26/09/2025
Já não sou quem fui, sou o que restou de mim
Na imagem criada com fins educativos e reflexivos, vemos um paciente e uma enfermeira. Poderia parecer uma cena comum em uma UTI, mas por trás há uma história que revela uma das verdades mais duras da medicina.
O protagonista foi o Dr. Hernán Darío Estrada Londoño, um neurocirurgião brilhante que dedicou sua vida a cuidar de cérebros e salvar vidas. Até que o câncer de cólon o fez mudar de papel: de médico, passou a paciente. E, daquele leito, descobriu o que significa viver o outro lado.
Com dor e lucidez, escreveu:
“Sou outro depois de estar quatro vezes na UTI.
Os resultados médicos não compensam o dano irreparável na esfera psicológica.
Já não sou Hernán Darío Estrada. Sou o que resta dele.”
Ele falou da frieza do sistema, do abandono emocional, da solidão que se sente em um hospital onde o tempo parece não existir:
“Não há dia nem noite. Ninguém ouve o gemido. Não há uma mão que pergunte como você está. Às vezes só restam o medo, a ansiedade, a insônia e o temor do pior.”
Relatou ainda como a empatia foi substituída pela indiferença quando pediu um simples ajuste de posição. Como o paciente se transforma em objeto de estudo, mas não em ser humano.
E, mesmo assim, ele agradeceu.
Às enfermeiras que são mais do que profissionais: família, confidentes, amigas.
As que cuidam do corpo, mas também abraçam a alma.
Seu testemunho é um lembrete urgente: falta humanizar a medicina. Pacientes não precisam apenas de tratamentos, precisam de olhares, palavras e gestos de dignidade.
Porque medicina sem humanidade não é medicina.
Nota: este conteúdo (texto e imagem) é educativo e informativo. Não substitui avaliação médica presencial nem deve ser usado para autodiagnóstico. Se houver sintomas ou dúvidas sobre sua saúde, procure sempre um profissional qualificado.