17/07/2020
IMPULSIVIDADE É VIDA (Mas, não só)
É muito comum ouvirmos, entre psicólogos e psiquiatras, falar sobre a impulsividade como uma coisa ruim. Mas, eu penso que não é bem assim.
Impulsividade é vida. Nossos impulsos são aquilo que dá o colorido para a nossa vida. Você já conheceu uma pessoa que é super viva, alegre, que parece viver a vida de uma forma livre, espontânea... está sempre vivendo tudo muito intensamente? Quando vai comprar algo, compra de monte, quando vai pra uma festa, dança muito, se diverte muito. Quando chora, chora muito... quando está brava, age logo, às vezes sem pensar.
Não f**a esperando a vida passar. Impulsividade é vida.
Mas, nem todos os nossos impulsos são de vida. Freud já falou sobre a Pulsão de Morte, que é destrutiva. Impulsos sem freio podem levar à destruição, principalmente quando você age sem pensar, sem se conter. Hora que viu, já fez...
Por outro lado, há aquelas pessoas que fazem tudo de pouquinho. Se reprimem o tempo todo. Vai colocar sal na comida, coloca só um pouquinho. Vai fazer uma compra, se refreia, e acha melhor esperar para um outro momento. Vai ch**ar uma bala, chupa só um pouquinho. A sexualidade é vivida também só de pouquinho. Não é fruída, em grande parte, dentro daquilo que poderia ser desfrutado. São excessivamente prudentes, não correm riscos, constroem vidas bem sucedidas, poupam dinheiro, fazem tudo aos poucos, conseguem aos poucos construir algo produtivo. Mas, nem sempre, criativo. Pois a criatividade também advém dos nossos impulsos e espontaneidade.
Como encontrar um equilíbrio entre esses dois casos? Eu não acredito em uma solução do tipo “autoajuda”. Penso que é necessário um outro. O ser humano sempre precisa dos outros. E para encontrar uma espécie de equilíbrio, é preciso de um outro com uma escuta qualif**ada que vai mostrando “ao vivo” pra gente o nosso reflexo no espelho, para que possamos entender porque fazemos o que fazemos, e sentimos o que sentimos. Não é uma tarefa fácil. Não basta decidirmos de um dia para o outro que nunca mais vamos fazer aquilo. É uma construção diária.
E você, o que acha disso?