
02/12/2024
Como conversamos anteriormente, todo mundo sente ansiedade, mas quando devemos nos preocupar?
A ansiedade, quando em níveis normais, é natural e necessária. O problema é quando ela se torna patológica.
O que caracteriza um estado como patológico é quando estas situações dominam a nossa vida mental, quando o sofrimento emocional (ansiedade) passa a ocupar o primeiro plano em nossas vidas e nos impede de viver outras experiências, causando prejuízos emocionais e em um ou mais âmbitos de nossa vida (como pessoal, social, de trabalho).
Outra diferença é que a ansiedade normal ocorre quando está explicitamente presente um motivo e a resposta que temos guarda proporção com ele tanto em intensidade quanto em duração. Além de, geralmente, os sintomas surgem mais na esfera emocional que na corporal. Já quando a ansiedade é patológica pode parecer imotivada: ocorrer sem nenhum estímulo aparente ou a resposta não guardar proporção com ele. Nela, há ampla somatização (sintomas físicos) dos sintomas emocionais, além de ambos surgirem com maior intensidade e causarem um sofrimento significativo ao indivíduo.
O mais típico dos sintomas físicos é a sensação de aperto no peito que os pacientes costumam descrever como uma garra ou trator comprimindo-lhes o tórax. Outros são: suor, tremor, fala com entrecortada ou ausente, “respiração curta” (podendo apresentar falta de ar), coração acelerado, tensão muscular excessiva, alteração do sono (insônia ou sono exagerado), etc.
Dentre os sintomas emocionais, podemos identificar angústia, ser tomado por lembranças ruins, imaginar os piores cenários futuros possíveis, medos exagerados ou irracionais, entre outros.
Além disso, a ansiedade normal não chega a comprometer as atividades e funções fisiológicas do indivíduo, o que faz a ansiedade patológica. Esta leva a certa perda de liberdade e ficamos paralisados em modos estereotipados de funcionamento, sofrendo, podendo chegar a nos impedir de fazer tarefas cotidianas como sair de casa, ir ao mercado, encontrar pessoas.
Se você se identifica com o que conversamos hoje, procure ajuda. Você não está sozinho(a)!
Um abraço,
Mari ♥️