30/09/2025
Esses dias, lendo o livro “O Desafio do Portuga”, uma frase me parou.
A história é real: um esquiador profissional sofre uma fratura grave na perna.
Após a cirurgia, ele f**a com uma diferença de 6 centímetros no comprimento das pernas.
Passa quatro anos mancando, lidando com dor, limitações — e silêncio.
Até que um ortopedista, numa consulta de rotina, diz a frase que ninguém havia dito antes:
“Tem jeito.”
Duas palavras.
Simples. Diretas.
Mas que mudaram completamente o curso daquela história.
A partir dali, ele foi tratado, voltou a correr e, mais do que isso, completou maratonas.
Essa frase me tocou porque ela fala sobre algo profundo que vejo na medicina todos os dias:
a importância do olhar esperançoso e da escuta ativa.
Quantas vezes um paciente não está pedindo milagre, mas apenas um horizonte possível, uma frase que acolha, uma alternativa que devolva dignidade?
"Tem jeito" pode ser tudo o que alguém precisa ouvir para continuar.
E não estou falando de romantizar diagnósticos difíceis.
Estou falando de manter vivo o espaço entre a dor e a possibilidade.
Esse livro não é sobre medicina.
Mas me lembrou por que escolhi trabalhar com cuidado, com gente, com escuta.
Tem alguma leitura que te marcou? Compartilha aqui nos comentários o nome do livro.