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Doula Fabiola Coutinho, Rio de Janeiro (2025)

25/06/2023

Na época da escola, não gostava de geografia, nem de história. Essa última, passei agostar com o tempo, mas a primeira, hmmm, essa nunca tive familiaridade. Acho que geografia me lembrava minha dificuldade com lateralidade, questão que trago até hoje.
Tirei a carteira de motorista há mais de 5 anos e até hoje não consigo identif**ar com tranquilidade o lado direito e esquerdo. Quem já andou comigo de carro sabe do que estou falando kkkk
Há alguns meses tenho me dedicado a ajudar um camaradinha na escola. Meu “forte” é português, mas temos estudado diversas disciplinas comuns à sua faixa escolar. Revelei que geografia não é meu forte. Ao dizer isso, recebi como resposta a seguinte frase: “tia, você me ensina as matérias e eu lhe ensino geografia e lateralidade, tá?”. Nem preciso dizer o que senti né?
Desde então temos brincado, constantemente, de adedanha verbal, com o tema, exclusivamente, países. Por meio da “brincadeira” conheci nome de países que nunca tinha ouvido falar; a localização no globo, os continentes (que conhecia pouco)… na verdade, nós dois temos aprendido muito, por que a partir daí, começamos a pesquisar bastante.
As vezes, quando erro e insisto no erro ele fala: “tia, esse país está no continente tal”. Ou “isso não é país, mas cidade/estado”. E assim temos seguido dias e dias de aprendizado.
Sem contar com os dias que, no caminho pra qualquer lugar, ele sinaliza qual a direita e qual a esquerda. Eu erro taaaanto, que ele decidiu observar o que seria mais fácil pra eu assimilar: “pra cá, pra lá”. Então ele diz: “tia, vira pra cá. Aqui é direita”. Ou “vira pra lá. Aqui é esquerda”. Ou “tia, vamos amarrar fitinha no braço escrito “direita” e “esquerda” pra facilitar? Kkkk tadinho.
Tenho observado esse caminho que estamos trilhando e o quanto nós dois decidimos, juntos, aprender sem hierarquia. O que sei compartilho, o que ele sabe, faz o mesmo. E cada um com seu jeitinho. Cada um observando o jeitinho do outro.
Eu, com 39/40 anos. Ele, com 9 anos.

Como é rico. Como é belo. Como é potente essa parceria. Essa comunhão.

Continua nos comentários…

12/06/2023

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"Se a criança está bem, então o resto é detalhe." Já sentiu que grande parte das vezes é assim que a maternidade funciona aos olhos dos outros? Se ao fim do dia minha criança está alimentada, cuidada e de banho tomado, todo o resto é isso: um resto.

Ninguém quer ver foto de mãe exausta no Instagram. Nem de criança que passou 2h chorando na madrugada por um motivo que não conseguimos decifrar até hoje. Ninguém quer sequer falar sobre isso, afinal, todo mundo tem seus problemas e, pra variar, a voz da mãe sempre é secundarizada, calada, abafada. Afinal: você que pariu, né? O problema não é meu. Inclusive, eu já tenho os meus problemas, cuide dos seus. Mas cuide calada, tá? Nada de reclamar na minha orelha.

E é assim, dia após dia, ano após ano, século após século, que somos minimizadas a uma única coisa: cuidadora de filho - e sem poder reclamar! Não temos vontades, não podemos reivindicar, até porque reclamar da maternidade é pecado! Afinal, maternidade é dom! Já ouviu essa também?

Chega. Sua maternidade é importante, mas o que existe além dela é o que faz a sua essência acontecer. Algumas mulheres sentem alegria e completude no maternar, mas isso não é nem de longe a maioria das mães. Existe uma vida inteira pra além da maternidade. E dentro do núcleo materno interno dela, existe cansaço, s**o cheio, irritação, amor, mais cansaço, satisfação, ternura e choro de exaustão.

Enquanto formos vistas como seres que são obrigadas a equilibrar na solitude todos os pratinhos, nossa voz seguirá sendo abafada. E esse silenciamento materno é cruel pra nós, mas extremamente vantajoso pro sistema. É menos gente reclamando e mantendo papéis sociais que beneficiam a todos - menos às mulheres-mães.

Mas somos muitas. Apoiemo-nos então com verdade. A maternidade sem filtros pode ser a revolução que tanto buscamos. Apoie-se em outras mães abertas a conversar com verdade.

14/04/2023

“Amar o próximo como a si mesmo” é uma frase q me causa reflexão há anos. Oferecer ao outro o melhor q temos. Construir em nós o melhor e assim poder oferecê-lo. Não só oferecer ao outro oq seja bom para nós, até pq, nem tudo oq nos faz bem, fará bem ao outro. Mas oferecer ao outro aquela sensação de bem-estar, de segurança, de carinho naquilo q seja importante pra ele. Pq também gostamos de nos sentir assim né? Então esse amor vai além do sentimento. Ele é AÇÃO!
Mário de Andrade “me disse” q amor é verbo intransitivo. Não precisa de complemento. Mas eu acho q às vezes precisa sim. E pq estou falando de amor? A manifestação do amor é algo q me alimenta. E sei q não só a mim. À humanidade. E por não “precisar” de complemento, segundo Mário, ele é completo em si mesmo.
Esses dias, uma pessoa muito especial entrou em contato comigo e disse q daria de presente a uma amiga os meus serviços de doula. PRESENTE!
Estive com ela em dois eventos mágicos da sua vida: o nascimento de seus filhos. Eu pude oferecer a ela o meu melhor. E ela, em retribuição ao amor q recebeu da vida, entendeu q poderia compartilhar com alguém, igualmente especial, oq de melhor recebeu em um dos episódios mais inesquecíveis da sua vida: sua doula.
E essa doula sou eu! Imagina minha emoção por fazer parte desse ciclo de fraternidade, de amor e doação! Não foi um oferecimento pq foi bom pra ela. Mas pq ela percebeu que, aquela amiga, estaria precisando de acolhimento, segurança e força como ela precisou. Então o melhor foi lhe dado de presente: a manifestação do Amor.
Isso me envolve de esperança e ainda crença na humanidade. Ela não é extra-terrestre. É “apenas” alguém disposta a oferecer, de diversas maneiras, seu melhor e oq melhor recebeu.
São tantas coisas que estão passando pela minha cabeça nessa reflexão. Talvez eu não esteja conseguindo me expressar bem em palavras aqui. Mas vou tentar ser mais clara: o amor que ela oferece, o amor que eu ofereço, se torna um ciclo. O amor contagia e por isso um ato@de amor multiplica o amor e vai alcançando novas pessoas e dimensões....
AMOR, VERBO, COMPLEMENTO (?). Humanidade, humanização.

31/03/2023

Pesquisadores descobriram que nos primeiros seis meses após a chegada de um bebê, houve uma redução de 26% nos diagnósticos de ansiedade, quando comparadas às mães que deram à luz pouco antes de a lei entrar em vigor. Além disso, houve uma redução de 14% nas hospitalizações ou visitas a especialistas em saúde e uma redução de 11% na prescrição de antibióticos para essas mulheres.⠀
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Os pesquisadores examinaram meticulosamente os registros de nascimentos e médicos e concluíram que os pais suecos estavam usando a licença quando suas parceiras mais precisavam de apoio ou para procurar assistência médica. Também é sugerido que ter um pai por perto signif**a que as mães podem ter tomado medidas preventivas para evitar o mal estar — como descansar o suficiente ou receber tratamento precoce para não f**arem gravemente doentes.⠀
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Para uma das pesquisadoras, Maya Rossin-Slater, o foco deve ser menos no que se pode fazer no hospital, imediatamente após o parto, e mais no ambiente doméstico, onde a grande maioria das mulheres passa a maior parte do seu tempo no pós-parto. "O que estamos dizendo é que um componente importante desse ambiente doméstico é a presença do paiou de outro cuidador adulto", afirmou.⠀
Fonte: ⠀
Foto: ⠀

29/03/2023

Você sabe o que é puxo? Puxo é quando a mulher está na terceira fase do trabalho de parto, conhecido como expulsivo - momento em que o corpo expulsa o bebê para fora, o nascer. É nessa hora que a força da natureza f**a explícita. Lembra aquela "força de cocô" que todo mundo fala quando se refere ao parto? Então, é essa a hora. Mas o que pouca gente sabe é que essa força que o corpo faz não é nada intelectualizada. É a força que a própria contração provoca para empurrar o bebê. Força da natureza humana. Então fique ligada para os cuidados para este momento:
➡️ Encontre uma posição que seja confortável para vc passar por este momento.
➡️A gravidade é uma grande aliada. Escolha posições que lhe favoreçam.
➡️ Respiração profunda e concentração são fundamentais
➡️Relaxe o corpo e sinta cada pedido que ele lhe faz
➡️ Não permita que ninguém direcione seu puxo. Sua força precisa ser natural e expontânea
➡️ Nenhuma mão no seu períneo, nem vaselina, nem tesoura são necessários. Diga NÃO!
➡️Respire profundamente
➡️Confie no seu corpo
➡️ Respire profundamente
➡️ Faça somente a força que seu corpo pedir
➡️Respire profundamente
➡️Já falei pra respirar? Então, respire e receba seu bebê nos braços. 👼💕 Quanto menos direcionamento externo no puxo, menos laceração, ou gravidade na laceração (se houver), menos chance de pressão alterada, menos chance do bebê baixar batimentos, mais chance de você sentir seu bebê chegando e seu corpo trabalhando, naturalmente.
Como foi sua experiência? Como vc gostaria que fosse (às gestantes) 📸

27/03/2023

QUEM TEM MEDO DA OCITOCINA?⠀
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Isso. To falando a ocitocina sintética mesmo. ⠀
Aquela ministrada na veia da parturiente, vulgarmente conhecida como “sorinho”.⠀
⠀
Para quem não sabe, a ocitocina natural é produzida pelo corpo humano, seja na mulher, seja no homem (embora na pessoa grávida tenha maior ressonância já que é responsável pelas contrações uterinas no trabalho de parto). ⠀
⠀
A ocitocina sintética, produzida em laboratório, tem o mesmo objetivo da fisiológica: provocar contrações, regulá-las ou torná-las potentes. É um dos métodos utilizados para indução de parto. ⠀
⠀
O grande problema é que ela nem sempre é usada como, e quando, deveria. ⠀
⠀
É comum ouvirmos relatos de parto de mulheres que disseram ter recebido o “sorinho” na veia para acelerar o parto. Essa administração incorreta do hormônio aumenta consideravelmente a dor e as contrações, provocando:⠀
⠀
☑️ estresse materno - pelo nível de dor acentuado e sem descanso;⠀
⠀
☑️ medo e desespero - liberação de adrenalina no momento errado;⠀
⠀
☑️ sofrimento fetal - muita contração sem que o colo esteja favorável para o trabalho de parto ⠀
⠀
☑️ cesareana ⠀
⠀
Então como deve ser oferecida?⠀
⠀
Depois de avaliação necessária, o hormônio, diluído no soro, deve ser ministrado na veia com intermédio de uma bomba infusora de ocitocina, numa dosagem mínima, e alterada, de tempos em tempos, até que as contrações tenham equivalência ao trabalho de parto. ⠀
⠀
Essa gradação é importante para que o corpo desperte lentamente para o trabalho de parto; para que as contrações se assemelhem as de trabalho de parto fisiológico.⠀
⠀
A bomba infusora é importante para o controle exato da entrada o hormônio no corpo , já que a ocitocina é um hormônio que estimula contrações e tem riscos associados, se a infusão não for feita corretamente. ⠀
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Ou seja, ocitocina bem indica e bem aplicada pode sim, favorecer o parto, sem causar sofrimentos e traumas.⠀
É preciso ações adequadas: observação, controle e uso de bomba, evidências científ**as e empatia. Nada de “sorinho” direto na veia sem bomba.

Txt
Ilustração

24/03/2023

VOCÊ SABIA QUE O TRABALHO DE PARTO PODE PAUSAR?⠀
⠀
Isso mesmo que vc leu. O trabalho de parto pode parar de acontecer. ⠀
⠀
Todas as fases do trabalho de parto são regidas pelas contrações uterinas, até mesmo o nascimento da placenta. Sem contração, não há trabalho de parto. ⠀
A pessoa gestante pode ser avaliada com ”x” centímetros de dilatação, mas se não houver contrações potentes, não haverá evolução do trabalho de parto. ⠀
⠀
QUANDO ESSAS PARADAS PODEM ACONTECER?⠀
⠀
As contrações podem parar em qualquer fase, mas a mais comum é, diminuírem ou pararem, na fase latente.⠀
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𝐅𝐚𝐬𝐞 𝐋𝐚𝐭𝐞𝐧𝐭𝐞 - Nesta fase as contrações ainda são fugazes e podem demorar dias para tomarem ritmo e potência. ⠀
⠀
𝐅𝐚𝐬𝐞 𝐀𝐭𝐢𝐯𝐚 - As contrações podem sofrer alterações, por alguns motivos:⠀
⠀
❇️ contrações estiverem curtas e sem potência, resultando numa evolução lenta ou falta de evolução do TP.⠀
⠀
✅ se estiverem muito frequentes e potentes por muito tempo, e o colo se mantiver grosso e bebê alto (ou outros motivos). ⠀
⠀
Essa parada pode ser provocada pelo corpo, para que o útero “descanse” e retome suas atividades tempos depois. Muito tempo de contrações frequentes podem causar exaustão do corpo e da mente. ⠀
⠀
Somado a isso, normalmente, o mau posicionamento fetal, algum sentimento delicado (medo, ansiedade, insegurança...), ambiente não favorável ao trabalho de parto, entre outras coisas, podem também alterar a evolução do TP. ⠀
⠀
COMO RESOLVER ESSA QUESTÃO?⠀
⠀
❇️deixar a parturiente descansar, relaxar o corpo e deixar que tudo volte ao normal naturalmente;⠀
⠀
❇️banheira, chuveiro, spinning babies;⠀
⠀
❇️ocitocina para potencializar as contrações;⠀
⠀
❇️analgesia - para tentar relaxar um pouco as contrações, caso estejam intensas;⠀
⠀
❇️correção do ambiente de parto e tentar identif**ar sentimentos e pensamentos para serem ajustados, dentro do possível. ⠀
⠀
Cada caso é um caso, logo, as decisões deverão ser tomadas de acordo com cada situação.

Texto: ⠀
📷 desconhecido ⠀

23/03/2023

Você já perguntou porque a água quente é tão usada nas fases de trabalho de parto: prodromos, fase latente, fase ativa e expulsivo?⠀
⠀
O banho quente proporciona alívio da dor, ansiedade, aumenta o conforto e proporciona sentimentos positivos durante o trabalho de parto, principalmente quando combinado ao exercício perineal com bola suíça. Seu uso facilita uma abordagem onde o profissional proporciona atenção centrada na mulher, o que acarreta em benefícios na progressão do trabalho de parto.⠀
⠀
Segundo pesquisas, parturientes que receberam o banho quente utilizaram menos analgesia, tiveram maior ocorrência de parto normal, maior progressão da dilatação e melhor evolução da descida da apresentação fetal, aumento da frequência das contrações uterinas e da frequência cardíaca do bebê, maior redução no tempo de duração do trabalho de parto. ⠀
⠀
Estas intervenções não farmacológicas são usadas como terapia auxiliar durante o trabalho de parto e muito conhecidas em todo o mundo. Os estudos, na sua maioria, descrevem seu uso isolado e comparam a efetividade com outras intervenções, abordando principalmente o manejo da dor do trabalho de parto.⠀
⠀
Fazem parte das estratégias internacionais de políticas para atenção à mulher durante a gestação, trabalho de parto e parto. São intervenções disponíveis que podem ser usadas de forma isolada ou combinada, promovendo o suporte contínuo, o bem-estar materno e favorecendo a evolução do trabalho parto.⠀
⠀
Estudos revelam que o uso do banho quente durante o trabalho de parto é uma escolha materna cada vez maior. Está relacionado, de forma signif**ativa, na redução da necessidade de analgesia epidural, quando comparados com parturientes que não o utilizaram.

Marque sua amiga que tem medo da dor do trabalho de parto e mostre esse alívio não-farmacológico.

Pesquisa: Doula Fabiola Coutinho]
Foto:Doula Fabiola Coutinho]

22/03/2023

Existem três tipos, a depender do número de PLACENTAS e do número de SACOS AMNIÓTICOS (Bolsa do líquido amniótico):

1. Gravidez mono/mono (monocoriônica-monoamniótica):
- Os gêmeos dividem uma (01) placenta e um (01) s**o amniótico, são sempre idênticos (monozigóticos), e podem ser siameses;
É o tipo mais raro de gêmeos (até 2%).

2. Gravidez mono/di (monocoriônica-diamniótica):
- Os gêmeos dividem a placenta, mas estão em dois s**os separados, são sempre idênticos (monozigóticos);
É o tipo mais comum para gêmeos monozigóticos (até 70% dos casos).

3. Gravidez di/di (dicoriônica-diamniótica):
- Os gêmeos têm uma placenta e um s**o amniótico para cada um; se forem do mesmo s**o, não é possível afirmar se são idênticos ou fraternos;
Em alguns casos, há uma fusão entre as placentas e a gravidez parece ser mono/di, mas não é.

E sobre o parto? Pode ser normal? Sim! Gêmeos também podem nascer por via vaginal. Porém, é mais seguro se o primeiro bebê estiver cefálico, mesmo que o outro nasça pélvico. Se o primeiro estiver pélvico, o ideal é que a equipe tenha experiência com partos pélvicos.

Além disso, só por ser uma gestação gemelar ja não é considerado uma gestação de risco habitual (baixo risco). Mesmo que a gestante não desenvolva nenhuma patologia (diabetes, hipertensão e etc), será considerada uma gestação de maior risco, portanto não pode ser um parto domiciliar.

E aí? Restou alguma dúvida sobre gestação e parto gemelar? Manda aqui!

21/03/2023

Como conseguir identif**ar o trabalho de parto?

Há algum tempo eu falava muito sobre as etapas de trabalho de parto: fase latente, ativa, transição, expulsivo e nascimento da placenta. Tudo bem limitadinho. Dava todos os detalhes sobre a saída do tampão e suas tonalidades.

Com o passar dos anos fui entendendo que para cada mulher o TP vai funcionar de um jeitinho - claro que muitas passam pelo padrão conhecido das “fases”, mas, mais que observar as fases, comecei a observar as mulheres.

Já vi intervalo de contrações de 3min, e passaram 2 ou 3 dias como o mesmo padrão. Em teoria esse tipo de contração seria considera fase ativa. Mas eram, nada mais que prodromos.
Ja outras observei contrações curtas e irregulares, e já era uma fase avançada.
Umas liberam tampão com sangue, outras sequer tampão elinam.

Uma diversidade de maneiras de parir.

Hoje, o método que utilizo para orientar uma família é OBSERVAÇÃO. Observação externa e interna. A externa eu faço e oriento o acompanhe a fazer o mesmo. A interna sempre sugiro a introspecção da parturiente.

Nada de f**ar monitorando contrações. Nem olhando para relogio. Trabalho de parto é entrega, e ninguém consegue se entregar ao processo pensando no externo.

Então, para você que está lendo esse texto e se planeja para parir, eu tenho uma coisa para lhe dizer: estude tudo o que puder, para que na hora vc não precise pensar em além da rua respiração e relaxamento.

Se entregue e viva seu processo, que não será igual ao de ninguém!!

Texto:

17/03/2023

Uma antiga cliente me mandou uma mensagem recordando a 1a vez q nos vimos em uma roda de conversa e como ela teve certeza q era eu quem ela queria como doula. Ela lembrou q tinha conhecido outras doulas q cobravam menos, mas q ela sentia q tinha que ser eu. Fiquei refletindo:

Quantas mulheres já atendi? Como doula, como consultora materna e quantas delas criaram um laço comigo? Quantas viraram amigas?

Ser doula foi uma das melhores escolhas q fiz. Eu tinha uma ideia sobre a profissão quando me formei, mas só na atuação pude entender a magnetude q é ser doula.

Conheci mulheres incríveis! Mulheres q já sabiam sua força, mulheres q me convidaram a participar do reencontro com seu poder. Mulheres q se descobriram, mulheres fortes, mulheres frágeis, decididas e indecisas, carinhosas e firmes...

Fiquei pensando no tanto de gente q vi pela 1a vez e me encantei. E normalmente a recíproca foi verdadeira. Mas acima de tudo, fiquei pensando o quanto é necessário esse vínculo entre mulher e doula, vínculo q nos unirá por tanto tempo.

São muitas as clientes q se tornam amigas. Felizmente e eu tenho muito orgulho disso. Orgulho de mim, por ter cativado corações. Orgulho delas por terem se superado e serem quem são. Em especial por serem minhas amigas.

Como em todo grupo social tem aquelas q chegam e passam. Nem todas serão cativadas ou nos cativará. É natural. Mas hoje queria focar nas q f**am. Não é raro eu receber no WhatsApp a foto de algum bebê ou de alguma criança. Famílias que nem tenho tanto contato, mas que lembram de mim com carinho e partilham seus momentos. Como eu fico feliz!

Amo minha profissão, mas amo mais ainda cada pessoa que conheço, que troco, que toco... amo quando sou tocada e o carinho que alimento por famílias inteiras. Porque sendo doula, ajudo a mudar a forma de nascer, até de uma amizade. Quantas doulas já atendi, quantas mulheres que pariram comigo e viraram doulas depois, quanta amigas de profissão e de vida. Quanta gratidão!

Para a maioria costumamos dizer que uma vez doula, sempre doula. E você que teve doula, como foi pra você? Como ficou sua relação com ela? E você que também é doula, como se sente nesse papel de educadora e colo?

16/03/2023

Todos os bebês sofrem com a angústia da separação, oi ansiedade da separação. Uns em maior grau que outros. Normalmente está ligada a separação da mãe que é quem normalmente acompanha o bebê desde o nascimento, mas pode ser o cuidador mais próximo.

Isso acontece pq quando o bebê nasce, ele não percebe ainda que ele e a mãe são pessoas independentes. Perto dos 4 ou 5 meses é que eles começam a perceber essa distinção. Porém, é perto dos 8 meses que essa situação atinge o pico e isso faz com que a criança chore cada vez que se afasta da mãe, principalmente pra ir no colo de pessoas que ela não está acostumada.

Não é que o bebê esteja rejeitando a outra pessoa, mas é que se separar da mãe lhe dá uma angústia, pois ele ainda não entende que a mãe volta. Por isso, eles choram quando notam que a mãe não está perto. Com o tempo eles vão aprendendo que a mãe volta e a angústia vai diminuindo.

Não pense que sair escondida, quando for necessário sair, vai ajudar. Pelo contrário. Dessa forma o bebê não ganha confiança e f**a cada vez mais inseguro. Quando tiver que sair, despeça-se do seu bebê olho no olho, explique onde você irá. Mesmo que ele chore, pode ter certeza que ele está entendendo e aos poucos vai se adaptar.

Esse comportamento é esperado que dure até os 2 anos e não precisa de acompanhamento médico.

Como foi por aí essa fase?

Doula Fabiola Coutinho

25/06/2023

12/06/2023

14/04/2023

31/03/2023

29/03/2023

27/03/2023

24/03/2023

23/03/2023

22/03/2023

21/03/2023

17/03/2023

16/03/2023

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