03/06/2024
Verdade. Em todos os tipos de pele, o processo de envelhecimento envolve danos provocados pelo sol, redistribuição de gordura, deslocamento ósseo e perda de tecido conjuntivo. Os sinais mais comuns de envelhecimento da pele são manchas escuras, perda de elasticidade e volume, alteração da textura, ressecamento, desidratação, aspereza, alterações vasculares e o surgimento de linhas finas e rugas.
O envelhecimento possui fatores intrínsecos, que refletem a formação genética do indivíduo, e fatores extrínsecos, relacionados com exposições ambientais, saúde, estilo de vida e hábitos individuais, como exposição solar, tabagismo, dieta e exercício.
“Pessoas negras apresentam envelhecimento facial e extrínseco menos marcado, com aparecimento de sinais cerca de uma década depois, quando comparados a tipos de pele mais claros”, explica o Dr Cauê Cedar, médico dermatologista associado à SBD.
A exposição cumulativa ao sol é o fator extrínseco mais importante no envelhecimento da pele. “A pele negra é menos suscetível a danos induzidos pelo sol, portanto, essas manifestações clínicas do envelhecimento são menos graves e geralmente ocorrem 10 a 20 anos mais tarde, comparadas a população branca”, comenta o Dr Cauê.
A melanina é o principal determinante da cor da pele e a concentração de melanina em peles mais escuras é o dobro em comparação aos tipos de pele com pigmentação clara, o que fornece a esse tipo de pele uma proteção maior contra os danos provocados pelo sol. “Mas a maior concentração de melanina também torna a pele com pigmentação escura mais vulnerável à despigmentação”, explica o dermatologista.
Em relação às mudanças estruturais, o envelhecimento causa perda volumétrica de gordura, reabsorção óssea e redistribuição de tecidos moles. “A população preta tem um estrato córneo mais espesso, criando uma pele que mantém sua integridade estrutural e aparência jovem por mais tempo”, conclui o médico.
Saiba mais em sbd.org.br
