16/10/2025
🦋 O uso de agonistas do receptor de GLP-1, como semaglutida e liraglutida, revolucionou o tratamento da obesidade e do diabetes tipo 2. Esses medicamentos promovem saciedade, retardam o esvaziamento gástrico e regulam a insulina, resultando em perda de peso significativa e melhora metabólica.
Contudo, o uso crescente, inclusive para fins estéticos ou fora das indicações clínicas formais, trouxe à tona questões éticas, científicas e sociais.
🦋 O que diz a ciência?
O estudo publicado no Diabetes Care (2023) destaca:
Redução de 10–15% do peso corporal
Melhora do controle glicêmico e perfil lipídico
Proteção cardiovascular
🦋 Mas também aponta lacunas:
Falta de dados robustos sobre segurança a longo prazo, especialmente em populações fora dos estudos clínicos
Sinais experimentais de associação com neoplasias de tireoide (em animais), sem confirmação em humanos
🦋 E a ética?
O uso amplo dessas medicações levanta perguntas importantes:
É ético prescrever sem indicação clínica clara?
Como garantir acesso justo a quem realmente precisa?
Como equilibrar autonomia do paciente e responsabilidade médica?
🦋 A resposta não está nos extremos. Mas na ponderação baseada em evidências, contexto clínico e individualização.
A boa medicina não banaliza nem recusa: ela personaliza.
🦋 Conclusão: Niilismo terapêutico e banalização são extremos que a boa prática evita.
A verdadeira medicina está no centro: Onde conhecimento científico encontra a realidade do paciente. Onde se decide com empatia, responsabilidade e evidências sólidas.
Referências:
Marjot et al., Diabetes Care, 2023
Wilding et al., NEJM, 2021
Nauck & Meier, Diabetologia, 2019
ADA, Diabetes Care, 2023