19/09/2025
Mesmo não sendo uma condição médica reconhecida oficialmente, a expressão “demência digital” tem se popularizado nos debates sobre saúde mental, especialmente entre profissionais que observam os impactos do uso excessivo de dispositivos digitais na cognição humana.
De acordo com o Dr. Maurício Hoshino, neurologista do Hospital Santa Catarina – Paulista, “o uso constante de redes sociais nos acostuma a não manter o foco por longos períodos, pois exige alternância rápida entre tarefas, prejudicando o foco sustentado”.
🧠 Estudos de neuroimagem mostram que o uso compulsivo de redes sociais está relacionado a alterações no córtex pré-frontal e no estriado ventral, área ligada à recompensa. Em adolescentes, essa exposição afeta ainda mais o desenvolvimento emocional e social.
Além disso, a constante interrupção e a multitarefa reduzem a consolidação da memória de curto prazo. A dependência de dispositivos para lembrar informações básicas pode enfraquecer a memória de longo prazo.
Já os sinais de dependência de redes sociais incluem uso excessivo, mesmo em momentos inadequados, irritabilidade ou ansiedade quando não se acessa as redes, negligência de atividades sociais ou profissionais e frustração por não conseguir se afastar do uso.
Para mitigar esses efeitos, o Dr. Hoshino recomenda:
➡️ Desenvolver o hábito de leitura;
➡️ Praticar atividades físicas regularmente;
➡️ Priorizar a interação social presencial;
➡️ Buscar suporte profissional de saúde mental.
IMPORTANTE: embora o uso moderado e consciente da tecnologia possa trazer benefícios, é essencial estar atento aos sinais de alerta e buscar equilíbrio para preservar a saúde mental e cognitiva na era digital.