana Júlia Basilio

28/01/2025

“A tarefa do homem é… tornar-se consciente dos conteúdos que sobem do inconsciente. Ele não deve persistir em sua inconsciência nem permanecer identificado com os elementos inscoscientes do seu ser, fugindo assim do seu destino, que é criar uma consciência cada vez maior. Até onde podemos perceber, o único propósito da existência humana é acender uma luz na escuridão do mero ser.“

Referência: Carl Gustav Jung em Memórias, sonhos e reflexões, p.326

27/01/2025

🌟 O que são Arquétipos na Psicologia Junguiana? 🌟

Os arquétipos são imagens, símbolos e padrões de comportamento universais que fazem parte do nosso inconsciente coletivo, segundo Carl Jung. Eles representam ideias e experiências compartilhadas por toda a humanidade, como o Herói, a Sombra, o Velho Sábio e a Grande Mãe. 🧠💭

Esses arquétipos se manifestam em nossos sonhos, mitos, arte e cultura, ajudando a moldar como vivemos e entendemos o mundo ao nosso redor. 🌍✨

24/01/2025

🧠✨ Psicologia Analítica e a Influência do Inconsciente nas Nossas Atitudes ✨🧠

A psicologia analítica, desenvolvida por Carl Jung, acredita que muitos dos nossos comportamentos conscientes são influenciados por conteúdos inconscientes. E a teoria não para por aí! 👇

Jung identificou dois tipos de inconsciente: o pessoal e o coletivo.

🔹 Inconsciente pessoal: Formado por conteúdos que um dia estiveram na nossa consciência, mas foram esquecidos, reprimidos ou negados. Eles são gerados a partir das nossas vivências e experiências individuais. 🌍

🔹 Inconsciente coletivo: Composto por conteúdos que nunca fizeram parte da nossa consciência pessoal. Eles são formados ao longo do processo de evolução da humanidade e fazem parte da psique de todos os seres humanos. Esses conteúdos são como tendências comportamentais e emocionais que ecoam através dos mitos e até em nossos sonhos e fantasias. 🌌

Jung chamou essas tendências de arquétipos. Fique ligado para o próximo post, onde falarei mais sobre eles!

23/01/2025

A Psicoterapia Junguiana tem como grande objetivo o Processo de Individuação, ou seja, tornar-se si-mesmo.

Durante esse processo, trabalhamos juntos para reconhecer seus padrões de comportamento e respostas emocionais, trazendo mais consciência para sua dinâmica psíquica. Isso lhe oferece a oportunidade de transformar padrões que causam sofrimento e, assim, alcançar uma melhor saúde mental e bem-estar.

🌱 O autoconhecimento é o primeiro passo para uma vida mais plena e equilibrada. Vamos nessa jornada?

22/01/2025

Coabitam dentro nós: luz e sombra.
Luz = conteúdos conscientes, bons, aquilo que está preservado
Sombra = conteúdos inconscientes, ruins, aquilo que foi reprimido por ser considerado mau ou inadequado moralmente.
E como sabemos que a sombra existe já que é inconsciente?
Uma primeira pista para contemplá-la rapidamente se dá a partir de atos falhos, estouros emocionais, esquecimentos súbitos ou invasões de pensamentos.
Aqueles conteúdos que compõe a sombra, por não serem conhecidos como nossos, são postos/projetados em outrem.
Ao projetar esses conteúdos no outro, estamos repetindo o padrão que fez com que, em primeiro lugar, o conteúdo se tornasse sombra. Tal movimento não auxilia o desenvolvimento de posturas empáticas e respeitosas dentro de nós para conosco e para com nossos pares. Ao contrário, estimula a culpa, o auto flagelamento, a discriminação, o preconceito e estigmas pré estabelicidos na sociedade. Ou seja, não nos faz seres de luz.
Para alcançar a luz e assim estimular posturas mais empáticas, respeitosas e de aceitação autêntica de si-próprio e do outro é necessário encarar a escuridão. Uns dos caminhos para isso é através da psicoterapia. E como resultado haverá uma integralização do nosso ser. Com um ser mais integral, é possível o manejo das emoções negativas relacionadas ao conteúdos que antes faziam parte da sombra. Dando a possibilidade de nos vermos livres da culpa e vergonha, redescobrindo novos potenciais e enxergando projeções.

21/01/2025

Também conhecida como Psicologia Analítica, Psicologia Profunda ou Psicologia Complexa.

Foi desenvolvida por Carl Gustav Jung (1875-1961), psiquiatra Suíço, que dedicou sua vida a fim de conhecer e compreender a psique humana, lançando-se nesse grande desafio que é dar ouvidos ao Self e decifrá-lo.

Aqui, resumidamente, algumas características da abordagem que considero importantes e estão sempre a minha vista no processo terapêutico:

- Reconhece a existência de conteúdos inconscientes que podem influenciar no nosso viver;

- Postula a existência de não somente um Inconsciente Pessoal, como também um Inconsciente Coletivo;

- A partir do reconhecimento do Inconsciente Coletivo, a psicologia analítica abre portas para o desenvolvimento um olhar histórico-cultural sobre a psique;

- A fim de explorar esse espaço histórico-cultural, utiliza de uma epistemologia baseada no ato de ampliar/amplificar os conteúdos trazidos em terapia; fazendo isso através da utilização de conhecimentos prévios sobre história e cultura. E para isso, utiliza como recursos: mitos, arte, poesia, entre outros.

- O sonho possui ainda grande papel no desenvolvimento do processo terapêutico, sendo considerado uma das principais pontes entre o consciente e inconsciente.

- A criatividade ou imaginação também são muito valorizadas e estimuladas durante a terapia, sendo também consideradas pontes entre o consciente e o inconsciente.

- Estimula-se ainda a representação de falas, sentimentos e situações em forma de imagens. Uma vez que a imagem é um símbolo em potencial, contendo a capacidade de ampliação de significado.

Por fim, que muito bem foi dito por Jung, e não pode se perder de vista, é: “Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana."

17/01/2025

16/01/2025

Por que a psicoterapia auxilia no Processo de Individuação? Aqui alguns motivos:

- O próprio oferecimento de um local e tempo para se falar, se ouvir e refletir a respeito dos acontecimentos do dia-a-dia, das lembranças do passado, das perspectivas do futuro, dos sonhos tidos durante a noite;

- Oferecimento de uma escuta especializada, não julgadora, mas acolhedora a esses conteúdos;

- Como também, o oferecimento de um “diálogo diferenciado”. Por meio do treino profissional e dos conhecimentos adquiridos por parte do psicoterapeuta a respeito da estrutura da psique, é possível alimentar esse “diálogo diferenciado”. Ele é diferenciado pois contém perguntas “especiais”, aquelas que oferecem grande potencial de reflexão e de integração de conteúdos inconscientes ao consciente;

- Oferecimento de conhecimentos a respeito de simbologia. A linguagem simbólica é a que rege o inconsciente. O símbolo é sempre mais do que aparenta ser. Então é oferecida essa postura de procurar pelo mais;

- Disposição do psicoterapeuta em auxiliar a ampliação de conteúdos através da busca por conhecimentos sobre mitologia, artes literárias e visuais;

Dentre tantos outros motivos que é até difícil citar, uma vez que eles variam de acordo com a singularidade de cada dupla analista-analisado.

Gostaria ainda de oferecer a seguinte imagem para ajudar no entendimento de como a presença de um psicoterapeuta pode ajudar no processo de individuação:

A vida é como se fosse uma jornada, você pode escolher seguir por trilhas já abertas ou até mesmo construir seus próprios caminhos. O psicoterapeuta pode ser requisitado como um companheiro nessa viagem. Alguém que pode lhe ajudar a desvendar novos caminhos, arrecadar ferramentas úteis para a jornada, reconhecer as ferramentas que já existem em sua mochila, ajudar a desvendar mapas antigos de pessoas que já passaram pelo caminho que você está ou deseja estar/construir, te fazer companhia numa noite fria ao relento, suportar os ventos fortes no desfiladeiro, e a contemplar os amanheceres ao horizonte. O tesouro não está no final do caminho, está durante o percurso: no reconhecimento de todos os movimentos feitos durante a jornada.

15/01/2025

Como já comentei anteriormente, a Psicologia Analítica crê na influência de conteúdos inconscientes sobre nossas atitudes conscientes.
E ela não para por aí!
Jung nota a existência de dois “tipos” de inconscientes: o pessoal e o coletivo.
O inconsciente pessoal é constituído de conteúdos que um dia já estiveram na consciência, mas que por algum motivo foram esquecidos, recalcados ou negados; tornando-se então inconscientes. Tais conteúdos advém da nossa vivência pessoal, são criados a partir da nossa relação com o mundo ou com nós mesmos.
Já inconsciente coletivo é composto por conteúdos que nunca fizeram parte da nossa consciência. Eles não são criados a partir da nossa vivência pessoal no mundo, eles surgiram partir de todo o processo de evolução da espécie humana. Eles são como os instintos (mas não o são). São marcas estruturais que fazem parte da psique de todos os seres humanos. São tendências emocionais e comportamentais presentes na estrutura psíquica da mulher e do homem. Podemos enxergar essas tendências a partir da análise de mitos, por exemplo. Ao lermos um mito, podemos notar aspectos semelhantes aos nossos sonhos e fantasias pessoais. Seria como se nossa mente ecoasse o passado humano em nossos sonhos e fantasias.

14/01/2025

Umas das mais célebres frases proferidas pelo teórico Carl G. Jung. Pode-se refletir inúmeras coisas a respeito dela, como por exemplo, o tema "autoconhecimento". A partir dessa ênfase, gostaria de trazê-los comigo no seguinte devaneio.
Sonhar ou despertar? Na minha visão, ambas ações fazem parte do processo de se autoconhecer. Primeiro sonhamos e depois despertamos - e assim nos autoconhecemos.
Olhar para fora e sonhar, diz respeito às projeções vindas do inconsciente e postas sobre situações do dia-a-dia. Ou seja, modos de ser rotineiros, influenciados ou até mesmo comandados inteiramente por impulsos inconscientes. Já, olhar para dentro e despertar, é reconhecer tais impulsos e ter a oportunidade de desvendar sua natureza e, assim, caminhar rumo ao domínio dos mesmos.
O autoconhecimento surge a partir desse caminho, do sonhar ao despertar. Se autoconhecer diz respeito a ver o que se é na relação com o mundo, entender seus sentimentos e inclinações. Penso que a frase de Jung carrega consigo essa ideia. O que vocês acham? Os comentários estão abertos para podermos conversar mais a respeito disso.

-estar

13/01/2025

Há tanto a se dizer... Mas vamos lá, temos um limite de caracteres para respeitar aqui.

Para já lançá-los numa compreensão geral sobre o significado do Processo de Individuação, sua conceptualização será a seguinte:

O Processo de Individuação significa TORNAR-SE SI-MESMO. Ou seja, o objetivo do Processo de Individuação é se tornar, ao longo da vida, aquele ou aquela que somos, sendo cada vez mais autênticos, cada vez mais nós mesmos e em consonância conosco. Isso traz saúde e promove o sentimento de que a vida faz sentido.

Dito isso, vamos retomar o que foi escrito no post anterior, quando iniciei a fala sobre o propósito da psicoterapia, ou podemos dizer: o grande benefício da psicoterapia.

Naquele post, dei alguns exemplos de objetivos traçados por quem procura iniciar uma psicoterapia. Dentre aqueles exemplos, havia um que dizia “gostaria de melhorar minha relação em casa”. Como vocês acham que isso cabe dentro do processo de individuação?

Instigo vocês nesse questionamento pois não podemos nos esquecer que a individuação não é um processo somente interno, mas se dá também na nossa relação com ambiente. Jung já dizia “a relação com o si-mesmo é ao mesmo tempo a relação com o próximo. E ninguém se vincula com o outro se antes não se vincular consigo mesmo”. Assim, no processo de individuação, além de nos libertarmos das amarras inconscientes, também nos libertamos de valores e normas coletivos, como das expectativas de determinados papéis sociais; pois ganhamos a nossa autonomia para ser da forma mais genuína.

10/01/2025

O que se busca ao iniciar um processo de psicoterapia?

Cada um que faz terapia ou pensa em fazer, terá uma resposta diferente: “gostaria de melhorar minha relação em casa”, “perdi alguém que amava e quero tratar minha dor”, “gostaria de ser menos ansioso”, etc.

Essa singularidade nas respostas representa os pequenos propósitos. Eu digo pequenos, mas não quero dizer que são pouco importantes. Eles são pequenos pois cabem dentro de um outro propósito, o grande propósito.

Esse grande propósito é aquilo que todas essas diferentes pessoas vão experimentar ao iniciar uma psicoterapia.

Dentro da Psicologia Analítica, chamamos isso de processo de INDIVIDUAÇÃO.