29/05/2025
O denosumabe (de nome comercial Prolia) é uma medicação importante no tratamento da osteoporose.
Ele é um anticorpo monoclonal que age bloqueando a ação dos osteoclastos, células responsáveis pela reabsorção óssea.
Com isso, ele ajuda a preservar a densidade dos ossos e a reduzir o risco de fraturas.
A aplicação é feita por via subcutânea, geralmente a cada 6 meses, e os estudos mostram benefícios significativos:
📉 68% menos risco de fraturas vertebrais
📉 40% menos risco de fratura de quadril
📉 20% menos risco de fraturas não vertebrais
Mas existe um ponto de atenção importante:
interromper o denosumabe sem orientação adequada pode trazer sérios riscos à saúde óssea.
Ao suspender essa medicação de forma abrupta, o corpo passa por um efeito rebote (ou seja, a reabsorção óssea aumenta rapidamente) e há uma perda acentuada da densidade mineral óssea (DMO).
Estudos mostram que, em apenas 12 meses após a suspensão, a perda de DMO pode chegar a 6,6% na coluna lombar e 5,3% no quadril.
Além disso, o risco de fraturas vertebrais sobe significativamente, podendo até ultrapassar o risco que a pessoa tinha antes de iniciar o tratamento!
Esse risco é maior nos primeiros 3 a 9 meses após a interrupção, e em pessoas que usavam o denosumabe há mais tempo.
👉 Isso significa que o denosumabe não pode ser suspenso?
Não. Mas precisa ser suspenso com estratégia.
A transição para outro tratamento deve ser planejada pela sua endocrinologista, com o objetivo de proteger os ossos e evitar fraturas nesse período crítico.
Por isso, reforço sempre com meus pacientes a importância de manter as aplicações em dia e de me informar com antecedência caso a interrupção seja necessária por qualquer motivo. Assim, conseguimos agir a tempo e com segurança.
Se conhece alguém que usa o denosumabe, compartilhe essa informação!