Mari Barcellos

Mari Barcellos Psicologia | Autoconhecimento | Saúde Mental
👩🏻‍🎓Psicóloga
🛋 Drª em Psicologia Clínica PUC-Rio Insta: .psi

Por que a paixão dói? Causa sofrimento? É motivo de busca por terapia?     Quanto menos conscientes sobre nossas emoções...
22/03/2021

Por que a paixão dói? Causa sofrimento? É motivo de busca por terapia?

Quanto menos conscientes sobre nossas emoções, mais seremos incomodados pelos outros. Por meio de escolhas inconscientes nos arriscamos em relacionamentos menos saudáveis por sermos atraídos pelo que não gostamos de admitir em nós mesmos. Como em um jogo de reflexos e de sombras, o parceiro amoroso pode ser também fonte de autoconhecimento.

Quanto mais conscientes estivermos sobre a nossa própria totalidade psíquica, ainda que em potencial, menos seremos atraídos por relações menos promotoras de saúde. Assim, adotamos uma postura mais compassiva e recusamos ocupar posições polarizadas de vítima ou de algoz, finalizando também ciclos de violência.

Ampliar a consciência sobre si mesmo inclui também reconhecer a singularidade do ser amado. Estejamos abertos a aprender. Busque o autoconhecimento!!

Dia internacional das mulheresPor séculos o discurso sobre as mulheres foi construído por uma masculinidade abusiva e vi...
09/03/2021

Dia internacional das mulheres

Por séculos o discurso sobre as mulheres foi construído por uma masculinidade abusiva e violenta. Naturalizaram uma dimensão de impotência ligada ao feminino, universalizando incapacidades físicas e intelectuais.

As áreas do saber foram constituídas com base em um paradigma de inferiorização das mulheres, culpabilizando-as como portadoras da falta, do pecado e de muitos males da humanidade. Cindindo-as entre putas e santas, entre aquela para tr***ar e aquela para casar, o corpo e a alma feminina foram dominados e explorados.

Filosofia, religião, direito, educação foram atores sociais da manutenção do preconceito sobre as mulheres. A vida privada as encarcerou em casa enquanto a vida pública foi reservada aos homens. Mesmo com a entrada delas no mundo dos estudos e do trabalho, a sobrecarga é perpetuada.

Vislumbramos um novo paradigma em que a mulher é protagonista da própria história, tem maior liberdade de escolhas na vida, compreende as especificidades de s**o e gênero, na busca de equidade, emancipação e respeito, sobretudo.

Compreender as limitações sociais que a linhagem feminina da sua família atravessou, pode aliviar traumas, culpas e raivas suprimidas. A transformação realizada hoje cura as gerações futuras e passadas.

Conta para a gente, que mulheres te inspiram?

Mais um carnaval chega ao fim! Segundo historiadores, a festa da carne tem origem nos rituais antigos e medievais como o...
21/02/2021

Mais um carnaval chega ao fim!

Segundo historiadores, a festa da carne tem origem nos rituais antigos e medievais como o do Deus Dioniso ou Deus Baco. Regados a vinho e s**o, os bacanais cultuavam a fertilidade em seu caráter mais profano.

Democrático e inclusivo, o culto era caracterizado pelo uso de máscaras e de fantasias que permitiam o afrouxamento do ego e a manifestação de forças psíquicas profundas que desafiam os limites entre o sonho e a realidade.

Ultrapassando a dor de existir, a culpa cristã, a vergonha, a tristeza, vemos um excesso de risos e de alegria, como uma forma de irrupção de prazer para além das dificuldades da vida.

Contrastando com os valores impostos pela igreja, o carnaval pode ter a função de fazer escapar forças domesticadas relacionadas aos pecados. Preguiça, gula e luxúria são praticadas nesse período nos aproximando do primitivismo animal. A loucura carnavalesca subverte as normas sociais, mas também limita essa manifestação.

Perceber o nosso comportamento durante o carnaval pode ser fonte de autoconhecimento. Como você costuma extravasar sua natureza animal nos carnavais? Como você sentiu a ausência desse festejo em 2021?

Amor companheiroCurtiu?! Então marca uma amiga que gostaria de ler isso!!! 😊
11/02/2021

Amor companheiro

Curtiu?! Então marca uma amiga que gostaria de ler isso!!! 😊

Muito é questionado porque idealizamos tanto um romance, um casamento, um namoro, um par parfeito... Para refletirmos so...
03/02/2021

Muito é questionado porque idealizamos tanto um romance, um casamento, um namoro, um par parfeito... Para refletirmos sobre isso precisamos voltar ao tempo e lembrar da nossa infância onde normalmente somos estimulados a imaginar como será nosso futuro. Qual será nossa profissão, aonde vamos morar, se vamos casar, ter fillhos...
As meninas, em especial, são convidadas a pensar sobre isso logo nas primeiras brincadeiras, com as bonecas se sentem formando suas famílias e maridos. Os contos de fada estão aí para imaginarmos nossos maridos como verdadeiros príncipes encantados, lindos, gentis, educados, e que, geralmente, vão nos salvar de algo ruim.
Embora os meninos também brinquem de ter familia e esposa, isso não me parece surgir com tanta força.
As características do tão sonhado príncipe encantado ou da princesa se transformam, e quando adultos, começamos, então, a procurar um amor do jeito que imaginamos.
É justamente aí que muitos encontram problemas.

Motivados pela promessa de relacionamento igualitário e esperando ter satisfação plena, os indivíduos parecem construir o ideal de casamento superestimado diante da realidade vivenciada. Enfrentando problemas e fazendo
concessões, eles aspiram por mudanças que mantenham viva a sensação inicial de apaixonamento.

A paixão intensa que aproxima os cônjuges reduz com o passar do tempo e com a convivência rotineira,
sendo transformada em amor-companheiro, caracterizado por mais ternura e cumplicidade. Essa mudança é muitas vezes encarada de forma negativa pelos casais, os quais podem percebê-la como o término do amor pelo cônjuge.
Para ele, essa atitude deve-se ao cenário sócio-cultural que privilegia o amor-paixão e estimula relacionamentos de muita intensidade e pouca estabilidade.

A paixão inicial seria uma emoção intensa e passageira, que tenderia a se modif**ar ou terminar ao longo do
relacionamento. O amor seria o afeto mais permanente e duradouro, composto por amizade, cumplicidade, respeito. A manutenção de um casamento seria a combinação entre paixão e amor. Por essa fórmula, seria conservado o desejo mútuo de um(paixão), e,
a tranquilidade e a continuidade do outro(amor).

Metades da laranja?Acredito que não nos apaixonamos por acaso. O ser amado costuma fazer sombra em partes desconhecidas ...
27/01/2021

Metades da laranja?

Acredito que não nos apaixonamos por acaso. O ser amado costuma fazer sombra em partes desconhecidas de nós mesmos. Somos essencialmente únicos, mas com alguns aspectos semelhantes que nos atraem.

Quando supomos um encaixe perfeito de duas partes iguais, fechamos as portas para uma nova possível área de expansão individual. Os relacionamentos saudáveis proporcionam condições para que os envolvidos desenvolvam cada vez mais sua própria autenticidade.

Se uma relação te limita, te bloqueia ou te impede a ampliação de seus potenciais, cuidado para não estar forçando uma falsa perfeição. O respeito às características pessoais é fonte do crescimento conjugal. Construam juntos um novo caminho!

Individualidade x individualismoDesenvolver a individualidade é caminhar na direção do autoconhecimento, é buscar segura...
25/01/2021

Individualidade x individualismo

Desenvolver a individualidade é caminhar na direção do autoconhecimento, é buscar segurança e conforto internos. Tornar-se indivíduo requer o ingresso no processo de individuação, no sentido de encontrar integridade, de manifestar potenciais da alma e de se conectar com o coletivo. A individualidade, portanto, está diretamente relacionada à ampliação da consciência sobre si mesmo e sobre a sua inter-relação com o mundo a sua volta. Quanto mais nos conhecemos, melhor nos relacionamos com todos.

Em oposição à individualidade está a ideia de individualismo, que remete ao egocentrismo, ao isolamento e à separação. O individualista encontra dificuldades de convivência na mesma medida em que ignora as próprias profundezas emocionais e psicológicas. Ele costuma buscar benefícios exclusivamente individuais, negligenciando os demais e desconsiderando seus pontos de vista. É rígido, tenta impor suas ideias e encara discordâncias como afrontas pessoais.

E você? Consegue identif**ar em si mesmo traços de individualidade e de individualismo?
Conta pra gente!!


Meus avós paternos foram casados por mais de 75 anos e minha avó me contava que, por muitas vezes, meu avô ainda surgia ...
22/01/2021

Meus avós paternos foram casados por mais de 75 anos e minha avó me contava que, por muitas vezes, meu avô ainda surgia com alguma coisa que ela não conhecia.

Essa conversa me levou a reflexões que se estendem até hoje. Como conhecer o outro? Como conhecer o outro sem nos conhecermos a nós mesmos? É possível conhecer alguém totalmente? Como deixar um espaço aberto para novidades depois de tanto tempo de relação?

Supor saber tudo sobre alguém parece ser uma atitude infantil onipotente de achar que o entorno pode ser controlado na sua totalidade. Quando tudo é previsível, chegamos ao fim. Fechamos as portas da espontaneidade e o interesse passa a deixar de existir.

E você? Como faz para deixar a brisa da novidade arejar o seu relacionamento amoroso? Como deixar que o outro seja livre para te surpreender?

A ilusão de completude As nossas primeiras relações na vida afetam a forma como iremos nos relacionar com todas as pesso...
19/01/2021

A ilusão de completude

As nossas primeiras relações na vida afetam a forma como iremos nos relacionar com todas as pessoas ao longo dela. O medo de abandono, de não ser amado, de não ser ouvido pode comprometer a nossa integração psicológica. Ficamos separados internamente, como se razão e emoção se desconectassem.

Passamos a racionalizar os sentimentos e construímos defesas que nos afastam de nós mesmos e dos possíveis relacionamentos amorosos. Uma falha interior, normalmente descrita na clínica como uma sensação de vazio, nos faz repetir padrões de convivência. Aí podemos perceber dois extremos de um mesmo eixo. O medo de se envolver e a ilusão de completude podem ser vistos como dois lados da mesma moeda.

Ao enxergarmos o outro como o responsável por preencher esse vazio, como o salvador dos problemas, como o curador de todas as feridas, podemos cair na armadilha da ilusão de fusão. Podemos achar que dois se tornarão um, que haverá um encaixe perfeito entre duas partes, que haverá uma relação sem tensão.

Contudo, somente o caminho interior na direção do autocuidado será capaz de reconectar o ego à alma, o falso ao verdadeiro self, o eu ao si-mesmo. É importante compreender que o equilíbrio nas relações reflete uma interdependência ecológica entre todas as coisas, e, que a união ou a separação completas são ilusórias.

E você, já teve essa ilusão de alguém te completar? Conta para gente nos comentários!!

06/01/2021

Mergulhar em si mesmo não é uma tarefa fácil. Por muito tempo empenhamos nossa energia em fugir, ignorar e nos defender de aspectos pessoais menos virtuosos. Ficamos rodando em círculos em torno da nossa verdadeira e integral personalidade.

Há um momento em que é preciso aceitar e relaxar diante das sombras a fim de entrarmos em contato com o nosso verdadeiro ser. Lá encontramos maior sentido para a vida, redução da ilusão de posse e de controle, maior conexão com a natureza, atração aos semelhantes, maior compreensão, menos vontade de comparação e de competição, maior atenção plena e presença, mais autocuidado e prazer nas ações cotidianas.

As insatisfações reduzem e deixamos de projetá-las sobre os outros. Assim, a convivência melhora, as relações melhoram e a vida melhora.

Transforme o seu olhar e o mundo também se transformará! Cuide da sua saúde mental e marque seu amigo ou amiga que precisa aprender que a felicidade está dentro e não fora!

No ofício da clínica nos deparamos muito frequentemente com as dimensões psíquicas relativas à religião e à espiritualid...
04/01/2021

No ofício da clínica nos deparamos muito frequentemente com as dimensões psíquicas relativas à religião e à espiritualidade. No caminho da busca pelo sentido da vida é comum atravessar essas etapas rumo ao autoconhecimento.

Na concepção freudiana, a religião seria o ópio do povo na medida em que compõe um conjunto de regras, normas e ordens. Dessa forma ela atuaria como uma voz externa caracterizada por autoridade e punição. O sujeito permaneceria separado de si mesmo, sendo submetido a uma força exterior e sem se comprometer com a própria transformação.

Na concepção junguiana, a espiritualidade funcionaria como um percurso interno para o centro da personalidade. A partir dela, o sujeito transcende o próprio ego e encontra o si mesmo. Ele acessa um conhecimento superior, expandindo a consciência e integrando aspectos tanto positivos exaltados, quanto negativos suprimidos ou negados. Assim, ele se conecta com sua divindade interna, assumindo o fluxo de sua vida e permanecendo aberto e livre para transformações.

Se o inferno f**a dentro, então, enquanto colocarmos ele fora de nós, nunca iremos transformá-lo. O autoconhecimento nos leva ao nosso inferno e depois saímos de lá. A religião o mantém fora e nos coloca na posição de medo, de culpa e de punição.

Me conta aqui, a sua religião é também espiritualidade?

Endereço

Rio De Janeiro, RJ

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