10/08/2022
A resposta é ao meu post anterior, não exatamente à pergunta. Porque ela é, ao meu ver, muito individual.
A cliente em questão é daquelas que vivem para os outros e, com isso, se perdeu de si no meio do caminho. Está começando a perceber isso, a se dar conta de que previsa falar não às vezes. Daí esse estranhamento.
Na sessão, a pergunta veio acompanhada de palavras como "sempre" e "nunca", o que me mostrou um caminho pra intervenção. Será que são excludentes?
Acredito que a resposta esteja justamente no autoconhecimento com consciência, para que haja um bom discernimento nas situações. Quando necessário, doar-se sim, exercitar a empatia, a solidariedade, o amor ao próximo. Mas alternar esses momentos com o autocuidado, com a percepção de que "agora sou eu quem está precisando, dessa vez chegou no meu limite", é fundamental pra agir sem culpa.
Ainda acrescentei que é muito comum ver na clínica pessoas que só se doam demais, e quando percebem vão totalmente pro outro extremo, dizendo não pra tudo e pra todos. Com o tempo, esse equilíbrio vai sendo atingido.