30/12/2024
As dores vieram com tudo, e eu já estava enlouquecendo. No toque, o colo estava fino, mas ainda com 4 cm de dilatação e o bebê alto. Começaram a ocitocina para regularizar as contrações eu já estava surtada, xingando e pedindo analgesia, fui pra banheira aquecida pra ver se aliviava a dor e nada! A anestesista não chegava, aí obriguei meu marido (anestesista) a fazer minha analgesia rs
A paz voltou a reinar, consegui conversar, dar boas risadas, me emocionei, comecei a fazer alguns exercícios..
Na nova avaliação eu já estava com 7 cm de dilatação. Nossa, nem acreditei! No entanto, aquela dor insuportável voltava, uma dor no púbis que não aliviava por nada, me impossibilitava até de me movimentar, eu não queria mais sentir aquilo, não era nem de longe a dor que eu imaginava. Eu já estava feliz de ter chegado até ali, não queria mais sentir dor alguma, pedi cesária (claro que não me me deram ouvidos, afinal eu tava na partolândia) então pedi mais um pouco de anestesia.
Quando chegou a dilatação total e o bebê estava bem baixo, nossa chorei de emoção. Descobriram um mau posicionamento da cabeça do bebê, que foi corrigido com o auxílio de um kiwi. Minutos depois, sentada na banqueta, com muita garra e enfrentando a dor, finalmente dei à luz ao amor da minha vida, Vitor.
Segurar meu filho nos braços foi uma sensação indescritível e inesquecível. Todos choravam, choro de alívio e felicidade de pessoas especiais que estavam comigo.
Mas não acabou por aí… o parto não terminou sem desafios. Tive uma hemorragia pós-parto, precisei de uma curetagem, uma transfusão de sangue e passei a primeira noite na UTI. Mas graças a Deus tudo acabou bem.
Hoje, posso dizer: as coisas acontecem como tem que acontecer. Confie na sua intuição, na sua força e na equipe que você escolheu para estar ao seu lado nesse dia tão especial.
Serei eternamente grata, sem vocês não teria conseguido. 🙏🏻♥️
gabimeireles
marianamansour
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