28/01/2020
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Imagem: jovem Kim Kardashian entre amigos, Los Angeles dos anos 90. ✨
No documentário “A Geração da Riqueza” (2018), a fotógrafa Lauren Greenfield expõe uma reflexão social e pessoal sobre a cultura dos excessos. Durante décadas, ela documentou a vida farta, festas, mansões, concursos de beleza, cassinos e até mesmo questões como a anorexia e as compulsões por compra, se***is, entre outras. Lauren conheceu e dialogou com pessoas que tinham absolutamente tudo. Em seu trabalho, uma visão aprofundada sobre os sentimentos humanos acerca do ter, do ser e da nossa constante sensação de insuficiência. .
Fico encantada por esses documentários em que, em determinado momento, o próprio narrador se vê na sua própria mira – Lauren se dá conta de que viveu em sua vida um tipo de excesso: a compulsão por trabalho. Ainda que tenha registrado e questionado os EXCESSOS do capitalismo por toda sua trajetória como fotógrafa e diretora, estava ali em milhares de fotografias e materiais seu próprio excesso, escondido na memória de seus filhos, camuflado por camadas de paixão e vocação. Nos registros do documentário, conversas abertas com sua mãe, pai, marido e filhos. Sobre trabalho, ambição, sobre sentimentos que se carregam ao longo das décadas dentro das teias familiares. .
Particularmente acredito que estamos ficando cheios de nadar em todo esse vazio. Correntes como o minimalismo e o essencialismo surgiram para nos fazer repensar o dinheiro que gastamos, o propósito de nosso tempo e esse vazio que nos move, vazio esse que pode ter tantas faces, que pode ser a obsessão do momento ou o significado de uma vida. .
Aprendi com a Lauren que a gente deve se perguntar o que é que realmente falta, e se falta mesmo. Quem você acha que precisa ser? Agora pega isso tudo e se abasteça da mais abundante e incondicional aceitação. Fartura é viver.
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“Se, por exemplo, imbuirmos meninas em profunda insegurança sobre seus corpos através de imagens de um ideal impossível, criaremos um consumidor realmente vulnerável e ávido. Se alguém sente que não está bem sem um determinado produto, você tem um mercado muito profundo e leal que voltará ao produto repetidamente.” -Lauren Greenfield