31/05/2022
Nos dias de hoje, o cérebro humano é exposto a imensas quantidades de informações diárias. É natural que as pessoas desejem f**ar cada vez mais atentas a tudo que as rodeia, sem perder nada. Porém, em muitas delas, a energia que deveria ser distribuída por muitas atividades, acaba se concentrando no cérebro, neste estado de atenção ininterrupta, podendo causar esgotamento físico e mental.
O psiquiatra brasileiro Augusto Cury, embasado na escuta de seus pacientes e em questionários aplicados, deu a esta condição o nome de Síndrome do Pensamento Acelerado. Segundo ele, o problema desta síndrome não está relacionado à qualidade ou ao conteúdo dos pensamentos em si, mas à quantidade excessiva deles.
É indiscutível que o ritmo alucinante da vida moderna pode, sim, gerar sobrecarga de informações e afetar a saúde mental das pessoas. Mas é importante destacar que, ainda que a chamada Síndrome do Pensamento Acelerado seja um conceito muito difundido na internet, ela não é oficialmente reconhecida pela comunidade científ**a.
Os sintomas relacionados a este quadro, como a ansiedade, o cansaço, inquietação, irritabilidade, dificuldade de concentração, mudanças de humor, entre outros, podem ser indicadores de várias patologias, como o transtorno de ansiedade, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, estresse ocupacional, transtorno afetivo bipolar, transtorno de dependência química, entre outros.
Por isso, os sintomas nunca devem ser analisados isoladamente. Diagnósticos devem ser realizados por um profissional, sempre com um olhar abrangente, considerando o quadro do paciente como um todo.
De qualquer forma, independentemente da nomenclatura que se dê, ao perceber que está sentindo esgotamento mental, não deixe de procurar ajuda. Um psicólogo poderá ajudar a organizar melhor os pensamentos, encontrar espaços de relaxamento e voltar a acalmar a mente.
Diminuir o ritmo poderá devolver o seu bem-estar e equilíbrio, sem que para isso você precise se desconectar do mundo.