16/02/2025
Neurite do Nervo Vestibular Superior
P. V, masculino, 48 anos.
História da doença atual: Dia 26 de dezembro de 2024 estava no clube quando sentiu uma vertigem. Foi atendido no clube e tomou o dimenidrinato. No dia seguinte acordou com vertigem, náuseas e vômitos. Foi atendido na emergência e acharam que o problema era no ouvido esquerdo.
A otorrinolaringologista do hospital achou que estava com uma neurite e voltou a tomar corticoide. Há uma semana está em programa de reabilitação vestibular. Não teve sintomas auditivos.
História patológica pregressa: Neuropatia periférica sensitiva (Polineuropatia de fibra fina com parestesias nos membros inferiores e hipoestesia dolorosa e térmica nos pês sic), fez tratamentos com imunoglobulina e a última vez foi há 8 anos.
Atualmente em esquema com a prednisolona.
Exame Físico:
ROMBERG NEGATIVO.
ROMBERG NA ALMOFADA POSITIVO COM DIREÇÃO INDIFERENTE.
PESQUISA DO NISTAGMO ESPONTÂNEO E SEMI-ESPONTÂNEO NEGATIVO.
COM ÓCULOS DE FRENZEL NOTO DISCRETO NISTAGMO HORIZONTAL PARA A DIREITA.
HEAD IMPULSE TEST POSITIVO COM O GIRO DA CABEÇA PARA O LADO ESQUERDO.
OTOSCOPIA NORMAL.
HIPÓTESE DIAGNÓSTICA: Neurite Vestibular do lado ESQUERDO.
Conduta: Terminar o esquema de corticoterapia e manter a reabilitação vestibular, realizar exame de ressonância magnética de mastoide, vídeo head impulse test e vemp cervical.
O exame audiométrico mostra que à princípio o labirinto anterior ( cóclea ) não foi afetado.
O Vídeo Head Impulse Test ( VHIT ), mostra que o canal lateral esquerdo e o anterior esquerdo foram afetados, e o posterior esquerdo foi poupado. Nos canais afetados, podemos ver a presença das sacadas descobertas ( “overt”) e a redução do ganho do reflexo vestíbulo-oculomotor ( RVO ).
O exame de potencial evocado miogênico vestibular (Vestibular Evoked Myogenic Potential – VEMP) cervical, mostrou o potencial inibitório P1- N1 em ambas as orelhas, dentro da latência normal, e sem assimetria entre os dois lados.
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