19/01/2025
CABROCHAS E RAPAZIADA QUERIDOS!
Foi uma delícia e ainda estamos juntos aqui!
Para quem não conseguiu abrir e ler, aqui vai um extrato da matéria de hoje no jornal O Globo, que fala de encontros e despedidas, de recomeços e transformações... Viva o Carnaval de rua do Rio de Janeiro!
"São sexagenários ou septuagenários muitos dos organizadores de blocos que com energia e desejo de transgredir e de se manifestar saíram às ruas mais de três décadas atrás, num período em que o país vivia seu processo de redemocratização.
— Pouco antes daquela época, o carnaval estava dentro dos clubes. Quando veio a abertura (redemocratização do país), existia essa coisa de ocupar as ruas — lembra Ricardo Costa, fundador do Escravos da Mauá, criado por ele e outros funcionários do Instituto Nacional de Tecnologia, perto do Cais do Valongo.
Da parte dos fundadores, existia ainda um desejo de chamar atenção para a riqueza cultural dos arredores da Praça Mauá e do entorno do Cais do Valongo, no pós-ditadura, na época abandonado e desde 2017 reconhecido como Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) pela sua importância histórica.
Para o engenheiro, ao longo dos últimos anos e, sobretudo, com a sociedade com mais letramento racial, os territórios foram recuperados, assim como os lugares de fala e de cultura reapropriados pela população negra e pela Pequena África.
— Se essas vozes têm força, é mais importante que elas falem — diz o presidente, que lembra: — Paramos com alegria. Vivemos um ciclo feliz. Aquele lugar tinha uma riqueza submersa. Surgiram protagonismos que a gente quer muito bem e que nos levam a crer que é o momento de encerrar o ciclo."
Depoimento de Ricardo Costa à jornalista Thayná Rodrigues
Fotos: Léo Martins
https://oglobo.globo.com/rio/noticia/2025/01/19/blocos-cariocas-tradicionais-se-despendem-da-folia-de-rua-diante-de-exigencias-para-desfilar-e-de-novos-comportamentos.ghtml