03/02/2021
Muito é questionado porque idealizamos tanto um romance, um casamento, um namoro, um par parfeito... Para refletirmos sobre isso precisamos voltar ao tempo e lembrar da nossa infância onde normalmente somos estimulados a imaginar como será nosso futuro. Qual será nossa profissão, aonde vamos morar, se vamos casar, ter fillhos...
As meninas, em especial, são convidadas a pensar sobre isso logo nas primeiras brincadeiras, com as bonecas se sentem formando suas famílias e maridos. Os contos de fada estão aí para imaginarmos nossos maridos como verdadeiros príncipes encantados, lindos, gentis, educados, e que, geralmente, vão nos salvar de algo ruim.
Embora os meninos também brinquem de ter familia e esposa, isso não me parece surgir com tanta força.
As características do tão sonhado príncipe encantado ou da princesa se transformam, e quando adultos, começamos, então, a procurar um amor do jeito que imaginamos.
É justamente aí que muitos encontram problemas.
Motivados pela promessa de relacionamento igualitário e esperando ter satisfação plena, os indivíduos parecem construir o ideal de casamento superestimado diante da realidade vivenciada. Enfrentando problemas e fazendo
concessões, eles aspiram por mudanças que mantenham viva a sensação inicial de apaixonamento.
A paixão intensa que aproxima os cônjuges reduz com o passar do tempo e com a convivência rotineira,
sendo transformada em amor-companheiro, caracterizado por mais ternura e cumplicidade. Essa mudança é muitas vezes encarada de forma negativa pelos casais, os quais podem percebê-la como o término do amor pelo cônjuge.
Para ele, essa atitude deve-se ao cenário sócio-cultural que privilegia o amor-paixão e estimula relacionamentos de muita intensidade e pouca estabilidade.
A paixão inicial seria uma emoção intensa e passageira, que tenderia a se modif**ar ou terminar ao longo do
relacionamento. O amor seria o afeto mais permanente e duradouro, composto por amizade, cumplicidade, respeito. A manutenção de um casamento seria a combinação entre paixão e amor. Por essa fórmula, seria conservado o desejo mútuo de um(paixão), e,
a tranquilidade e a continuidade do outro(amor).