Isabelle Poli

Isabelle Poli Psicóloga clínica (CRP 67499)
Mestre em Psicologia Clinica
Doutoranda em Psicologia Clínica
TCCs

29/05/2025
É com muita alegria que venho compartilhar mais uma publicação!Com essa publicação tudo o que foi feito no mestrado está...
09/05/2025

É com muita alegria que venho compartilhar mais uma publicação!

Com essa publicação tudo o que foi feito no mestrado está no mundo. Temos 2 artigos publicados e 1 que será publicado ainda esse ano, além da própria dissertação que está disponível publicamente para quem quiser ver toda a linha de raciocínio dos 3.

Na dissertação nós iniciamos apresentando qual o modelo teórico que iria basear todo nosso olhar para a vi0lência psicológica contra as mulheres por parceiros íntimos e depois seguimos para olhar para ela que é tão invisibilizada ainda que não invisível. Ela se demonstra de formas muito concretas inclusive em xingamentos, chantagens emocionais, em críticas constantes e em tantas outras formas que conforme visto nessa dissertação ou nos artigos publicados, é relatada como sendo a forma mais adoecedora dentre as tipologias.

Ter podido dedicar um mestrado todo a essa forma de vi0lência é uma realização uma vez que ela recebe tão pouca atenção ainda que seja o início da esmagadora parte das situações de vi0lência. Ela é a base de um longo caminho que tem como desfecho final muitas vezes a m0rte, o feminicidi0 e poder ter dedicar algo tão extenso quanto 2 anos de estudo a ela foi não só um trabalho como um manifesto também, como um posicionamento. Poder ter artigos e uma dissertação que olham só pra ela, que tem ela como centro ocupando páginas e páginas é um orgulho imenso que tenho pois ela cumpre um objetivo político também que espero que possa contribuir para que possamos agir e pensar de formas mais preventivas. Já começando a atuar nela, na base da vi0lência.

Tudo isso só foi viável, no entanto, pois tive uma pessoa que acreditou muito em mim e que me acolheu depois de eu já ter qualificado outro projeto e estar faltando 1 ano para acabar o mestrado que foi a Ela não só me acolheu como quando eu disse que não queria publicar porque seria muito trabalhoso etc me puxou e não me deixou fazer isso, falou que eu me arrependeria (e estava errado, eu me arrependeria). Obrigada por ter sido um modelo na graduação e parceira no mestrado. Você é gigante!

Para quem tiver interesse nos materiais, eles estão no link da bio!

De todas as vi0lencias é a que a gente mais relativiza e isso nos vulnerabiliza A gente vai relativizando críticas const...
25/04/2025

De todas as vi0lencias é a que a gente mais relativiza e isso nos vulnerabiliza

A gente vai relativizando críticas constantes disfarçadas de cuidado sobre nossas roupas, sobre nossa forma de agir, de ver o mundo, de pensar.

A gente vai relativizando controle também disfarçado de cuidado em formas de monitoramento, de restringir escolhas, o direito de ir e vir.

A gente vai relativizando chantagens e manipulações emocionais que nos levam ao isolamento, a nao ver mais amigos, familiares

A gente vai relativizando humilhações que nos fazem sentir pequenas e duvidosas sobre o que falamos, sobre o que queremos profissionalmente, sobre a nossa identidade.

E de tanto relativizar essas e tantas outras vi0lencias psicológicas nós ficamos vulneráveis à tantas outras.

E tudo isso pautado numa naturalização das vi0lencias que não deixam marcas diretas visíveis baseadas em uma ideia (completamente equivocada que as vi0lencias psicológicas seriam um mal menor)

Esses dias eu vi em um vídeo em que uma atriz falava sobre criar expectativas, que ela ouvia dos pais "cria expectativa ...
09/04/2025

Esses dias eu vi em um vídeo em que uma atriz falava sobre criar expectativas, que ela ouvia dos pais "cria expectativa sim" indo na contramão do não cria expectativa.

Ela relata que eles sempre falaram "crie expectativa sim e se não acontecer, se não rolar a gente tá aqui. Você tem uma rede, você tem pessoas pra te auxiliarem, pra te ajudarem caso não dê certo. Você tem uma rede pra te segurar, pra estar com você, pra te ajudar a passar pela frustração, decepção enfim"

E isso eu achei muito interessante, muito profundo e me fez pensar em por qual motivo a gente entra nessa lógica, quando a gente entra nisso do não cria expectativas, né?

E aí esbarrei em: não cria expectativas para evitar a dor, para não doer. Por que se pensarmos juntes o que de pior pode acontecer se eu criar expectativa e não acontecer? Doer.

O que claro, não é agradável, não to falando que seria algo agradável. A gente se frustra porque a gente criou uma expectativa e ela não aconteceu, não se concretizou o que às vezes é duro, doído mas é só isso.

Não é uma ameaça, não estamos em perigo e como toda a dor, depois de um tempo vai passar.

Eu sempre fui uma mulher que manifestou interesse nos caras, que chegou e falou : "to interessada em você", "estou senti...
07/04/2025

Eu sempre fui uma mulher que manifestou interesse nos caras, que chegou e falou : "to interessada em você", "estou sentindo isso aqui" , "eu quero um relacionamento" etc e não se engane, isso nunca foi fácil.

A verdade é que sendo mulher e lidando assim eu mais recebi punição do que qualquer outra coisa. Mais ouvi que eu era direta demais, que eu era desesperada, que homem não gosta de mulher assim, que eu era fácil etc. A verdade é que muitos homens se assustam com isso, pois gera neles um desconforto, dá uma  espécie de tela azul porque é como se todos os papéis de gênero fossem invertidos e "do nada" eles tivessem num mundo paralelo em que eles não tem repertório pra lidar. Afinal, eu havia revertido a lógica da prateleira né? Eu não estava na prateleira para ser escolhida, eu estava escolhendo.

Agir de acordo com valores que vão contra a sistema não me dava aquela sensação que já ouvi professores falando ao explicar valores que é "intrinsecamente reforçador,  não importa como o mundo responda, consequências etc". Pelo contrário,  já me vi machucada, doída justamente por me manter fiel a eles, por me comprometer com eles. A verdade é que quando os seus valores são contrários a estruturas muito vi0lentas como machismo, patriarcado, racismo etc e você adota ações comprometidas com eles, há muitas vezes uma resposta punitiva do ambiente chegando a extremos de punição.

No entanto, ainda que a resposta fosse essa, não só de homens mas de outras pessoas também mais custoso e dolorido do que seguir chocando com essas lógicas seria me moldar a elas e cumprir o papel de passividade, de esperar um homem me escolher e de não falar minhas vontades e desejos e segui-los. Seria mais vi0lento pra mim entrar na performatividade, seguir os papeis de gênero, a cartilha.

Sei, experencialmente que o custo muitas vezes é alto e nem sempre possível de arcar (afinal eu sou mulher, mas tenho vários fatores de privilégio como raça, classe etc), mas saiba que caso queira e possa há homens que não só não vão se assustar como vão se sentir extremamente atraídos justamente por isso. É essa firmeza que vai encantar e ser uma das suas características mais amadas.

Repostando do .vcA comunidade de “INCELS” (celibatários involuntários, em tradução literal) é um dos braços da misoginia...
06/04/2025

Repostando do .vc

A comunidade de “INCELS” (celibatários involuntários, em tradução literal) é um dos braços da misoginia online. Mas engana-se quem acha que esse é um movimento novo. Nomes como os dos assassinos de Columbine, ou do autor do massacre de Realengo, no Brasil, já eram associados a fóruns fechados de ódio e discursos extremistas. O fato é que a internet parece ter facilitado muito mais o caminho para o extremisto do ódio e da violência contra as mulheres. O que antes era comum apenas em ambientes fechados na chamada “internet profunda”, agora está disponível no explorar do Instagram, na for you do TikTok, e em qualquer grupo do WhatsApp ou do Telegram. Existe um mecanismo que está cooptando meninos que você conhece. No post de hoje, destrinchamos quase tudo que você precisa saber sobre ele. E lançamos a pergunta: você tem medo de criar um filho homem? O que precisamos fazer para colocar o tema ódio às meninas e às mulheres no centro das discussões que precisamos ter?

Uma mulher chega, fala que foi estupr@d@E aí vem e falam: "a gente precisa de não sei quantos vídeos não sei quantas ima...
01/04/2025

Uma mulher chega, fala que foi estupr@d@

E aí vem e falam: "a gente precisa de não sei quantos vídeos não sei quantas imagens etc."

Você pode pensar: "tá. Faz sentido, né? Afinal, ela tá acusando ele de um crim3, então ela tem que juntar aí provas documentais, tem que provar. Quem acusa que tem que provar"

Sabe quando a gente vê que não é sobre isso? Que não é uma preocupação com as provas documentais, com não fazer alguém pagar por um crim3 que não foi cometido etc etc?

Quando essa mulher ela vai apresenta as provas documentais. Quando já vai com as fotos com os vídeos etc - porque a gente já entende que no ele disse, ela disse o negócio vai ser muito mais cruel - então, normalmente a gente ja ta meio treinada pra entender a importância dessas coisas. Ou quando conseguem acessar provas documentais ao longo do processo proveniente de câmeras de segurança etc.

É nesse momento que você vê que em nenhum momento foi uma preocupação com a prova ou com alguma questão criminal.

Sabe por quê? Porque quando essa mulher ela apresenta as provas documentais como fotos, vídeos etc ou quando eles vem a tona a resposta imediata não é: ah, tá bom pronto. Foram encontradas provas materiais, então acabou. Pronto.

Não.

É que ela vai apresenta os provas materiais ou elas virão à tona e ainda assim o "não fui eu" ou "não foi assim" ou "foi consensual" etc ainda fala mais alto e não raro, esse cara é absolvido. Depois de todo o ritual de tentar achar alguma "brecha" no vídeo, falar que foi montagem, falar que na verdade isso aí é um corte, que essa mulher só quer tirar dinheiro do cara, que o vídeo foi tirado de contexto etc, é claro.

Então não.

Não vamos fingir que é sobre o vídeo, que é sobre preciosismo criminal ou qualquer outro nome que se queira dar. Vamos chamar pelo nome que é mesmo que é cultura do estupr0

A origem da data remonta o final do século 19 e início do 20, período marcado por intensos movimentos feministas ao redo...
08/03/2025

A origem da data remonta o final do século 19 e início do 20, período marcado por intensos movimentos feministas ao redor do mundo em busca de reconhecimento, salários equiparados aos dos homens e direito ao voto, por exemplo.

Um dos eventos marcantes é a greve das trabalhadoras têxteis em Nova York, em 1908, quando centenas de mulheres protestaram por condições dignas. Pouco tempo depois, durante um encontro realizado em 1910, na 2ª Conferência Internacional de Mulheres Socialistas, em Copenhague, a militante alemã Clara Zetkin sugeriu a criação de uma data dedicada à celebração das conquistas femininas e ao incentivo à luta por direitos iguais. A proposta foi bem recebida pelas participantes, mas não foi adotada.

A escolha do dia 8 de março também está relacionada a uma série de manifestações importantes na Rússia, em 1917. “A data surgiu como um marco da luta das mulheres por direitos, especialmente no campo trabalhista e social"

Nesse ano, no dia 8 de março, operárias russas foram às ruas protestar contra as péssimas condições de trabalho, a fome e a participação da Rússia na Primeira Guerra Mundial. O movimento ficou conhecido como “Paz, Terra e Pão“.

Fonte: Artigo intitulado "Por que o Dia Internacional da Mulher é comemorado em 8 de março?"

Tem espaço para conflito em relações saudáveis?Cuidado com a armadilha de achar que relação saudável é sinônimo de ausên...
25/01/2025

Tem espaço para conflito em relações saudáveis?

Cuidado com a armadilha de achar que relação saudável é sinônimo de ausência de conflitos, de desentendimentos.

Relações interpessoais envolvem conflito.

É natural que quando tem pessoas com histórias diferentes, aprendizagens, valores, vontades diferentes e as vezes até mesmo com conflitantes se encontrem, as vezes isso gere conflitos.

Trarei uma passagem do capítulo do

"Conflitos são antes de tudo, uma forma de realinhamento interpessoal e de resolução de conflitos entre duas ou mais pessoas. A partir do momento em que uma pessoa expressa que há uma necessidade não atendida, um incômodo em relação ao comportamento do outro ou uma discordância, o outro torna-se consciente do problema em questão. Uma vez que ambos estão conscientes do conflito, eles podem se engajar em comportamentos de solução de problemas de modo que colaborativo e reparar a relação. Isso pode envolver retratação pelas ações passadas, buscar acordos e/ou assumir um compromisso de mudança com ações futuras."

Belle, então o que diferencia?

O que diferencia conflitos, atritos em relações saudáveis e em relações não saudáveis como relações tóxicas, abusivas ou até mesmo violentas não é a ausência ou presença deles e sim o COMO eles são manejados.

Falaremos mais sobre esse como no próximo conteúdo que virá, mas por enquanto vai adiantando o que você acha. Coloca aqui nos comentários o que você acha que é esse como? Como é essa forma de maneira em relações saudáveis?

Vivendo não só pois isso me fará ou faz uma psicóloga melhor, mas porque antes de ser psicóloga eu sou um ser humano.A p...
20/01/2025

Vivendo não só pois isso me fará ou faz uma psicóloga melhor, mas porque antes de ser psicóloga eu sou um ser humano.

A psicologia é uma parte de mim, uma parte (importante, mas uma parte) da minha identidade e não o meu todo.

O discurso utilitarista de "vivendo, me cuidando, fazendo X etc para ser uma psicóloga melhor" ainda coloca até os nossos prazeres e hobbies e momentos não profissionais condicionados, destinados a aumento da produtividade e a produtividade de alguma forma.

É como se nem quando a gente para de trabalhar a gente pudesse se desligar de trabalho, sabe? Ainda é para ele o produto final.

Já tinha parado de pensar n

Estou voltando e já avisando que 2025 chegou e que com ele retomamos as atividades, inclusive com novas vagas.Que tal co...
07/01/2025

Estou voltando e já avisando que 2025 chegou e que com ele retomamos as atividades, inclusive com novas vagas.

Que tal começar o ano já colocando em prática algumas mudanças?

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