Dra. Judy Botler

Dra. Judy Botler Endocrinologia e Diabetes. Consultas com hora marcada.

19/08/2025

O efeito da menopausa sobre a composição corporal é bem conhecido (principalmente por mulheres que vivem essa fase), e pode começar até 8-10 anos do início da menopausa em si; embora o ganho de peso em si não seja tão pronunciado, na média, há um aumento de massa gorda é gordura visceral e uma discreta redução de massa magra; efeitos da falta de estrogênio e do aumento do FSH podem explicar boa parte das mudanças.

👉Dito isso, no afã de verem melhora, muitas mulheres perguntam e desejam fazer reposição hormonal; nesse sentido, é importante dizer que estudos com diferentes formas de reposição não mostraram nenhum efeito em perda de peso, embora uma pequena redução de gostos visceral seja observada; assim, não há indicação de uso de reposição somente por esse efeito- embora se houver por conta de outros (como fogachos, disfunção sexual, alterações Neuro-psíquicas, etc), esse pode ser um pequeno benefício adicional.

👉Devemos lembrar que a reposição hormonal quando bem indicada é transformadora e excelente, mas há alguns cuidados em pessoas com obesidade e doença metabólica, com formas não orais preferíveis, na maioria dos casos (mas há muitas nuances que não cabem em um post único). Testosterona para melhorar massa magra também não é recomendado por nenhuma diretriz, pois os riscos superam os benefícios

👉Um ponto positivo também para quem não pode fazer TRH é que mudanças de estilo de vida tiveram a mesma eficácia em mulheres com e sem reposição, e estudos recentes com novas medicações mostram que a perda de peso após a menopausa foi semelhante a antes da menopausa; ou seja, as alterações existem, mas é sim possível estratégias não hormonais para melhorá-las!

Ref: Kim. S*x steroid levels and response to WL interventions among postmenopausal women in the DPP. Obesity 2014

04/08/2025

A idéia de acelerar o para ajudar na perda de peso é muito sedutora por, na teoria, gerar resultados sem a necessidade de um controle alimentar maior. Mais ainda quando muitos acham que esses termogênicos, vendidos sem bula ou como fitoterápicos, são “naturais”, e portanto, menos agressivos. Pois a realidade é um pouco diferente.

👉Ao longo do século XX diversas substâncias termogênicas foram propostas para a obesidade e todas elas se mostraram pouco seguras, por aumentar frequência cardíaca, pressão arterial e efeitos adversos ainda mais graves. Alguns exemplos: efedrina, DNP, aminorex, fenilpropilamina... inclusive parte da fama de medicação para obesidade não serem seguras vem dessa sucessão de histórias de riscos no passado com os termogênicos. Aumentar o metabolismo artificialmente não se mostrou boa ideia ao longo dos anos (inclusive muitos estudos de em animais mostram que o caminho para o “envelhecimento saudável” vem em reduzir o metabolismo, gerando menos estresse oxidativo).. . outros exemplos de termogênicos: cocaína, nicotina.

👉Por outro lado, há ervas, alimentos e fitoterápicos que se vendem como termogênicos, mas revisões mostram que o efeito máximo é bastante limitado. Talvez o mais estudado seja o chá verde que, em doses altíssimas (e com risco de lesão hepática) levam a perdas de menos de 1kg a mais em 6 meses (é só em q não costuma tomar café). A ́na é um estimulante, mas tem poder termogênicos pequeno. Ou seja, a ideia que seu emagrecimento será mais fácil com essas substâncias é, digamos, ingênua.

👉Lembrando q muitos termogênicos vendidos por aí contém substâncias não declaradas, e é uma das maiores causas de busca a Pronto-Socorro nos EUA (e provavelmente aqui tb).

👉O futuro talvez seja encontrar opções que impeçam que nosso metabolismo caia ao emagrecermos: ou seja, mais do que acelerá-lo, seria uma forma de evitar a adaptação que tanto atrapalha a manutenção do peso perdido!

Ref: Bray. Medical treatment of obesity. Past, present, future. Best Pract Gastroent 2014

08/05/2024
Trabalhar com alegria torna tudo mais leve. Ajudar a quem precisa com o nosso conhecimento é uma grande benção.
21/03/2024

Trabalhar com alegria torna tudo mais leve. Ajudar a quem precisa com o nosso conhecimento é uma grande benção.

Cada vez mais, ao perguntar a pacientes o que estão usando, recebo listas gigantescas de “suplementos”, dos mais variado...
17/01/2024

Cada vez mais, ao perguntar a pacientes o que estão usando, recebo listas gigantescas de “suplementos”, dos mais variados tipos: CoenzimaQ10, omegas, probióticos variados, fórmulas com várias ervas, poli vitamínicos múltiplos, cúrcuma, óleos variados, e mais uma lista gigante. Percebo que há sempre os suplementos “da moda”, que muitos usam em anos específicos e depois caem em esquecimento.

👉É interessante notar que alguns desses pacientes dizem “não gostar de usar remedio”, mas usam essa infinidade de comprimidos diários sem qualquer preocupação.

👉Nesse sentido, pergunto: “para que tanto suplemento?”. “Você sabe por que está usando isso?”. E a grande maioria não sabe, além de comentários genéricos sobre “é bom para imunidade”, ou memória, ou “coração, ou algo do gênero. Alguns deles podem ter benefícios em cenários específicos ou serem promissores em algumas áreas, mas a a maioria das vezes o que vejo é apenas um uso indiscriminado.

👉Muitos, mesmo sabendo não existir comprovação, dizem gostar pois “mal não faz”, mas até essa lógica pode ser desafiada. Substancias misturadas podem ter interações e tudo que usamos pode ter efeitos adversos, mesmo que raros ou em doses altas: cúrcuma pode ter efeito anticoagulante leve, ômega 3 está associado a fibrilação atrial, probióticos podem ter contaminantes que geram infecção, vitaminas em excesso tem colaterais, ervas podem ser hepato ou nefrotóxicas (caso do chá verde, noz da Índia, entre outras) e assim por diante.

👉Claro que medicações de prescrição também tem colaterais, mas esses podem ser mais previstos, e em geral existe mais cautela no uso de várias em conjunto (o que é bom); assim, o importante é entender que na maioria das vezes “menos é mais”. Ao invés de usar uma infinidade de substâncias sem qualquer comprovação, com a ideia de que não são medicamentos, é importante entender individualmente quais sao suas queixas e necessidades clínicas e utilizar (caso necessário) aquelas medicações que realmente terão inpacto. Usar substâncias em excesso, sem necessidade não é bom, nem para sua saúde e nem para o bolso, e não é o fato de uma substância não ser vendida em farmácia com bula que muda essa lógica!

Via Dr. Bruno Halpern

11/11/2023

Você já se deparou com negacionistas e revisionistas quando se fala na perseguição nazista que executou, sistematicamente, 10 milhões de pessoas, sendo 6 milhões de judeus? Em SP, uma lei que proíbe o ensino e a abordagem do Holocausto com negacionismo ou revisionismo foi sancionada nesta semana. Dentro do Sistema de Educação Básica do Estado de São Paulo, professores não poderão relativizar a maior tragédia da humanidade ou fazer apologia ao nazismo. A Lei 17.817/2023 é de autoria do ex-deputado Heni Ozi Cukier e do deputado Gilmaci Santos.

Revisitar a história com a intenção de deturpá-la a favor de uma narrativa é um caminho fácil para validar um discurso de ódio que tem efeito no hoje. O Holocausto é um episódio da história da humanidade sem precedentes, muito documentado, uma tragédia que não se compara a nenhuma outra e, portanto, não se adequa a interpretações diferentes do que é fato.

Aqui no Memorial do Holocausto, recebemos diariamente alunos da rede pública de ensino e colaboramos, com orgulho, para a construção do pensamento crítico dos estudantes, da empatia e do respeito.

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