
14/08/2025
Quem nunca abriu a porta da geladeira e esqueceu o que estava procurando? Ou esqueceu onde deixou o celular, enquanto estava com ele na mão? Ou até procurou os óculos que estavam no próprio rosto?
Pode parecer só distração, mas, para quem vive com ansiedade, o esquecimento pode se tornar uma parte bem frustrante do dia a dia.
A ansiedade faz com que o cérebro funcione em estado de vigilância permanente, afetando a atenção e a capacidade de registrar novas informações. Assim, f**a mais difícil guardar memórias simples, como onde deixamos as chaves ou o que íamos dizer numa conversa.
Além disso, a ansiedade inunda a mente com pensamentos sobre o futuro. Isso desvia a atenção do presente - justamente o "lugar" onde a memória se constrói.
Muita gente confunde esses lapsos com desleixo ou desorganização, mas a questão pode ser mais complexa: talvez seja um cérebro sobrecarregado, lidando com uma tempestade de informações e emoções. Com o tempo, essa sensação de não confiar na própria memória pode até abalar a autoestima.
A boa notícia: dá para cuidar da ansiedade e criar pausas para recuperar o foco e a sensação de presença. A psicoterapia é uma aliada importante para isso!
Cuidar da saúde mental é, também, cuidar da memória, do hoje e da história que estamos escrevendo. Para isso, é preciso saber abrir ( e manter abertos) certos espaços preciosos no nosso tempo e na nossa memória.