29/10/2025
O MACHISMO FEMININO
Incrível, mas como vemos mulheres sabotando o crescimento de outras, criticando seu comportamento, torcendo por seu fracasso, invejando seu sucesso!!
Como há mulheres que puxam tapetes de suas companheiras, para vê-las caírem e sentirem-se por cima. E, quando a outra cai, para de sentir esta dor da inveja, assim como a sensação horrorosa de inferioridade.
Mas qual o motivo de termos este comportamento sá**co? Parte devido à insegurança, ao medo de outra mulher aparecer mais, dele ser mais elogiada que eu, mais inteligente, mais querida e amada.
Tudo isto decorrente de uma baixa autoestima, provinda de nossa criação enquanto crianças não valorizadas como gostaríamos de ser, de termos um exemplo de mãe desvalorizada como mulher (e seguimos este exemplo), ou, em especial, se nossa mãe era um mulherão em algum aspecto que eu gostaria de ser também, mas não sentia-me capaz.
Assim, como criança, começo uma competição desleal com minha mãe que já teve muito tempo para amadurecer, aprender e se tornar aquele mulherão, enquanto eu ainda sou uma criança, e não me vejo ser grande, importante, bonita, inteligente, querida como ela é.
E, ao crescermos, projetamos esta inveja pela mãe poderosa para outras mulheres que nos parecem também mais poderosas do que nós, e torcemos por sua derrota, para que ela caia do pedestal que a colocamos, e não nos faça amargar com toda inveja que já senti anteriormente pela mãe.
Mas, quando é que uma mulher vibra pelo sucesso da outra? Quando foi criada uma autoestima realista, com consciência de que pode realizar o que desejar, mesmo que seja difícil, que é potente, e que pode alcançar seus objetivos, e se responsabilizar por suas próprias escolhas, corretas ou não, quando se esforça para ser a melhor que pode ser, pode apreciar o sucesso de outra mulher, e até quem sabe, se inspirar em seus passos para crescer mais e prosperar nas áreas que deseja.
Mulheres precisam dar as mãos e crescerem cada vez mais, sem esconder o “caminho das pedras”, pois há lugar para todas nós, e quanto mais de nós crescermos, mais podemos ajudar outras a isto também!!
Um Abraço,
Maria Alice Lustosa, PhD
CRP: 05-1719