04/08/2025
Não nos ensinam a dizer adeus.
Aprendemos a somar presenças, a encaixar afetos, a agarrar com força tudo o que nos toca.
Mas ninguém nos prepara para o ato de soltar.
Para o eco do silêncio que f**a depois de um nome que já não chamamos.
Para os braços que, antes cheios de abraço, agora abraçam o vazio.
Há despedidas que se dizem com palavras.
Outras se revelam no vazio das ausências.
E há ainda aquelas que nunca se dizem — apenas se sentem — como um arrepio que atravessa o peito, lento e profundo.
Não importa se alguém partiu por escolha, por distância, por morte ou por desamor.
A verdade é que algo em nós parte junto.
E o que permanece tenta se recompor…
Com linhas tortas, cicatrizes expostas e lembranças que não sabemos onde guardar.
Mas mesmo sem perceber, vamos aprendendo.
A costurar o que foi rasgado.
A entender que nem tudo o que quebra volta a ser como era.
E, ainda assim, a enxergar beleza no que ficou imperfeito.
🤍 Despedir-se é um ato de coragem. Seguir em frente, um ato de fé.
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