Rodrigo Siqueira Endocrinologista

Rodrigo Siqueira Endocrinologista Página com informações sobre endocrinologia e metabologia!

Cuidar vai muito além da técnica, é um ato de presença, empatia e fé na vida.A medicina me ensinou que, no fim, cada dia...
18/10/2025

Cuidar vai muito além da técnica, é um ato de presença, empatia e fé na vida.
A medicina me ensinou que, no fim, cada diagnóstico é uma história e cada paciente, um lembrete de que esperança também é terapêutica.

🩺 Feliz Dia do Médico a todos que seguem escolhendo cuidar, mesmo quando o mundo parece cansado de acreditar.

— Dr. Rodrigo Siqueira

Nem todo adulto diagnosticado com diabetes tipo 2 realmente tem tipo 2 e essa confusão pode custar caro. Especialistas d...
16/10/2025

Nem todo adulto diagnosticado com diabetes tipo 2 realmente tem tipo 2 e essa confusão pode custar caro. Especialistas da Universidade de Exeter e da Universidade de Edimburgo alertaram, no congresso EASD 2025, que até 40% dos adultos com diabetes tipo 1 são inicialmente tratados como tipo 2. O erro atrasa o início da insulina, impede o acesso a tecnologias e educação específicas e pode agravar complicações.

O diagnóstico correto exige mais que aparência clínica: autoanticorpos e peptídeo-C são ferramentas-chave. Autoanticorpos são mais úteis nos primeiros 3 anos de doença e indicam a presença de autoimunidade, enquanto o peptídeo-C mostra o quanto o pâncreas ainda produz insulina, sendo decisivo em casos longos ou duvidosos. Na Escócia, um algoritmo que inclui ambos os te**es permitiu reclassificar 6,8% dos pacientes com “tipo 1” como tipo 2 ou monogênico, poupando alguns de décadas de uso desnecessário de insulina.

No Brasil, o desafio é ainda maior: a dosagem de peptídeo-C e o painel de autoanticorpos ainda não fazem parte da rotina diagnóstica do SUS e nem sempre estão disponíveis na rede privada fora dos grandes centros. Isso faz com que muitos adultos sejam rotulados automaticamente como portadores de diabetes tipo 2, mesmo quando a evolução clínica e a necessidade precoce de insulina apontam outro caminho.

Ampliar o acesso a te**es laboratoriais e capacitar equipes de saúde para interpretar esses resultados é fundamental. Diagnosticar corretamente o tipo de diabetes não é detalhe, mas o ponto de partida para um tratamento justo, eficaz e transformador.

A nefropatia diabética continua sendo uma das complicações mais silenciosas e devastadoras do diabetes tipo 1 afetando c...
15/10/2025

A nefropatia diabética continua sendo uma das complicações mais silenciosas e devastadoras do diabetes tipo 1 afetando cerca de um em cada três pacientes ao longo da vida. Mesmo com avanços no controle glicêmico e uso de medicamentos protetores renais, como os inibidores de SGLT2, ainda não existe um tratamento capaz de atuar na raiz do dano glomerular, o filtro microscópico que mantém o rim saudável.

Pesquisadores da Universidade de Bristol apresentaram um avanço promissor ao utilizar uma terapia gênica baseada na proteína VEGF-C, que mostrou reduzir em 64% os sinais de lesão renal em modelos animais. Essa proteína fortalece os vasos do glomérulo e ajuda a preservar sua integridade, prevenindo o vazamento de proteínas como a albumina, principal marcador precoce da doença. O resultado supera, inclusive, as reduções recomendadas pela American Diabetes Association para retardar a progressão da nefropatia.

Outros estudos reforçam essa linha: o VEGF-C já havia mostrado efeitos semelhantes em modelos de diabetes tipo 2, e revisões recentes em terapia gênica apontam que a entrega direcionada a células renais, como os podócitos, pode representar uma revolução na medicina regenerativa. Somado a isso, o fato de o risco de nefropatia também ter componente genético reforça a importância de estratégias personalizadas e preventivas.

Essa nova abordagem ainda está em fase pré-clínica, mas abre caminho para algo inédito: proteger o rim antes que a lesão aconteça. Se confirmada em humanos, a terapia gênica com VEGF-C poderá transformar a história do diabetes tipo 1, trocando o tratamento da complicação pela sua prevenção.

Imagine descobrir o risco de desenvolver diabetes tipo 1 antes mesmo que os sintomas apareçam. Isso já é possível. Estud...
14/10/2025

Imagine descobrir o risco de desenvolver diabetes tipo 1 antes mesmo que os sintomas apareçam. Isso já é possível. Estudos recentes mostram que te**es genéticos conseguem identificar crianças e adultos com maior predisposição, permitindo um acompanhamento mais próximo e, em alguns casos, intervenções capazes de retardar o início da doença.

O teplizumabe, por exemplo, uma terapia aprovada nos EUA, pode adiar o aparecimento do diabetes tipo 1 por até três anos, dando tempo precioso para preservar a função do pâncreas e evitar emergências graves como a cetoacidose. E o mais promissor: essa abordagem pode mudar completamente o modo como pensamos o diagnóstico de algo reativo para algo preventivo.

Esses avanços se apoiam em décadas de pesquisa sobre os genes relacionados ao sistema imunológico, especialmente o complexo HLA, que influencia a resposta autoimune do corpo. Com isso, surge a possibilidade de criar programas de triagem genética em recém-nascidos, como já se discute em países da Europa, para identificar quem está em risco antes mesmo de apresentar alterações glicêmicas. Isso abre caminho para um novo modelo de atenção à saúde, baseado na prevenção e na medicina de precisão e não apenas no tratamento de complicações já instaladas.

Ainda há desafios: os te**es genéticos disponíveis foram desenvolvidos com base em populações europeias, o que limita sua precisão em outros grupos étnicos. Além disso, ainda se discute como aplicar essa triagem em larga escala e como lidar com os resultados em bebês e famílias.

Mesmo assim, o caminho é claro: a endocrinologia está migrando da cura impossível para a prevenção personalizada. Cada avanço nos aproxima de um cenário em que o diabetes tipo 1 poderá ser previsto e, talvez, evitado.

📖 Fonte: Scientific American, novembro de 2025 – “Diagnosing Type 1 Diabetes before Symptoms Strike”

Quando tecnologia e cuidado andam juntos, o resultado é liberdade.A jornada desse paciente mostra como a orientação médi...
09/10/2025

Quando tecnologia e cuidado andam juntos, o resultado é liberdade.
A jornada desse paciente mostra como a orientação médica correta pode transformar o tratamento e devolver qualidade de vida. 💙

Pesquisadores do Beckman Research Institute of City of Hope (EUA) descobriram que a expressão alterada do gene SMOC1 pod...
08/10/2025

Pesquisadores do Beckman Research Institute of City of Hope (EUA) descobriram que a expressão alterada do gene SMOC1 pode ser uma das chaves para entender por que pessoas com diabetes tipo 2 têm queda na produção de insulina e aumento da glicose no sangue.
Publicado na revista Nature Communications, o estudo mostra que o SMOC1 faz com que células beta do pâncreas (que produzem insulina) passem a se comportar como células alfa (que produzem glucagon), o hormônio que eleva a glicemia.

Em indivíduos saudáveis, há um equilíbrio natural entre os dois tipos celulares. Mas, segundo o professor Adolfo Garcia-Ocaña, no diabetes tipo 2 “as células beta começam a imitar as alfa, e esse caminho se torna sem volta”. Essa reprogramação celular ajuda a explicar a queda da insulina e o excesso de glucagon característicos da doença.

A descoberta do papel do SMOC1 abre novas possibilidades de tratamento: ao entender como esse gene se desregula, a ciência pode buscar fármacos capazes de bloquear ou modular sua ação, evitando essa “mudança de identidade” das células pancreáticas.

Mais do que uma curiosidade genética, essa pesquisa reforça que o diabetes tipo 2 não é apenas resultado de resistência à insulina, mas também de mudanças profundas no próprio funcionamento das células do pâncreas. Entender essa base molecular pode transformar a maneira como tratamos e talvez, no futuro, prevenimos a progressão da doença.

📖 Referência: Lu, G. et al. Nature Communications, 2025. “Altered SMOC1 expression promotes beta-to-alpha cell conversion in type 2 diabetes.”

Adolescência já é uma fase de intensas transformações físicas, emocionais e sociais. Quando somamos a isso o diagnóstico...
07/10/2025

Adolescência já é uma fase de intensas transformações físicas, emocionais e sociais. Quando somamos a isso o diagnóstico de diabetes tipo 1, o impacto psicológico pode ser devastador. Um novo estudo conduzido pela Universidade de Gdansk e publicado em Frontiers in Endocrinology (2025) mostrou que jovens com diabetes tipo 1 vivem sob níveis extremamente elevados de estresse, e que esse fardo emocional não se alivia apenas com informação ou tecnologia.

Os pesquisadores avaliaram 274 pacientes entre 18 e 35 anos, com média de 13 anos de convivência com o diabetes. Mesmo apresentando alto grau de conhecimento sobre a doença (média de 18 acertos em 20 questões), os índices de estresse permaneceram altos e se mostraram proporcionais ao tempo de diagnóstico, ao IMC e aos episódios de hiperglicemia noturna. Ou seja, quanto mais longa a jornada com o diabetes, maior tende a ser a sobrecarga emocional.

Outro achado importante foi a relação entre aceitação da doença e o controle metabólico: níveis mais baixos de aceitação se associaram a piores resultados de HbA1c e maior frequência de hiperglicemias diurnas. A aceitação, portanto, não é apenas um conceito psicológico, é também um marcador clínico de adesão e autocuidado.

Os autores reforçam que educação em diabetes deve andar junto com apoio psicológico estruturado, especialmente nessa faixa etária em que a autonomia no tratamento colide com as inseguranças típicas da juventude. Intervenções baseadas em terapias de aceitação e compromisso (como a Acceptance and Commitment Therapy, ACT) já demonstraram melhorar não só o equilíbrio emocional, mas também os níveis glicêmicos.

Como endocrinologistas, precisamos olhar além dos números e sensores. Um adolescente com bom tempo no alvo, mas exausto emocionalmente, não está bem controlado. O controle glicêmico é parte da equação; o equilíbrio mental é a outra metade. Cuidar da saúde emocional desses jovens é também cuidar de seu futuro com o diabetes.

*Exclusivo para médicosColega médico, chegou a sua chance de dominar as tecnologias que estão transformando o cuidado em...
03/10/2025

*Exclusivo para médicos

Colega médico, chegou a sua chance de dominar as tecnologias que estão transformando o cuidado em diabetes!

🎯 No curso Tecnologias em Diabetes na Prática Clínica você terá acesso a tudo o que precisa — do básico ao avançado — para aplicar na prática insulinização, sensores e bombas de insulina com segurança e precisão.
📌 Mais de 30 horas de conteúdo
📌 Acesso por 12 meses
📌 Certificado de conclusão
📌 Curso validado na prática clínica

👥 2 mentorias em grupo para discussão de casos
✅ Curso completo de Insulinização em DM1
✅ Curso sobre Motivação e Autoeficácia em pacientes com DM1
📋 Modelos de laudos para sensores e bombas
📲 Livro digital Insulinização em DM1

Comenta "Quero” e garanta a sua vaga.

Um estudo publicado na Nature (outubro/2025) pela Washington University School of Medicine trouxe uma descoberta animado...
02/10/2025

Um estudo publicado na Nature (outubro/2025) pela Washington University School of Medicine trouxe uma descoberta animadora: certos macrófagos do pâncreas, chamados de efferocytic macrophages (eMacs), conseguem engolir células beta mortas e, ao mesmo tempo, desativar linfócitos T que destruiriam as células produtoras de insulina. Em modelos animais, isso significou prevenção do diabetes tipo 1 em camundongos propensos à doença.

Esses macrófagos funcionam como “lixeiros biológicos”: ao limpar os restos celulares, reprogramam sua função para proteger o tecido saudável. No estudo, até mesmo uma pequena indução de morte celular pancreática foi capaz de aumentar a proporção de eMacs e garantir proteção por mais de 40 semanas, enquanto os animais sem essa resposta evoluíram para diabetes em poucas semanas.

O achado é relevante porque, se conseguirmos estimular esses eMacs em humanos, poderíamos interromper a progressão do diabetes tipo 1 em indivíduos de risco, como familiares de pessoas já diagnosticadas. Mais do que tratar, a ideia seria prevenir a destruição das células beta. Pesquisas futuras devem explorar como aumentar a ação dessas células em humanos e transformar essa via em uma terapia real.

👉 Para nós, médicos e pacientes, essa descoberta reforça um ponto: o futuro das terapias no diabetes tipo 1 não está apenas em substituir insulina, mas também em entender e modular o sistema imune. Um caminho que mistura ciência básica e esperança de cura.

📖 Referência: Zakharov P, Chowdhury CS, Ravichandran K. Nature. 1 de outubro de 2025.

*Exclusivo para médicosHoje é a segunda aula do Diabetes Decode – Decodificando o novo tratamento!Às 20h, ao vivo no You...
01/10/2025

*Exclusivo para médicos

Hoje é a segunda aula do Diabetes Decode – Decodificando o novo tratamento!

Às 20h, ao vivo no YouTube, vamos falar sobre Sensores na prática: como transformar dados em decisões clínicas. 📊

Uma oportunidade única para se atualizar e aplicar na rotina médica o que há de mais moderno no tratamento do diabetes.

Ainda dá tempo de garantir sua vaga! Comente "Quero" e participe dessa revolução.

🔔 Não esqueça de se conectar pontualmente!

Recentemente, a Federação Internacional de Diabetes (IDF) reconheceu oficialmente uma nova forma da doença: o diabetes t...
01/10/2025

Recentemente, a Federação Internacional de Diabetes (IDF) reconheceu oficialmente uma nova forma da doença: o diabetes tipo 5, também chamado de diabetes relacionado à desnutrição (MRDM).

Diferente do tipo 1 (autoimune) e do tipo 2 (resistência à insulina), o tipo 5 surge em pessoas que viveram subnutrição crônica ao longo da vida. Com baixo índice de massa corporal (IMC) e pouca reserva nutricional, o pâncreas não consegue produzir insulina adequadamente — mas, ao mesmo tempo, esses pacientes não apresentam a resistência típica do diabetes tipo 2.

⚠️ Por isso, o tratamento precisa ser individualizado: foco em reabilitação nutricional, correção de deficiências, dieta adequada e, em alguns casos, uso de insulina em doses menores e cuidadosamente ajustadas para evitar hipoglicemias.

O reconhecimento do tipo 5 é um marco porque dá visibilidade a populações vulneráveis em países de baixa e média renda, onde essas pessoas muitas vezes eram classificadas erroneamente como tipo 1 ou 2, recebendo terapias ineficazes ou arriscadas. Ainda há muito a avançar, mas esse é um passo importante para a equidade em saúde.

🎥 AULA 1 LIBERADA!A primeira aula do Diabetes Decode aconteceu, já começamos a Decodificar o Novo Tratamento e o replay ...
01/10/2025

🎥 AULA 1 LIBERADA!

A primeira aula do Diabetes Decode aconteceu, já começamos a Decodificar o Novo Tratamento e o replay está no ar:

📌 A nova era da insulinização: Precisão e segurança no consultório

Comenta “Quero” e assista o Replay.

*Exclusivo para médicos

⚠️ Não perca: amanhã tem a Aula 2 – Sensores na prática:
Como transformar dados em decisões clínicas.

Endereço

Avenida Das Américas, 3500/Bloco 4/Sala 703/Le Monde
Rio De Janeiro, RJ
22649900

Horário de Funcionamento

Segunda-feira 09:00 - 18:00
Terça-feira 09:00 - 18:00
Quarta-feira 09:00 - 18:00
Quinta-feira 09:00 - 18:00
Sexta-feira 09:00 - 18:00
Sábado 09:00 - 13:00

Notificações

Seja o primeiro recebendo as novidades e nos deixe lhe enviar um e-mail quando Rodrigo Siqueira Endocrinologista posta notícias e promoções. Seu endereço de e-mail não será usado com qualquer outro objetivo, e pode cancelar a inscrição em qualquer momento.

Entre Em Contato Com A Prática

Envie uma mensagem para Rodrigo Siqueira Endocrinologista:

Compartilhar

Share on Facebook Share on Twitter Share on LinkedIn
Share on Pinterest Share on Reddit Share via Email
Share on WhatsApp Share on Instagram Share on Telegram

Categoria