21/11/2025
Hoje o caminho começou antes mesmo do sol nascer. A gente acordou com o coração aceso, sabendo que este não é apenas mais um dia no calendário, é um marco de luta, orgulho e memória.
A trajetória de hoje foi construída pelos passos de quem veio antes de nós. Cada movimento, cada sorriso, cada roda de conversa, cada gesto de cuidado carrega a força de Zumbi, de Dandara e de todas as mãos negras que abriram caminho para que estivéssemos aqui.
Pela manhã, os tambores pareceram bater dentro do peito, lembrando que a nossa história tem ritmo, tem raiz, tem herança. As crianças, com seus olhos brilhando, nos mostraram que o futuro também é preto, vivo, criativo, e cheio de possibilidades.
Ao longo do dia, entre dança, poesia, conhecimento compartilhado e memórias resgatadas, a gente firmou o que somos: potência. Hoje celebramos não só a cultura, mas a resistência, a ancestralidade e a beleza que transbordam da nossa pele, da nossa fala, dos nossos sonhos.
Encerrar este dia é como fechar um ciclo de cura. A gente reconhece a dor, mas exalta a força. A gente lembra da história, mas escolhe transformar o futuro. E assim seguimos: com dignidade, consciência e orgulho de quem somos.
Hoje foi um dia de axé, de voz, de corpo e de verdade.
Uma trajetória magnífica, porque magnífica é a nossa existência.