Rodrigo Siqueira Endocrinologista

Rodrigo Siqueira Endocrinologista Página com informações sobre endocrinologia e metabologia!

04/07/2025

Uma nova pesquisa publicada no The New England Journal of Medicine trouxe esperança para pessoas com diabetes tipo 2 que iniciam o tratamento com insulina. Um grande ensaio clínico comparou o uso da insulina basal convencional de aplicação diária (glargina) com uma nova insulina de aplicação semanal chamada efsitora. O estudo envolveu 795 adultos e avaliou a eficácia, segurança e praticidade de ambos os esquemas.

Após 12 meses, os resultados mostraram que os dois grupos alcançaram reduções semelhantes na hemoglobina glicada (de 8% para 7%, em média). No entanto, quem usou a insulina semanal precisou de menos ajustes de dose e aplicou menos insulina no total, com baixa incidência de hipoglicemias. Esses dados sugerem que a insulina semanal pode ser uma alternativa eficaz e mais conveniente, especialmente para quem tem dificuldades com a adesão ao tratamento diário.

A proposta é simples, mas poderosa: reduzir a frequência das aplicações pode aliviar a carga emocional e prática da insulinoterapia, incentivando maior adesão ao tratamento e, com isso, melhores desfechos em longo prazo. Isso é especialmente relevante diante dos desafios comuns de abandono do tratamento e oscilações glicêmicas por esquemas mais complexos.

A equipe responsável pelo estudo já iniciou os trâmites para aprovação da efsitora por órgãos regulatórios. Se aprovada, essa insulina de aplicação semanal poderá representar um avanço real na rotina de cuidado das pessoas com diabetes tipo 2.

Toda vez que você vê alguém aplicando insulina, usando sensor ou monitorando a glicemia... não é só um gesto.É alguém es...
03/07/2025

Toda vez que você vê alguém aplicando insulina, usando sensor ou monitorando a glicemia... não é só um gesto.

É alguém escolhendo viver, todos os dias.

Diabetes não é sobre açúcar.
É sobre decisões. Constância. Coragem.
É sobre resistir à exaustão e ainda tentar de novo no dia seguinte.

💉 Cada aplicação é um lembrete de força.
🔁 Cada leitura do sensor é um ato de autocuidado.

Se você vive com diabetes, nunca se esqueça:
Você está fazendo um trabalho que ninguém vê, mas que transforma tudo.

E se você não tem, respeite. Apoie. Escute.
Porque viver com diabetes não é fácil — mas é possível. E merece visibilidade.

Pode parecer repetitivo.Pode soar como algo que “todo mundo já sabe”.Mas na prática clínica, eu vejo o contrário: a desi...
01/07/2025

Pode parecer repetitivo.
Pode soar como algo que “todo mundo já sabe”.
Mas na prática clínica, eu vejo o contrário: a desinformação ainda é gigantesca.

Muita gente ainda acredita que quem tem diabetes tipo 1 “comeu errado”, “abusou do açúcar” ou “não se cuidou”.
👉 E não: nada disso é verdade.

O diabetes tipo 1 é uma doença autoimune, em que o corpo ataca as células beta do pâncreas, destruindo a capacidade de produzir insulina.
Não é culpa de ninguém. Não é algo que poderia ter sido evitado com dieta ou exercícios.

📚 A ciência já deixou isso claro há décadas — e, hoje, novos estudos avançam com:

Terapias com células-tronco que buscam restaurar a produção de insulina.

Medicações como a semaglutida, que podem auxiliar em casos de DM1 com obesidade.

Tecnologias como sensores e sistemas de infusão automatizados que ampliam a qualidade de vida.

🔎 Mas nada disso adianta se a base continuar sendo mal interpretada.
Por isso, como médico, repito o que precisa ser repetido:

👉 Diabetes tipo 1 não é causado por açúcar.
👉 É uma condição crônica, autoimune e sem culpa.

Educação em saúde salva.
E repetir o básico, quantas vezes for necessário, também.

Hoje é o Dia Nacional do Diabetes.Uma data que vai muito além de estatísticas e campanhas — é sobre vidas reais, rotinas...
26/06/2025

Hoje é o Dia Nacional do Diabetes.
Uma data que vai muito além de estatísticas e campanhas — é sobre vidas reais, rotinas atravessadas por medos, escolhas difíceis e uma coragem silenciosa.

Diabetes não é sobre restrição, é sobre adaptação.
Não é sobre falha, é sobre resistência.
Não é fraqueza.
É luta. É ciência. É autocuidado. É persistência.

Que hoje a gente escute mais, julgue menos e amplifique vozes que vivem essa realidade todos os dias.
Porque visibilidade também é tratamento.

25/06/2025

Quando falamos de cuidar do diabetes, a maioria das pessoas lembra da glicemia e da hemoglobina glicada. Mas existem exames que são essenciais para prevenir complicações silenciosas — e que infelizmente ainda passam despercebidos em muitas consultas.

🔍 1. Microalbuminúria
Esse exame simples de urina detecta pequenas quantidades de proteína que podem indicar o início de lesão nos rins. A nefropatia diabética é uma das principais causas de diálise no Brasil, mas pode ser detectada (e tratada) precocemente com esse exame anual.

👁 2. Mapeamento de Retina
Mesmo com a visão aparentemente normal, alterações na retina podem estar avançando em silêncio. A retinopatia diabética é uma das principais causas de cegueira evitável no mundo — e a única forma de impedir isso é fazendo o mapeamento regularmente com um oftalmologista.

🦶 3. Avaliação de sensibilidade nos pés
O teste com monofilamento ou com diapasão identifica se há perda de sensibilidade nos pés. Isso ajuda a prevenir úlceras, infecções e até amputações, que ainda são uma triste realidade em muitos casos mal acompanhados.

Cuidar do diabetes vai muito além do açúcar no sangue. É sobre enxergar o corpo como um todo — e agir antes que o problema apareça. Fale com seu médico e coloque esses exames no seu radar.

Um novo estudo clínico publicado no New England Journal of Medicine reacendeu a esperança para milhões de pessoas com di...
24/06/2025

Um novo estudo clínico publicado no New England Journal of Medicine reacendeu a esperança para milhões de pessoas com diabetes tipo 1. A pesquisa, conduzida por cientistas da Universidade de Toronto em parceria com a Vertex Pharmaceuticals, demonstrou que um tratamento inovador com células-tronco permitiu que 10 dos 12 pacientes tratados deixassem completamente a insulina em até 12 meses.

O zimislecel consiste na infusão de ilhotas pancreáticas derivadas de células-tronco pluripotentes humanas, programadas para se tornarem produtoras de insulina. Diferente dos transplantes tradicionais de ilhotas de doadores — limitados pela escassez de órgãos — essa abordagem usa tecnologia de bioengenharia para gerar células em laboratório, de forma replicável e personalizada.

Além das infusões de zimislecel, os participantes receberam terapia imunossupressora, já que, como em qualquer transplante celular, há risco de rejeição. Os resultados foram promissores: as novas ilhotas produziram insulina em níveis adequados e autorregulados, reduzindo drasticamente (ou eliminando) a dependência de insulina externa. Segundo os autores, "as células infundidas foram funcionais e demonstraram regulação fisiológica da glicose".

Para a comunidade médica, trata-se de um marco na história do diabetes tipo 1. Pela primeira vez, temos evidência sólida de que é possível restaurar a produção endógena de insulina em pacientes que convivem com a doença há anos. Para os pacientes, surge uma nova perspectiva: uma vida sem múltiplas injeções diárias, sem o medo constante de hipoglicemias e complicações.

É cedo para falar em “cura definitiva”, mas já é realista falar em cura funcional. Seguiremos acompanhando os desdobramentos desse estudo com atenção — e com esperança.

Gratidão por cada palavra — cuidar de pessoas com diabetes com atenção, competência e dedicação é o que nos move todos o...
20/06/2025

Gratidão por cada palavra — cuidar de pessoas com diabetes com atenção, competência e dedicação é o que nos move todos os dias. 💙
Seja onde for, seguimos juntos no caminho do cuidado e da confiança. 👨‍⚕️💻

🔴 Essas frases parecem inofensivas... mas não são.Elas invalidam, culpabilizam e desinformam.Quem vive com diabetes já e...
18/06/2025

🔴 Essas frases parecem inofensivas... mas não são.
Elas invalidam, culpabilizam e desinformam.

Quem vive com diabetes já enfrenta desafios o suficiente — o que menos precisa é lidar com julgamentos disfarçados de "opinião".

📍Como endocrinologista, escuto pacientes relatando o impacto emocional de frases como essas.
E sim: palavras importam. Muito.

💬 Já ouviu alguma dessas?
Ou pior: já falou sem perceber?
Comenta aqui embaixo. Vamos abrir esse diálogo.

👥 Marque alguém que precisa entender isso.
📲 Salve e compartilhe com quem ainda não entendeu o que é viver com diabetes.

🧠 Durante mais de um século, aprendemos que a insulina é produzida exclusivamente no pâncreas. Mas evidências cada vez m...
17/06/2025

🧠 Durante mais de um século, aprendemos que a insulina é produzida exclusivamente no pâncreas. Mas evidências cada vez mais sólidas mostram que o cérebro também fabrica insulina – e essa descoberta muda tudo. Células cerebrais especializadas, incluindo neurônios ligados à memória, ao olfato e até ao estresse, são capazes de produzir insulina localmente, com papéis ainda em investigação.

🍽️ Essa insulina cerebral não regula a glicemia como a insulina pancreática. Em vez disso, parece ter funções relacionadas ao apetite, crescimento e saúde cognitiva. Em estudos com camundongos, por exemplo, a insulina liberada no cérebro foi capaz de reduzir a fome e influenciar a produção de hormônio do crescimento.

🧪 O mais impressionante é que isso já era conhecido desde a década de 1970, mas foi ignorado por décadas por acreditarem que toda insulina no cérebro vinha do sangue. Agora, com novas técnicas e descobertas, esse capítulo está sendo reescrito.

🧬 Ainda há muito a entender. Mas uma coisa é certa: a insulina cerebral pode ser uma peça-chave para doenças como Alzheimer e distúrbios metabólicos. O cérebro, mais uma vez, nos mostra que sabe muito mais do que imaginávamos.

📚 Referência:
Beall, C. (2025). Despite what you learned at school, insulin isn’t just made in the pancreas. The Conversation UK. Disponível em: https://theconversation.com

Recebi esse relato de um paciente com diabetes. E parei. Para respirar. Para sentir.Ele me escreveu dizendo:"Doutor, pel...
13/06/2025

Recebi esse relato de um paciente com diabetes. E parei. Para respirar. Para sentir.

Ele me escreveu dizendo:
"Doutor, pela primeira vez eu não tenho mais medo de viver. Não tenho mais medo de mim."

E isso me fez pensar no quanto a jornada com o diabetes é sobre muito mais do que controlar números.
É sobre reconquistar a confiança.
É sobre sair da culpa e entrar na vida com mais leveza, com mais clareza, com mais escolha.

Às vezes, no meio da rotina, a gente esquece que cada paciente carrega batalhas invisíveis — e uma coragem imensa que nem sempre sabe nomear.

Receber esse tipo de relato não é só gratificante.
É um lembrete do que realmente importa na medicina:
Enxergar além dos exames. Estar presente. E ajudar alguém a voltar a confiar em si.

Mesmo com os avanços significativos no tratamento do diabetes, a hipoglicemia grave continua sendo uma realidade frequen...
10/06/2025

Mesmo com os avanços significativos no tratamento do diabetes, a hipoglicemia grave continua sendo uma realidade frequente — e angustiante — na vida de muitos pacientes. Em 2025, com tanta tecnologia e conhecimento disponível, isso nos leva a uma reflexão importante: o que ainda está nos faltando?

Sabemos que o controle glicêmico ideal vai além da hemoglobina glicada. Tempo no alvo, variabilidade e, principalmente, a prevenção de hipoglicemias precisam ser prioridades. Mas, na prática, muitos pacientes seguem enfrentando episódios graves por falta de acesso a tecnologias, suporte educacional contínuo ou por planos terapêuticos que não acompanham sua rotina real.

Como profissionais, temos feito o possível dentro das condições que nos cercam. Mas talvez estejamos em um momento de virada, onde precisamos avançar na escuta ativa, na personalização do cuidado e na integração de novas ferramentas que realmente previnam riscos — sem culpabilizar o paciente nem romantizar o “sofrer para controlar”.

Hipoglicemia não é um efeito colateral aceitável. É um sinal de que ainda temos trabalho a fazer — juntos, com empatia, ciência e diálogo. Porque viver com diabetes não deveria significar viver com medo.

Você sabia que existe uma ligação direta entre o diabetes tipo 2 e o câncer de mama? Um novo estudo da USP identificou n...
05/06/2025

Você sabia que existe uma ligação direta entre o diabetes tipo 2 e o câncer de mama? Um novo estudo da USP identificou nove microRNAs desregulados presentes nas duas condições, sugerindo que o desequilíbrio dessas pequenas moléculas pode influenciar na evolução de ambas as doenças.

🧬 Esses microRNAs atuam na regulação de funções celulares importantes, como proliferação e diferenciação celular. Quando desregulados, podem não só piorar o controle glicêmico no diabetes, como também favorecer o crescimento e a disseminação de células tumorais. Ou seja, há um elo molecular real entre essas duas doenças tão prevalentes.

💡 A boa notícia é que esses microRNAs podem servir como biomarcadores para diagnóstico precoce e como alvo para novas terapias genéticas, oferecendo tratamentos mais personalizados e eficazes para pacientes com diabetes e câncer.

👨‍⚕️ Para nós, profissionais da saúde, o estudo reforça a importância de uma abordagem integrada no cuidado de pessoas com diabetes tipo 2, especialmente mulheres, considerando riscos oncológicos e avanços terapêuticos além do controle glicêmico tradicional.

📚 Referência: Dysregulated microRNAs in type 2 diabetes and breast cancer: Potential associated molecular mechanisms. World Journal of Diabetes, 2025

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