01/08/2015
Dor de cabeça: quando se preocupar?
A dor de cabeça é chamada pelos médicos de Cefaléia. É um dos sintomas mais comuns na medicina e é uma das queixas mais freqüentes em consultórios de clínicos, pediatras e neurologistas. Segundo a “Sociedade Brasileira de Cefaléia”, 95% da população têm pelo menos um episódio de dor de cabeça ao longo de sua vida e cerca de 70% das mulheres e 50% dos homens apresentam pelo menos um episódio de dor de cabeça por mês.
As cefaléias podem ser primárias (quando a dor de cabeça é a própria doença) ou secundárias (quando são provocadas por outra doença).
Existem muitos tipos de cefaléias primárias, mas as principais formas são a enxaqueca e a cefaléia do tipo tensional. A enxaqueca é uma cefaléia de moderada a forte intensidade, latejante ou pulsátil, freqüentemente acompanhada de náuseas e aversão à luz, barulho e cheiros. Crises de enxaqueca podem durar de algumas horas a vários dias e costumam impedir o paciente de realizar as suas atividades rotineiras. A enxaqueca pode ter início na infância e adolescência, é mais freqüente nas mulheres e é comum que haja vários familiares acometidos. A dor de cabeça do tipo tensional é a cefaléia mais freqüente na população. Esta se apresenta como uma dor leve à moderada, geralmente em pressão ou aperto, em toda a cabeça, com duração de uma hora até vários dias e é desencadeada principalmente por cansaço e estresse emocional.
As principais causas de dor de cabeça secundária são as seguintes: traumatismo craniano, sinusite aguda, aneurisma cerebral, tumor cerebral, meningite, desidratação, acidente vascular cerebral (AVC ou “derrame cerebral”) do tipo hemorrágico, dentre outras.
É importante lembrar que os sinais que indicam que o indivíduo com dor de cabeça deve procurar um serviço médico de urgência são pior dor de cabeça da vida, febre, vômitos, perda de força em membros, dificuldade para falar, alteração visual ou trauma de crânio recente. Nesses casos, como pode se tratar de cefaléia secundária é muito importante a avaliação médica na crise.
Felizmente, a maioria dos casos de dor de cabeça é do tipo primária e conta com tratamento eficaz, o que possibilita melhora na qualidade de vida dos indivíduos portadores. O NEUROLOGISTA é o especialista que deve ser procurado pelos pacientes com dor de cabeça. É ele quem vai analisar a necessidade de serem realizados exames complementares, a possibilidade de usar medicação para prevenir as dores e a escolha da medicação ideal para interromper as crises de enxaqueca.