Psicóloga Bárbara Adele de Moraes

Psicóloga Bárbara Adele de Moraes Atendimento psicanalítico para bebês, crianças e adultos. CRP 06/76.403

Voltando ao tema sobre o lugar dos pais na clinica psicanalítica com crianças, um outro ponto sobre o porquê os escutamo...
27/11/2024

Voltando ao tema sobre o lugar dos pais na clinica psicanalítica com crianças, um outro ponto sobre o porquê os escutamos se trata - ⚠️spoiler - que um dos elementos que compõem a queixa se refere à subjetividade dos pais.

Para escrever sobre isso, será necessário que eu faça uma voltinha. Vamos lá!

Em nosso processo de constituição psíquica, nos humanizamos na relação com pessoas que encarnam as funções materna e paterna. Geralmente são os pais, mas podem ser outros familiares. O que importa é que sejam pessoas que estejam implicadas nos cuidados destinados ao bebê - o tal do Outro para Lacan.

No exercício destas funções, o que se transmite está para além da satisfação das necessidades. O que também se transmite é a subjetividade de quem encarna as funções materna e paterna.

E a criança, por estar muito ligado a quem cuida e por também ser marcado pela subjetividade dos cuidadores, pode apresentar um sintoma que encena algum aspecto dessa subjetividade ou, ainda, algum comportamento pode ser lido pelos pais a partir de seu próprio universo subjetivo.

E aqui estamos diante de um dos desafios das analistas que não retrocedem ao atendimento com crianças: os pais podem (des)conhecer aspectos que compõem sua própria subjetividade. Aquilo que se queixam na criança pode ser algo que (des)conhecem em si mesmos.

O que se propõem nas entrevistas com os pais, então, é a escuta dessa subjetividade e, no caso a caso, construir o manejo possível. Não se toma os pais em análise, mas há um trabalho de que, a cada um, seja reordenada a sua parte na queixa. Pois assim há lugar para que possamos escutar a criança e avaliar se há alguma demanda dela, sujeito em constituição.

Trazendo para o feed um dos temas mais comentado nos bastidores com colegas psis: qual o lugar dos pais no atendimento p...
06/11/2024

Trazendo para o feed um dos temas mais comentado nos bastidores com colegas psis: qual o lugar dos pais no atendimento psicanalítico com crianças?

Se trata de uma característica da clínica com crianças e que não podemos considerar como um impeditivo para o trabalho. Pelo contrário: a presença dos pais é parte do atendimento.

Hoje compartilho um dos motivos pelos quais convidamos aos pais (e a cada caso precisamos considerar a presença de outros familiares) para as entrevistas iniciais.

Comente sua dúvida logo abaixo. Em breve trarei outro motivo. Quem sabe pode ser algo que você queira saber mais 😊

📚🖍️ Um convite como esse se torna possível pelo trabalho entre colegas e por acreditar em uma transmissão da psicanálise...
05/08/2024

📚🖍️ Um convite como esse se torna possível pelo trabalho entre colegas e por acreditar em uma transmissão da psicanálise que se renova e é contínua.

⤵️

É com grande satisfação que anunciamos nosso primeiro Colóquio!

Anote na sua agenda, reserve a data e acompanhe nossas redes sociais. Em breve, divulgaremos todas as informações e o processo de inscrição!

Depois de um tempo “gestando” uma atividade em que pudesse transmitir meu ponto de vista sobre questões do feminino, da ...
19/05/2024

Depois de um tempo “gestando” uma atividade em que pudesse transmitir meu ponto de vista sobre questões do feminino, da maternidade e do social e como isso repercute no trabalho analítico, é com muita alegria que te convido a participar da Conversação em que abordarei o tema “Escuta de mulheres na clínica psicanalítica”.

Será um encontro de 1h30 para apresentar e discutir aspectos que incidem na subjetividade feminina. Vai ter recortes de várias áreas de conhecimento articulados com psicanálise.

📌Quando: 25 de junho de 2024 às 19h15.
🔗Atividade on-line ao vivo (a gravação não será disponibilizada).
📝Inscrição e informações sobre valores e pagamento no link na bio.

Convido a você, interessada e interessado pela psicanálise com crianças, para participar do Grupo de leitura que iniciar...
25/03/2024

Convido a você, interessada e interessado pela psicanálise com crianças, para participar do Grupo de leitura que iniciarei a partir do dia 9/4 - terça-feira às 11h15.

Com duração de 1h, faremos a leitura conjunta do livro “A psicanálise de crianças e o lugar dos pais” de autoria da psicanalista argentina Alba Flesler.

🎯 Essa atividade é aberta e para fazer sua inscrição, preencha o formulário que está no link na bio.

“Nós, seres humanos, somos os únicos seres vivos a dar mais importância ao desejo que à necessidade, quer tenhamos um an...
18/02/2024

“Nós, seres humanos, somos os únicos seres vivos a dar mais importância ao desejo que à necessidade, quer tenhamos um anorexia, quer façamos uma greve de fome - o que dá no mesmo, a não ser pelo fato de que no primeiro caso está em jogo o inconsciente, e, no segundo, o consciente: nos dois casos, a existência, no sentido simbólico, tem primado sobre a sobrevivência.”

Graciela Crespin

A ideia de que somos animais induz a uma noção de que seríamos regidos apenas por instintos. Essa concepção não se sustenta, pois desde o momento em que somos inseridos na linguagem, em que o choro do bebê é interpretado como um apelo, uma demanda a ser atendida, nos afastamos dos instintos.

Cada cuidador fará uma leitura desse apelo a partir de sua subjetividade, assim como também nos particularizarmos na história da família em que nascemos. Outro elemento é a maneira singular que cada bebê reage diante de seu cuidador, já demonstrando sua assinatura pulsional, como propõe Marie Couvert.

Temos influência, sim, do biológico, não podemos negar. Mas nos afastamos dos animais na medida em que um elefante nasce com comportamentos geneticamente programados próprios de sua espécie e não sentirá angústia diante das questões existenciais. Um elefante nasce e sabe o que fazer.

O mesmo não acontece com os humanos. Somos atravessados e influenciados pela subjetividade de quem nos cria, pela história da família, pelo tempo histórico e cultural que nos cerca, pelo lugar que nascemos.

Na clínica, escutamos pais e mães que contam a diferença entre o estabelecimento de um laço com um filho e outro; as dúvidas que surgem na criação de um filho e que não se repete na relação com outro filho. Se fôssemos regidos apenas por instintos, não haveria dúvida sobre o que fazer e não haveria diferença no relato.

Saudade de viajar ❤️O   de hoje é uma lembrança pra mim mesma do quanto gosto de viajar, de sair da rotina, de conhecer ...
15/02/2024

Saudade de viajar ❤️

O de hoje é uma lembrança pra mim mesma do quanto gosto de viajar, de sair da rotina, de conhecer novos lugares e me encantar.

Essa viagem foi muito especial: conheci Beagá e fiquei tão apaixonada que voltei nos 2 anos seguintes 🤭

Conheci Inhotim, Brumadinho e a Serra da moeda. Lugares tão lindos e quando aconteceu o crime ambiental em 2019, fiquei pensando nas pessoas e na natureza desse lugar e como ficaram depois dessa tragédia.

Essas experiências têm um efeito de ampliar meu modo de pensar, de fazer pausas pra ter outras perspectivas da vida. E quando volto, percebo os efeitos no trabalho. Não sei se aparece nas sessões, se alguém percebe, mas minha escuta volta diferente.

F**a aí o convite para você que acompanha as publicações: o que te encanta? O que você gosta de fazer que produz efeitos em sua vida ou em sua prática clínica?

Hoje, compartilho com você 3 questões que fazem parte da prática de quem atende crianças ☺️São dúvidas que nos fazem ret...
12/02/2024

Hoje, compartilho com você 3 questões que fazem parte da prática de quem atende crianças ☺️
São dúvidas que nos fazem retornar às origens e a aspectos teóricos do atendimento psicanalítico com crianças. Nesse texto escrevo sobre o lugar dos pais.

Historicamente, Freud pede aos seus seguidores para que observassem seus filhos com o intuito de confirmar suas hipóteses sobre a sexualidade infantil. Dentre as informações que recebeu, decidiu publicar o famoso caso do pequeno Hans em 1909.

Nos anos seguintes, alguns psicanalistas se dedicaram a atender crianças ou utilizar a técnica para criação de seus filhos. Até que Melanie Klein e Anna Freud iniciam sua prática e estudos e se tornam referência.

O que chama atenção nesse início é que os pais e as mães atendiam seus filhos. Freud escreveu como uma das principais contribuições para o caso do pequeno Hans a junção do papel do pai com a autoridade do médico.

Com o desenvolvimento da prática e da teoria, como também o aumento de psicanalistas atendendo crianças, pais e mães psis deixaram de atender os próprios filhos. Mas as origens deixaram resquícios na história da psicanálise com crianças e que se transmitem a cada geração de psicanalistas que se propõem a atender crianças.

Não é de se estranhar que uma das principais dúvidas seja, justamente, o lugar dos pais no atendimento com crianças.

Você tem dúvidas sobre o lugar dos pais?

O   de hoje representa meu encantamento com a natureza, em especial pelo mar e pelas vistas e pôr do sol.Compartilho os ...
21/09/2023

O de hoje representa meu encantamento com a natureza, em especial pelo mar e pelas vistas e pôr do sol.
Compartilho os registros do pôr do sol à beira do Rio da Prata na Colônia del Sacramento, a beleza do mar da Isla Saona, o pôr do sol em meio à Mata Atlântica em Intervales, o mar cosmopolita de Miami Beach e o pôr do sol em Sorocaba.

A lembrança de hoje é de julho de 2018, quando participei do V Congresso Internacional Transdisciplinar sobre a criança ...
14/09/2023

A lembrança de hoje é de julho de 2018, quando participei do V Congresso Internacional Transdisciplinar sobre a criança e o adolescente em Belo Horizonte.
Foi uma viagem especial, pois voltei pra uma cidade que me encanta, apresentei em um pôster algumas ideias que tinha na época, teve visita ao mirante de Mangabeiras e teve muita risada com e .

⚠️Dos stories para o feed: Será que tomamos uma criança em análise apenas pela queixa dos pais?Taí uma questão que vira ...
07/09/2023

⚠️Dos stories para o feed: Será que tomamos uma criança em análise apenas pela queixa dos pais?

Taí uma questão que vira e mexe aparece nas conversas dos colegas psis. Alguém que cuida de uma criança, seja mãe, pai, avós ou outro tipo de laço afetivo, se vê em uma situação onde não sabe mais o que fazer. Entende que algo está acontecendo com a criança e aparece pedindo ajuda.

Aprendemos com Lacan que "o sintoma da criança acha-se em condição de responder ao que existe de sintomático na estrutura familiar". Portanto, é a partir dessa ideia que escutamos os pais e trabalhamos o manejo com eles. Não se trata de inclui-los demais ou exclui-los do tratamento da criança. É um cálculo estratégico que fazemos no caso a caso.

Mas há um giro na clínica psicanalítica com crianças desde as contribuições de Lacan e dos pós-lacanianos.

Se trata de destinar à criança um lugar e uma escuta de um sujeito em constituição. Se trata de uma concepção da criança como alguém capaz, desde muito cedo, de interpretar o que acontece à sua volta e se colar (de mais ou de menos) no mundo simbólico da sua estrutura familiar.

Às vezes, a queixa familiar não aparece como um sintoma da criança. Às vezes, a criança formula sua própria questão em análise, diferente da queixa trazida pela família. Há que se atentar, então, para que não sejamos precipitados ao receber um pedido de atendimento para criança.

Por vezes o que está acontecendo com a criança pode ser diagnosticado como "infância" e para isso não há tratamento.

O Programa de Pós-Graduação em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação e o Laboratório de Psicopatologia: Sujeito e ...
21/08/2023

O Programa de Pós-Graduação em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação e o Laboratório de Psicopatologia: Sujeito e Singularidade - LaPSuS convidam para a palestra "Trabalhos científicos na clínica psicanalítica do bebê" com a Profa. Dra. Erika Parlato, no dia 1°/09, às 9h, no Anfiteatro da Pós-graduação, na Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp.

A palestra acontecerá na modalidade híbrida, sendo que as vagas no auditório são por ordem de chegada e o link do Google Meet será disponibilizado no dia da atividade.

Agradecemos ao apoio do Cepre (FCM/UNICAMP).

Endereço

Rio De Janeiro, SP

Horário de Funcionamento

Segunda-feira 17:00 - 21:00
Terça-feira 09:30 - 21:00
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Sexta-feira 15:00 - 19:00

Telefone

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