Residências Terapêuticas. Ribeirão Preto/SP. SANATÓRIO ESPÍRITA VICENTE DE PAULO – SEVP
HISTÓRICO
A instituição nasceu graças ao trabalho de um grupo de pessoas que alimentavam o sonho de oferecer à comunidade um hospital especializado na área da Saúde Mental, sem as características de um “manicômio”, mas sim oferecendo um tratamento humano inspirado na filosofia espírita cristã, com a finalidade de prestar atendimento a pessoas carentes, cronificadas e institucionalizadas. Em 08/02/1946 funda-se a Sociedade Espírita Vicente de Paulo - Pró-Construção do Sanatório Espírita Vicente de Paulo e em 15/07/1956 foi inaugurado o hospital psiquiátrico, com a primeira internação. A Instituição é gerida por uma diretoria executiva, composta de 12 diretores e 5 membros do conselho fiscal, eleita para dois anos de mandato, pelos associados. É composta por voluntários e para se tornar diretor é necessário fazer parte do quadro de associados. Por muito tempo o hospital prestou atendimento psiquiátrico à pacientes psicóticos privilegiando a assistência à pacientes com crises agudas chegando a possuir, na década de 70, quase 200 leitos. Com as modificações ocorridas na área da saúde o Hospital passa a fazer parte do Sistema Único de Saúde - SUS. Em 1994 passa a funcionar apenas uma ala com 54 moradores, desativando a outra ala, que em agosto de 1996 seria utilizada para a criação do NAPS-F (Núcleo de Atenção Psicossocial – Farmacodependentes). O NAPS-F foi montado e supervisionado pelo PROAD durante alguns anos. Funcionando com atendimento gratuito aos usuários, com semi-internações, atendimento em oficinas e ambulatorial. Em 23/12/1998 é inaugurada a “Vila Terapêutica”, com o lema: - “Só há liberdade quando se ama conscientemente”. Na Vila, foi criado um laboratório de treinamento, para iniciar a ressocialização dos pacientes internos. Em 19/02/2002 o Ministério da Saúde cria a portaria Nº 336, que institui os CAPS-adII – Centro de Atenção Psicossocial II, extinguindo os NAPS-F. Atendendo essa nova portaria, em 2003, o NAPS-F consegue o cadastramento e transforma-se em CAPS-adII. Em 2003 o Sanatório passa pela avaliação do PNASH (Programa Nacional de Avaliação dos Serviços Hospitalares), e como já vinha trabalhando a desospitalização não atingiu a pontuação necessária para continuar como hospital, quando começa a fechar seus leitos, transferindo seus pacientes. Parte desses, (diagnosticados como crônicos) e com baixa autonomia para viverem fora do hospital, é transferida para o Hospital Santa Tereza. Ainda em 2003, como a Entidade já tinha grande conhecimento e pratica na ressocialização de pacientes institucionalizados e com a nova portaria do Ministério da Saúde Nº 106 de 11/02/2000, que criou os Serviços Residenciais terapêuticos, a Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto firma um convênio com o Sanatório, para a criação do “Serviço Residencial Terapêutico de Ribeirão Preto”. A Entidade começa a locar imóveis onde foram implantadas as novas residências, que receberam pacientes institucionalizados e de alta hospitalar, que vieram do Hospital Santa Tereza. Em 23/12/2011 o Ministério da Saúde cria a portaria Nº 3.090, que estabelece as novas regras para os Serviços Residências Tipo I e cria os Serviços Residências Tipo-II. Sempre seguindo as portarias ministeriais a Entidade começa a buscar subsídios para poder criar, também, o Serviço Residencial Terapêutico do Tipo II. Em 06/03/2013 o Sanatório firma um termo de cooperação financeira com a Fundação Waldemar Barnsley Pessoa, que começa a transferir recursos financeiros, para transformação da antiga “Vila Terapêutica” em residências adaptadas segundo a portaria Nº 3.090. No dia 15/05/2014 são inauguradas 03 residências terapêuticas do Tipo II. A Entidade Filantrópica, que outrora fora um grande hospital psiquiátrico, gere hoje, em parceria com a Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, através da secretaria Municipal da Saúde, três serviços, totalmente no âmbito do SUS:
- Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas – CAPS-adII, atendimento para usuários e familiares, em regime de semi-internação;
- Serviço Residencial Terapêutico – Tipo I, com até 20 vagas para egressos de hospital psiquiátrico, que tenham tido pelo menos dois anos de internação;
- Serviço Residencial Terapêutico – Tipo II, com até 16 vagas para egressos de hospital psiquiátrico, que tenham tido pelo menos dois anos de internação, e que apresentem problemas clínicos, com necessidade de acompanhamento 24 horas;