Clínica Andaimes

21/10/2025

Nem sempre o caminho será como imaginamos. Às vezes, sonhamos com um trajeto linear, calmo e previsível — mas o que vivemos na prática é cheio de altos e baixos. E, em certos momentos, o medo nos visita quando tudo parece um emaranhado sem sentido.

O que assusta, no entanto, nem sempre é sinal de retrocesso. Muitas vezes, é apenas o retrato de um processo legítimo de transformação interna. A mente não evolui em linha reta — ela sente, recua, avança, repete, resiste… e então, amadurece.

Acolher o processo, mesmo nos dias mais confusos, também é autocuidado.

21/10/2025

17/10/2025

Em vez de focar apenas no que falta na relação, talvez a pergunta mais honesta seja: o que eu tenho cultivado nela?

Nem sempre é fácil olhar para nossas próprias posturas — especialmente quando estamos cansados, magoados ou na defensiva. Mas vínculos afetivos não se sustentam apenas pelo que uma das partes oferece. Relações pedem cuidado ativo, escuta, presença emocional e disponibilidade para investir.

"Estou sendo a presença que eu mesmo gostaria de receber?" — essa é a pergunta!

Relação é construção diária.

17/10/2025

O modo como nos relacionamos na vida adulta carrega marcas do que vivemos na infância — não apenas nas memórias, mas principalmente no jeito como aprendemos a sentir, reagir e amar.

E, sem perceber, crescemos acreditando que essa é a única maneira de lidar com o mundo e com o outro. Repetimos padrões, evitamos vulnerabilidades. Criamos formas de proteção que, muitas vezes, acabam impedindo o encontro mais profundo com quem está ao nosso lado — e conosco mesmos.

Mas a história que nos moldou não precisa nos limitar. Amadurecer é perceber que há outros caminhos possíveis. É abrir espaço para novos modos de se relacionar.

10/10/2025

Nos relacionamentos, a comunicação não é sobre ganhar uma discussão — é sobre restaurar a conexão. E, às vezes, o que se repete não é teimosia, é a tentativa de se fazer entender, de reconstruir confiança, de não deixar passar mais uma vez. É preciso que haja espaço para escuta. E se a escuta está difícil, é hora de olhar para essa relação com mais cuidado e apoio.

Artes por

05/10/2025

Dia de muito aprendizado e troca de afetos! Interiorando.

03/10/2025

Essa pergunta revela menos sobre o prazer e mais sobre nossa tentativa de controlar o que, no fundo, é da ordem do vínculo.

O s**o, quando está a serviço da saúde relacional, não é só sobre frequência. É sobre o que se sustenta entre um encontro e outro. Sobre o que se compartilha no silêncio, na espera, na tensão.

A intimidade verdadeira não se mede em quantidade — se sente no corpo, na escuta, na liberdade de ser com o outro sem precisar performar nada.

Artes por

25/09/2025

É comum que, diante do desgaste na relação, cada um se agarre à própria versão dos fatos e acabe projetando no outro toda a responsabilidade pelo que não vai bem. Mas vínculos afetivos não se desconstroem por culpa de uma só parte — e também não se reconstroem com base em apontamentos unilaterais.

Assumir a parcela de impacto que cada um tem sobre a relação é parte do amadurecimento. Isso não significa tolerar o que nos fere, mas reconhecer que as dinâmicas entre duas pessoas sempre envolvem corresponsabilidade. Mesmo o silêncio, a ausência ou o afastamento são respostas que provocam efeitos, e entender isso é tão importante quanto nomear o que nos machuca.

A intimidade que sustenta vínculos saudáveis é aquela onde há disposição mútua para reconhecer falhas, rever atitudes e construir algo mais consciente a partir das próprias limitações.

Culpar o outro pode é mais fácil, mas é no reconhecimento do que também nos cabe que uma relação encontra a chance de evoluir.

17/09/2025

Pensar em mudar é, também, uma forma muito sofisticada de adiar a mudança. Enquanto nos ocupamos muito tentando entender todo o caos do pensamento, o tempo nos escapa — e, com ele, o que poderia ter sido feito.

Mas quase nada se transforma se, em algum momento, não encararmos uma pergunta incômoda: "e o que eu faço com isso agora?"

É importante reconhecermos o que está ao nosso alcance e escolhermos nos mover a partir disso. Mesmo que seja um detalhe.

Inspiração / Artes:

12/09/2025

A maioria das pessoas deseja viver um relacionamento real, com conexão profunda, estabilidade emocional e respeito mútuo. Mas poucos se perguntam o que estão dispostos a sustentar no dia a dia para que isso aconteça. Porque amor, por si só, não basta. E compromisso não se resume a palavras bonitas, mas à repetição de atitudes que constroem confiança, segurança e presença.

Cuidar de um vínculo afetivo é aceitar o trabalho que ele demanda. É abrir espaço para o outro, se responsabilizar pelos impactos da própria ausência, da própria rigidez, da própria dificuldade em ouvir. É oferecer presença de verdade.

Comprometer-se na relação é transformar o sentimento em ação contínua. É não terceirizar o cuidado, nem esperar que o relacionamento se sustente sozinho. Quem não está disposto a pagar esse preço, muitas vezes, acaba chamando de “peso” aquilo que só precisava de mais compromisso afetivo.

04/09/2025

A sexualidade é parte da saúde integral — e falar sobre isso com seriedade, cuidado e respeito é uma forma de promoção de saúde, prevenção e valorização da dignidade humana.

No Dia Mundial da Saúde Sexual, celebrado em 4 de setembro, reforçamos a importância de garantir o direito ao acesso à informação, à escuta qualificada, à educação sexual baseada em evidências e à possibilidade de cada pessoa viver sua sexualidade com segurança, liberdade e dignidade.

Mais do que ausência de doenças, a saúde sexual envolve vínculos saudáveis, acesso a serviços, respeito às diferenças, consciência de limites e o direito de se reconectar com o próprio corpo, o próprio desejo e a própria história.

Falar sobre isso é falar sobre autonomia, afeto e cuidado. Hoje e todos os dias.

01/09/2025

A maioria das pessoas aprendeu, desde cedo, a engolir a própria dor. E, com o tempo, ela vai se disfarçando — sob a rotina, as responsabilidades familiares, o trabalho constante.

Até que, por um acúmulo de tantos sentimentos ruins, essa dor vira monstro: cresce no escuro, sem nome, sem espaço de fala, sem acolhimento.

O Setembro Amarelo nos lembra da importância de reconhecer essas batalhas silenciosas. De estar atento aos sinais sutis. De oferecer escuta, presença e, principalmente, acolhimento sem julgamento.

Esteja aberto para ser um canal de cuidado.

E se o monstro for seu, lembre-se: você não precisa enfrentá-lo sozinho(a). Procure ajuda.