O Laboratório de Pesquisas de Práticas de Integralidade em Saúde (LAPPIS) é um programa de estudos que reúne um colegiado de pesquisadores que auxiliam na identificação e construção de práticas de atenção integral à saúde. A proposta do grupo é repensar a noção de Integralidade a partir da análise, divulgação e apoio a experiências inovadoras. Esse trabalho é multidisciplinar e tem como ponto de partida o conhecimento que é construído na prática dos sujeitos nas instituições de saúde e na sua relação com a sociedade civil. Integralidade é entendida aqui como um amplo conceito, uma ação social que resulta da interação democrática entre os sujeitos no cotidiano de suas práticas na prestação do cuidado da saúde, em diferentes níveis do sistema. O LAPPIS representa o crescimento e a institucionalização do projeto ‘Integralidade: Saberes e Práticas no Cotidiano das Instituições de Saúde’, criado em 2000, sendo certificado como grupo de pesquisa no diretório do CNPq em 2004. Desde sua concepção, tem o apoio da Abrasco e integra o grupo de pesquisa Racionalidades Médicas, do CNPq, do Instituto de Medicina Social (IMS) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Trabalha em parceria com outras unidades acadêmicas da UERJ (Faculdade de Enfermagem, Faculdade de Direito, Instituto de Nutrição e Departamento de Medicina Integral), com o Instituto da Saúde da Comunidade da Universidade Federal Fluminense (UFF); com o Grupo Temático de Educação em Saúde do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com o Ministério da Saúde (MS), com o Instituto de Informação Científica e Tecnológica (ICICT/Fiocruz); com a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), com a Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Acre (UFAC), com o Núcleo de Cidadania e Processos de Mudança (NUCEM), o Núcleo de Direitos Humanos da PUC – Rio de Janeiro. e com os Departamento de Medicina Social e Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFRGS. Também participam dos projetos de pesquisa do Laboratório: o Programa de Pós-Graduação de Psicologia Institucional da UFES; a Pós-Graduação da Faculdade de Enfermagem e Núcleo de Desenvolvimento Saúde e o Instituo de Saúde Coletiva da UFMT; a Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (ABRASCO); o Departamento de Ciências Sociais da Universidade de Buenos Aires (Argentina); a Latin America Studies Association; Estudos de Saúde Coletiva da UFMG; a Pós-Graduação da Faculdade de Enfermagem da UFMT; o Centro Latino Americano de Informação de Ciências em Saúde; e a Organização BIREME/OPAS. O LAPPIS conta ainda com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo a Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ). O programa investiga e avalia experiências inovadoras de atenção integral em municípios de diferentes regiões do Brasil. Essa pesquisa empírica é comparativa e analisa as experiências a partir de três eixos principais. Primeiro, o grupo busca compreender como os sujeitos envolvidos na relação demanda e oferta nos serviços de saúde entendem o termo Integralidade. Outro ponto a ser observado refere-se à identificação dos efeitos e/ou repercussões desse entendimento nas práticas do cuidado da saúde e dos resultados desse processo para os usuários dos serviços. Por fim, essas práticas são comparadas com as políticas de atenção integral do Estado. O âmbito do ensino, por sua vez, é incrementado pelos produtos e reflexões derivados das atividades de pesquisa. As disciplinas oferecidas na graduação e na pós-graduação funcionam como molas propulsoras de reflexão sobre o objeto da pesquisa do LAPPIS - as práticas - porque incentivam e subsidiam os estudantes desses cursos a debater criticamente os processos e resultados alcançados. E isso também configura uma importante característica do LAPPIS: a opção por um trabalho integrado de retroalimentação entre ensino, pesquisa e extensão. Todo esse trabalho pressupõe que a Integralidade é uma ação social, um princípio que tem a Reforma Sanitária Brasileira como contexto político, social e histórico. Isso significa acreditar que a construção da Integralidade requer, necessariamente, interações democráticas entre os sujeitos envolvidos nas práticas do cuidado da saúde, e que essas transformações no cotidiano dos serviços podem garantir a saúde como direito de cidadania.