28/08/2025
Você sabe o que a fisioterapia tem a ver com o bruxismo?
Esse foi o tema da minha palestra na última reunião científica.
A fisioterapia atua diretamente nas consequências negativas que esse comportamento pode causar. Nem todo indivíduo com bruxismo apresentará sintomas, mas em muitos casos as repercussões são significativas, e a disfunção temporomandibular (DTM) é uma das principais.
É importante destacar: DTM não é bruxismo e não desencadeia o bruxismo, mas o contrário pode ocorrer. O bruxismo é considerado um fator de risco para o desenvolvimento da DTM, e nossa atuação fisioterapêutica busca justamente controlar e prevenir os sintomas.
Entre eles, estão dores faciais e cefaleias (especialmente temporais) ao acordar, dificuldade para abrir a boca, sensação de peso e tensão na face, dores auriculares e até desconfortos cervicais. Quando esses sinais aparecem pela manhã, geralmente estão relacionados ao bruxismo do sono; já quando surgem ao longo do dia, podem indicar o bruxismo em vigília.
Na reunião, discutimos também fatores que podem contribuir para o aparecimento ou agravamento do bruxismo, como ansiedade e outros aspectos psicológicos, uso de determinados medicamentos (por exemplo, antidepressivos), abuso de cafeína, álcool e nicotina, além de condições clínicas associadas, como apneia obstrutiva do sono e refluxo gastroesofágico.
Compreender essas conexões é essencial para atuar de forma eficaz e multidisciplinar. E é justamente esse olhar ampliado, baseado em ciência e experiência clínica que trazemos em cada reunião científica.