Ceyla Thaise - Consultório de Psicologia e Psicanálise

Ceyla Thaise - Consultório de Psicologia e Psicanálise Psicóloga.Psicanalista.Pós PUC-RIO-Trauma e Urgências Subjetivas. Aluna SBPRJ. Psicóloga e Psicanalista

Se colocarmos palavras na atitude do filho poderíamos dizer: “Eu gosto tanto da minha mãe que queria ser como ela.”O fil...
11/06/2025

Se colocarmos palavras na atitude do filho poderíamos dizer: “Eu gosto tanto da minha mãe que queria ser como ela.”

O filho não entende o que está “pegando” da mãe, mas coloca para dentro de si algo que julga muito bom para ele. Pode ser um traço, uma proximidade, ou a existência de um tipo de intimidade emocional entre eles.

Esse processo de trazer para dentro da gente algo que estava do lado de fora, engradecendo o eu, é o que a psicanálise chama de introjeção, segundo o psicanalista Sandor Ferenczi.

A palavra “introjeção” vem de “intro” (para dentro) e “jeção” (lançar). Ou seja, “lançar para dentro” algo que vem de fora e que julgamos bom.

Só conseguimos introjetar algo de alguém se nos sentirmos amados. Precisamos nos sentir amados para podermos amar.

A introjeção é um funcionamento psíquico inconsciente e acompanha a gente a vida inteira.

Ceyla Thaise (CRP 05/74664)

Se fôssemos colocar uma legenda na frase de Clara, poderíamos traduzi-la assim: Clara odeia Julia que, por projeção, rep...
07/06/2025

Se fôssemos colocar uma legenda na frase de Clara, poderíamos traduzi-la assim:

Clara odeia Julia que, por projeção, representa tudo que Clara odeia em si mesma, mas não reconhece como seu.

Projeção e introjeção são dois mecanismos que acontecem em todos nós, seres humanos. São movimentos automáticos e inconscientes do nosso psiquismo.

A projeção é uma defesa psíquica. Significa – ato de lançar adiante. Quando projetamos lançamos para fora de nós sentimentos, pensamentos que não conseguimos reconhecer ou acomodar dentro de nós. Lançamos para o outro.

E o movimento de trazer para dentro algo do outro? introjeção. F**a para um próximo post😊.

Ceyla Thaise Brilhante (CRP 05/74664)

Dependência afetiva: como a psicanálise pode lidar? Vem ler!
31/05/2025

Dependência afetiva: como a psicanálise pode lidar? Vem ler!

Reconhecer que precisamos de ajuda não é fácil. A visão que temos de nós mesmos, invariavelmente, é atravessada por fant...
15/05/2025

Reconhecer que precisamos de ajuda não é fácil. A visão que temos de nós mesmos, invariavelmente, é atravessada por fantasias e defesas diversas (inconscientes). Elas nos impedem até de acharmos que algo ou alguém possa nos ajudar.

Como, então, abrir espaço para falar da dor que sentimos? (isso, quando a percebemos, pois podemos ter um sofrimento psíquico e não sermos capazes de vivê-lo, reconhecê-lo).

A disposição para pedir ajuda pode ser vista como fraqueza, impotência.
Muitos de nós ainda confundem fraqueza com fragilidade. A fragilidade faz parte da condição humana. Ela está na capacidade de reconhecermos nossos limites e na necessidade de “estarmos com” um outro para nos ajudar. Creio que até poderíamos usar como sinônimo de fragilidade a palavra sensibilidade. Somos sensíveis. Na fraqueza, nosso sofrimento é sentido como erro, como falha e não como sensibilidade, fragilidade.

Procurar ajuda profissional não revela nossas limitações. Ao contrário, nos permite criar condições de cuidar de nós mesmos e sentir a vida em sua amplitude podendo encontrar outras formas de viver.

Ceyla Thaise (CRP 05/74664)
Atendimento on-line e presencial (Rua Jardim Botânico, 674, Rio de Janeiro-RJ). Adolescentes|adultos|orientação a pais.

Nos primeiros anos da graduação em psicologia, engravidei da minha primeira filha.
No fim da graduação, estava grávida —...
11/05/2025

Nos primeiros anos da graduação em psicologia, engravidei da minha primeira filha.
No fim da graduação, estava grávida — “barriguda” — da segunda.
Quando decidi investir na clínica pra valer, nasceu o terceiro filho.

Eu fui me tornando mãe de três e tentando manter meu lugar de mulher e profissional. Iniciei meu caminho na clínica com crianças no colo e uma ideia insistente de ser uma profissional.

Por muito tempo, senti muita culpa.
Culpa por achar que precisava dar conta de tudo. Por desejar tempo pra mim. Por querer crescer na profissão.

A psicanálise foi me ajudando a sentir essa culpa, escutá-la e atravessa-la. O que fez/faz muita diferença.

Quero que meus filhos sintam, ainda que isso seja doído em algum lugar, que eu gostei de outras coisas. Que tentei ser fiel ao que desejei, ao que gosto. E que isso também é uma forma de se escolher.

Ser mãe e psicanalista em formação ao mesmo tempo foi, e ainda é, um desafio.
Mas também é um processo de crescimento. De aprendizado. Pra mim e pra eles.

A culpa existe.
O desejo também.
E entre um e outro — e com um e com o outro — seguimos.
Com o tempo, vamos abrindo espaços, refazendo rotas, resignificando dores, diminuindo a culpa, fortalecendo os laços.

O amor e o tempo vão nos lembrando que seguimos sendo todos pessoas, antes de sermos mãe ou filho(a).

E sem sermos pessoas, será que podemos estar suficiente bem em nossos papéis, em nossas funções?

Ceyla Thaise (CRP 05/74664)

poderemos nos escutar nessas posições e trabalhá-las? 🤔
07/05/2025

poderemos nos escutar nessas posições e trabalhá-las? 🤔

Antes de cursar Psicologia, fiz graduação em Informática e passei um breve período em Contabilidade. Nenhuma das duas fe...
03/05/2025

Antes de cursar Psicologia, fiz graduação em Informática e passei um breve período em Contabilidade. Nenhuma das duas fez sentido para mim, então me inscrevi em uma pós em “Gestão com Pessoas”. Foi nela que pensei: “Quero trabalhar é com gente.” Psicologia!🏃🏽‍♀️

Mas aí veio a dúvida: “como trabalhar com gente se eu achava que não tinha jeito para isso?” Eu me sentia muito tímida, achava que não sabia me aproximar, conversar (depois descobri que realmente não sabia, rsrs).

E escolhi um curso onde justamente a conversa é o motor do trabalho. Onde construir uma relação—e mantê-la—é parte essencial do processo. O que eu estava fazendo? 🤯

No fundo, talvez eu já soubesse. Eu gostava de gente, de ter as pessoas por perto. Só não sabia como me sentir mais confortável na troca, ter fluidez na conversa, lidar com as incertezas do encontro.

Pensando hoje, foi sendo psicóloga/psicanalista que eu fui/vou aprendendo a olhar - para mim mesma, para minhas relações, para a vida - de uma forma mais honesta e mais humana.

Estar semanalmente com os pacientes, em análise, supervisão, estudos, mexe com a gente por dentro. Aos poucos, vamos tendo uma compreensão intelectual, e mais do que isso, uma vivência profunda e sentida do que é viver, do que é o ser humano.

Esse - estar com, sentir com, aprender com - me enriquece como pessoa e como profissional. Há uma delicadeza e uma potência em estar verdadeiramente com o outro.

🥰

Ceyla Thaise

A série “adolescência”, produção da Netflix, está dando muito o que pensar. Trouxe um momento que considero importante e...
28/04/2025

A série “adolescência”, produção da Netflix, está dando muito o que pensar. Trouxe um momento que considero importante e me fez pensar sobre como podemos lidar com a dor.

Da série: quero mudar, só que sem esforço. Estou esperando uma fada madrinha 🧚. 🙃Quando não conseguimos pensar, quando p...
17/04/2025

Da série: quero mudar, só que sem esforço. Estou esperando uma fada madrinha 🧚. 🙃

Quando não conseguimos pensar, quando pensar dói, é mais fácil esperar que algo venha de fora. Como se a mudança viesse por mágica — e não o resultado de um trabalho interno de pensar sobre nós mesmos e de produzir aberturas, tanto dentro quanto fora de nós.

Ceyla Thaise (CRP 05/74664)

imagem:

Você dorme, mas acorda exausta...Tudo começa a te irritar — até o que antes passava despercebido.Tarefas simples parecem...
07/04/2025

Você dorme, mas acorda exausta...
Tudo começa a te irritar — até o que antes passava despercebido.
Tarefas simples parecem te deixar sem forças.

Podemos até pensar: “Será que é preguiça? Drama? Frescura?”

Mas e se for o corpo falando o que a alma ainda não conseguiu dizer?

O acúmulo de emoções não expressas nos cansa, mesmo sem motivo aparente.

Nosso estado emocional, a gente tendo consciência ou não, produz muita coisa dentro de nós. E quando a emoção é antiga, intensa, e ainda sem nome... é o corpo que fala.

Nem todo cansaço é físico.

Ceyla Thaise (CRP 05/74664)

Por esses dias, lembrei de uma supervisão de um caso difícil que eu atendia no início da clínica. Minha supervisora me d...
26/03/2025

Por esses dias, lembrei de uma supervisão de um caso difícil que eu atendia no início da clínica. Minha supervisora me disse: “Pensa que ela (uma paciente adulta) é um bebê chorando no berço, sem ninguém para acalmá-la.”

Naquela época, me perguntei: “Como ela construiu esse raciocínio? Como ela vê um bebê ali? E como se acalma esse bebê?”

Hoje, olhando para trás, percebo que algo naquele momento me marcou e fortaleceu meu desejo de ser psicanalista: o desejo de acalmar o choro de um bebê. Quem sabe?

Saber que o bebê e a criança dentro de nós estão sempre em sofrimento, e que isso pode tomar outros rumos, é algo que só se pode encontrar na psicanálise.

Ceyla Thaise (CRP 05/74664)

Endereço

Rua Jardim Botânico, 674
Rio De Janeiro, RJ
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