
01/06/2025
Essa semana, a ministra Marina Silva ouviu de um senador:
“Respeito a mulher, a ministra não.”
E ainda: “Se coloque no seu lugar.”
Palavras que ferem como navalha.
E que muitas de nós ouvimos, desde pequenas.
Na escola, em casa, no trabalho, nos relacionamentos...
São frases que nos empurram pra baixo, nos encolhem, nos ensinam a duvidar de nós mesmas.
É essa cultura machista e patriarcal — que diz como devemos ser, agir e até comer — que também está por trás da culpa, da compulsão, da fome emocional.
Muitas das mulheres que atendo não comem só por fome.
Comem para engolir o choro, calar a raiva, aliviar a dor.
Dor de não serem ouvidas.
De sempre precisarem provar o seu valor.
De serem interrompidas, desacreditadas, diminuídas.
Esse post não é sobre partidos políticos.
É sobre respeito.
Sobre o direito de ser quem somos, com voz, espaço e dignidade.
E se querem tanto que a gente se coloque “no nosso lugar”…
Que saibam: esse lugar vazio da submissão, da invisibilidade, do silêncio — vai continuar vazio.
Porque agora, somos nós que escolhemos onde queremos estar! 💪