Dra. Tamara Mazaracki

Dra. Tamara Mazaracki Medicina Ortomolecular, Nutrologia, Medicina Estética, Pró-envelhecimento, Dietas Personalizadas, Atletas, Idosos, Gestantes.

Centenários carregam os mesmos genes associados a doenças que o restante da população, mas seus organismos desenvolvem m...
04/08/2025

Centenários carregam os mesmos genes associados a doenças que o restante da população, mas seus organismos desenvolvem mecanismos de proteção capazes de neutralizar esses riscos genéticos. Cientistas avançaram significativamente na compreensão dos fatores que permitem a algumas pessoas viver mais de 100 anos, enquanto outras não ultrapassam os 80. Fatores ambientais — como alimentação, atividade física e controle do estresse — respondem por cerca de 50% da longevidade, enquanto a genética explica aproximadamente 25%. Um achado relevante é que centenários vivenciam a “compressão da morbidade”: permanecem saudáveis por quase toda a vida e só adoecem seriamente nos anos finais, ao contrário do padrão comum de acúmulo progressivo de doenças.

A prática regular de exercícios é um dos preditores mais fortes de longevidade. Isso não significa correr maratonas aos 90 anos, mas manter uma rotina de atividade física moderada e constante ao longo da vida. A alimentação também desempenha um papel crucial. Centenários tendem a seguir dietas ricas em vegetais, frutas, leguminosas, nozes, grãos integrais e produtos fermentados. A qualidade dos alimentos é fundamental — cereais refinados, açúcares e óleos vegetais ricos em ômega-6 estão ligados ao aumento do risco de mortalidade.

Um fator surpreendente na longevidade é o papel do microbioma intestinal. Centenários apresentam perfis bacterianos distintos, com maiores quantidades de Akkermansia e Bifidobacterium — microrganismos associados à saúde metabólica, imunidade e atividade anti-inflamatória. À medida que as pessoas envelhecem, suas bactérias intestinais geralmente se tornam menos diversas e dominadas por espécies nocivas, enquanto os centenários contrariam essa tendência, mantendo uma microbiota rica e diversa.

*Frontiers in Medicine 2025. Factors involved in human healthy aging: insights from longevity individuals.

O colágeno é a proteína mais abundante no corpo humano e desempenha um papel estrutural essencial em tecidos como pele, ...
28/07/2025

O colágeno é a proteína mais abundante no corpo humano e desempenha um papel estrutural essencial em tecidos como pele, ossos, músculos, tendões e ligamentos. Nas últimas décadas, a suplementação com colágeno tem sido amplamente estudada e associada a benefícios na saúde e integridade desses tecidos. No entanto, pouco se sabe sobre a quantidade de colágeno consumida naturalmente na dieta da população em geral. Pesquisadores realizaram uma análise de dados da Pesquisa Nacional de Nutrição de Adultos da Irlanda, com o objetivo de quantificar a ingestão de colágeno alimentar em adultos.

A amostra incluiu 1500 adultos com idades entre 18 e 90 anos, divididos em jovens (18–39 anos), meia-idade (40–64 anos) e idosos (≥65 anos). A ingestão média diária de colágeno na população foi de 3,2 gramas por dia, o que corresponde a cerca de 3,6% do total de proteínas consumidas. Homens apresentaram maior ingestão absoluta e relativa de colágeno do que as mulheres em todas as faixas etárias. Idosos consumiam menos colágeno do que os de meia-idade, sugerindo uma redução do aporte justamente na fase da vida em que há maior necessidade de suporte à saúde dos tecidos conjuntivos.

O estudo revelou que a ingestão de colágeno na dieta habitual é relativamente baixa — tanto em termos absolutos quanto proporcionais ao consumo total de proteínas. Isso é particularmente preocupante em mulheres e indivíduos mais velhos, grupos mais vulneráveis à perda de massa muscular, densidade óssea e elasticidade da pele. Dado que ensaios clínicos com suplementação de colágeno costumam utilizar doses entre 5 e 15 gramas diárias para promover benefícios mensuráveis, a ingestão alimentar observada está muito aquém dos níveis considerados eficazes em estudos de intervenção.

*J Nutrition 2025. Habitual Dietary Collagen Intake Is Lower in Females & Older Irish Adults Compared with Younger Males.

Manter uma dieta equilibrada favorece a cicatrização e a integridade da pele. Já padrões alimentares inadequados afetam ...
21/07/2025

Manter uma dieta equilibrada favorece a cicatrização e a integridade da pele. Já padrões alimentares inadequados afetam negativamente os processos biológicos cutâneos, desde a juventude até o envelhecimento. Uma alimentação rica em fitoquímicos, proteínas, peptídeos de colágeno, óleos funcionais (ricos em ácidos graxos ômega-3), probióticos, minerais e vitaminas é fundamental para minimizar as alterações associadas ao envelhecimento da pele. Desequilíbrios nutricionais e hábitos alimentares pouco saudáveis estão ligados ao desgaste cutâneo acelerado.

No entanto, é difícil contar com uma dieta ou grupo alimentar que forneça todos os nutrientes necessários para o organismo e a pele. Por isso, é essencial manter um padrão alimentar variado e balanceado, com frutas e vegetais ricos em antioxidantes, oleaginosas, peixes gordurosos como o salmão e outras boas fontes de gorduras saudáveis, além de uma hidratação adequada. Para suavizar ou prevenir os sinais do envelhecimento cutâneo, alimentos integrais e suplementos orais — os nutracêuticos — vêm ganhando cada vez mais destaque.

As propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias de compostos derivados de plantas, com fitonutrientes como flavonoides, polifenóis e carotenoides, têm sido associadas à saúde da pele. O consumo regular de refeições ricas nesses compostos está relacionado à melhora da aparência cutânea e à redução do risco de fotoenvelhecimento. Compostos fenólicos e carotenoides, por exemplo, são abundantes em maçãs, laranjas, berries, frutas e vegetais amarelos e vermelhos, tomate, alho, cebola, cebolinha, vegetais crucíferos, leguminosas, entre outros.

*Experimental Gerontology 2025. Dietary phytochemicals alleviate the premature skin aging: A comprehensive review.

Os sintomas mais comuns do refluxo são azia e regurgitação ácida. Os fatores de risco para o refluxo esofágico incluem i...
07/07/2025

Os sintomas mais comuns do refluxo são azia e regurgitação ácida. Os fatores de risco para o refluxo esofágico incluem idade acima de 50 anos, obesidade, tabagismo, ansiedade, depressão e baixa atividade física. Medicamentos que afetam a pressão do esfíncter esofágico inferior, como nitratos, bloqueadores dos canais de cálcio e anticolinérgicos, também podem favorecer o desenvolvimento da doença. O refluxo pode levar a complicações como esofagite, sangramento gastrointestinal, anemia, úlcera, esôfago de Barrett, erosões dentárias, laringite, tosse, asma e sinusite.

Embora o refluxo seja geralmente atribuído ao excesso de acidez gástrica, há evidências crescentes de que, em muitos casos, a causa pode ser a acidez insuficiente (hipocloridria). O fechamento adequado do esfíncter esofágico inferior — a válvula que impede o retorno do conteúdo gástrico — depende de um pH suficientemente ácido no estômago. Quando a acidez é baixa, essa válvula pode não se fechar corretamente, permitindo o refluxo. A visão tradicional, ainda dominante, associa o problema ao excesso de ácido, levando ao uso difundido de antiácidos e inibidores da bomba de prótons (omeprazol e outros). Esses fármacos aliviam os sintomas, mas não tratam a causa subjacente, podendo até piorar a hipocloridria com o tempo.

Além disso, a baixa acidez gástrica pode retardar a abertura do esfíncter pilórico — a válvula que regula a passagem do conteúdo do estômago para o duodeno. O piloro se abre normalmente quando o quimo atinge pH entre 1,5 e 3,5. Se falta acidez, o conteúdo gástrico permanece por mais tempo no estômago, prejudicando a digestão e retardando a abertura do piloro, o que pode causar empachamento, distensão abdominal e refluxo fermentativo. Enzimas digestivas podem ajudar na correção do problema, junto com uma alimentação equilibrada.

*StatPearls 2024. Gastroesophageal Reflux Disease (GERD).

A doença de Alzheimer (DA) afeta milhões de pessoas no mundo e é um desafio significativo para a ciência. Embora existam...
16/06/2025

A doença de Alzheimer (DA) afeta milhões de pessoas no mundo e é um desafio significativo para a ciência. Embora existam tratamentos aprovados, eles geralmente apenas aliviam os sintomas. Pesquisas recentes estão investigando os mecanismos subjacentes da doença, e um caminho promissor é o uso da melatonina, conhecida por regular o sono e ritmo circadiano, mas que também melhora a função mitocondrial e a resposta imunológica.

As mitocôndrias são essenciais para a produção de energia nos neurônios e microglia (células imunes do cérebro). A disfunção mitocondrial — que ocorre precocemente no Alzheimer — leva à redução de energia, aumento do estresse oxidativo e morte neuronal. A melatonina, um potente antioxidante, protege as mitocôndrias, melhora a sua eficiência e reduz o estresse oxidativo. Em modelos animais de DA, a melatonina mostrou reduzir o déficit cognitivo. Além disso, ela otimiza o funcionamento da microglia, que na DA se torna cronicamente inflamatória e menos eficiente na remoção de proteínas tóxicas como tau e beta-amiloide. A melatonina ajuda a restaurar a função dessas células, reduzindo a inflamação e promovendo um perfil mais neuroprotetor.

A produção de melatonina diminui com o envelhecimento, e seus níveis são mais baixos na DA, em praticamente todos os fluidos corporais estudados, em comparação aos controles. Há evidências preliminares de que a melatonina pode melhorar o sono e a cognição em pacientes com Alzheimer. A pesquisa futura deve focar na dosagem e tempo ideal de administração. Com seu potencial de proteger as mitocôndrias e modular a inflamação, a melatonina pode se tornar uma parte importante do tratamento multifatorial da doença de Alzheimer.

*Nature Molecular Psychiatry 2024. Melatonin: A potential nighttime guardian against Alzheimer’s.

Picnogenol é um extrato natural obtido da casca do pinheiro marítimo francês (Pinus pinaster), rico em compostos antioxi...
02/06/2025

Picnogenol é um extrato natural obtido da casca do pinheiro marítimo francês (Pinus pinaster), rico em compostos antioxidantes potentes como as procianidinas, bioflavonoides e ácidos fenólicos. Esses compostos são conhecidos por sua ação protetora contra danos causados por radicais livres, desempenhando um papel importante na saúde vascular.

Entre seus principais mecanismos, destaca-se a capacidade de estimular a produção de óxido nítrico, um gás que promove a dilatação dos vasos sanguíneos. Isso contribui para uma melhor circulação, menor resistência vascular e, consequentemente, uma redução da pressão arterial. Além disso, o Picnogenol melhora a função do endotélio — a camada interna dos vasos — e aumenta a elasticidade arterial, dois fatores-chave para a prevenção de doenças cardiovasculares. Outro ponto relevante é sua ação anti-inflamatória e antioxidante, que ajuda a reduzir processos inflamatórios crônicos e o estresse oxidativo, ambos associados à progressão de doenças vasculares e degenerativas.

Estudos também apontam benefícios na microcirculação, como alívio de sintomas de varizes e na melhora do fluxo sanguíneo ocular, podendo ser útil até mesmo em quadros iniciais de retinopatia. Por fim, o Picnogenol possui uma leve ação antiagregante plaquetária, ajudando a reduzir o risco de formação de coágulos — recomenda-se cautela em pacientes em uso de anticoagulantes. De modo geral, este extrato é especialmente indicado para quem busca melhorar a saúde cardiovascular, apoiar a circulação periférica e controlar a pressão arterial de forma natural. A dose recomendada varia entre 50 e 200 mg ao dia, podendo ser ajustada de acordo com a necessidade.

*BMC Complement Med Therapies 2025. Does supplementation with pine bark extract improve cardiometabolic risk factors? A systematic review & meta-analysis.

O kefir é uma bebida láctea fermentada, originada séculos atrás nas montanhas do Cáucaso, com sabor levemente azedo e re...
30/05/2025

O kefir é uma bebida láctea fermentada, originada séculos atrás nas montanhas do Cáucaso, com sabor levemente azedo e refrescante semelhante ao iogurte. Uma nova revisão sistemática sugere que o consumo de kefir - riquíssimo em probióticos - pode ajudar a melhorar sintomas da doença de Alzheimer. As evidências indicam que as bactérias benéficas no kefir podem exercer efeitos positivos na saúde cerebral, por meio da modulação da microbiota intestinal. As possíveis melhorias na função cognitiva e na memória dos indivíduos que consomem kefir regularmente são animadoras.

A revisão incluiu diversos estudos, mas apenas um deles foi realizado com seres humanos. Nesse estudo, o kefir demonstrou potencial para aumentar a atividade cerebral e reduzir inflamações associadas ao Alzheimer. No entanto, como a base científica ainda é limitada, são necessárias investigações mais amplas e detalhadas, estudos mais robustos para confirmar os benefícios do kefir no tratamento do Alzheimer. Caso sua eficácia seja comprovada, o kefir poderá se tornar um aliado no manejo da doença, reforçando o crescente interesse na relação entre alimentação e saúde do cérebro.

​Esse coquetel de probióticos pode atuar como agente profilático para reduzir a progressão do declínio cognitivo e de demências. Isso ocorre por diversos mecanismos: equilíbrio do microbioma, melhora das proteínas que permitem junções intestinais bem firmes, redução da permeabilidade do intestino e da barreira hematoencefálica, diminuição da inflamação intestinal e cerebral. Kefir é um super probiótico e tem outros benefícios: aumenta a imunidade, melhora a densidade óssea, combate alergias e asma, protege contra o câncer, melhora a digestão da lactose, combate a candidíase e desintoxica o corpo.

*Brain Behav Immun Integrative 2025. Potential benefits of kefir & its compounds on Alzheimer's disease: A

Um novo estudo mostrou que o uso regular do fio dental pode reduzir significativamente o risco de acidente vascular cere...
28/05/2025

Um novo estudo mostrou que o uso regular do fio dental pode reduzir significativamente o risco de acidente vascular cerebral (AVC), uma preocupação crescente na população. Pesquisadores constataram que indivíduos que mantiveram o hábito de usar fio dental ao longo de 25 anos tiveram 21% menos chances de sofrer um AVC isquêmico — o tipo mais comum, causado por um coágulo que bloqueia uma artéria cerebral. Além disso, o uso do fio dental reduziu em 44% o risco de AVC cardioembólico, causado por fibrilação atrial ou outros problemas cardíacos.

Dentistas e médicos estão enfatizando a importância de uma boa higiene bucal como parte da saúde geral. Isto inclui escovar os dentes duas vezes ao dia, usar fio dental regularmente e fazer check-ups odontológicos de rotina. No entanto, pesquisas indicam que apenas cerca de 30% das pessoas usam fio dental diariamente. As descobertas, apresentadas na conferência da American Stroke Association em Los Angeles, demonstram que o uso do fio dental pode ser uma adição simples, porém eficaz, às mudanças de estilo de vida que previnem o AVC.

A pesquisa também destacou um fator de risco menos conhecido: as bactérias bucais. Outros estudos apresentados na conferência identificaram um tipo específico de bactéria associada à cárie dentária (Streptococcus anginosus), que pode aumentar a chance de um AVC. Essas descobertas apontam para possíveis novos métodos de avaliação e redução do risco de derrame, enfatizando a importância da saúde bucal e sua relação com a saúde cardiovascular geral.

*Stroke 2025. Dental flossing may lower the risk for incident ischemic stroke, cardioembolic stroke subtype & atrial fibrillation.

Maltodextrina é um carboidrato derivado do amido de milho, arroz, batata ou mandioca, amplamente utilizada na indústria ...
26/05/2025

Maltodextrina é um carboidrato derivado do amido de milho, arroz, batata ou mandioca, amplamente utilizada na indústria alimentícia como espessante, conservante e adoçante. A maltodextrina é muito usada por atletas, pois fornece energia rápida e de longa duração. Embora tenha aplicações práticas, seu consumo excessivo pode trazer alguns malefícios, especialmente para a saúde metabólica e intestinal. A maltodextrina tem um índice glicêmico alto (85–105), bem superior ao do açúcar comum (64), podendo causar picos de glicose no sangue. O aumento súbito de glicose circulante pode levar à resistência à insulina, aumento do risco de diabetes tipo 2 e ganho de peso.

Estudos mostram que a maltodextrina pode prejudicar o equilíbrio da microbiota intestinal, favorecendo o crescimento de bactérias patogênicas e reduzindo a diversidade de bactérias benéficas, o que compromete a imunidade e aumenta a inflamação intestinal. Ela tem o potencial de agravar condições como síndrome do intestino irritável e doenças inflamatórias intestinais (doença de Crohn e colite ulcerativa). Pode também estimular processos inflamatórios no organismo, o que está associado a doenças crônicas, obesidade, doenças cardiovasculares e desregulação metabólica.

Muitos produtos que contêm maltodextrina também possuem aditivos artificiais, conservantes e outros açúcares, aumentando o impacto negativo na saúde. Para driblar os efeitos adversos da maltodextrina, opte por: fibras solúveis naturais (como inulina e psyllium), que servem como espessantes e dão suporte intestinal; fontes naturais de energia como frutas, batata-doce e aveia; adoçantes naturais, como estévia, monk fruit, taumatina, xilitol.

*Frontiers in Immunology 2022. Maltodextrin consumption impairs the intestinal mucus barrier & accelerates colitis through direct actions on the epithelium.

O leite materno é um fluido biológico extraordinário, repleto de milhões de células vivas essenciais para a saúde e o de...
23/05/2025

O leite materno é um fluido biológico extraordinário, repleto de milhões de células vivas essenciais para a saúde e o desenvolvimento do bebê. Entre elas, destacam-se os glóbulos brancos, anticorpos e imunoglobulinas, que fortalecem o sistema imunológico, e as células-tronco, que possuem a capacidade de se diferenciar em diversos tipos celulares do organismo. Além disso, há mais de 1000 tipos de proteínas, fundamentais para o crescimento infantil. Essas proteínas auxiliam na ativação da imunidade, protegem os neurônios cerebrais e promovem o desenvolvimento saudável do bebê.

O leite tem a sua própria microbiota e mais de 200 oligossacarídeos, tipos de açúcares complexos que atuam como prebióticos, estimulando o aumento de bactérias benéficas no intestino do bebê e contribuindo para um microbioma saudável. O leite materno contém cerca de 50% de gordura: os ácidos graxos têm um papel crucial no desenvolvimento do sistema nervoso, na formação do cérebro e da visão. Fosfolipídeos, como esfingomielina, ceramida, esfingosina e fosfatidilcolina, desempenham funções importantes na imunocompetência e possuem ação anti-inflamatória. Mais de 40 enzimas catalisam reações químicas essenciais ao organismo. Fatores de crescimento promovem o desenvolvimento do intestino, vasos sanguíneos, sistema nervoso e glândulas.

Vitaminas e minerais apoiam o crescimento saudável, o funcionamento dos órgãos, a formação de dentes e ossos, além de viabilizar diversas reações químicas indispensáveis à vida. O leite materno possui cerca de 1400 microRNAs, que regulam a expressão genética e auxiliam na prevenção e controle de doenças. Além disso, diversos hormônios presentes no leite ajudam a regular o apetite, os padrões de sono e reforçam o vínculo afetivo entre mãe e filho, como a ocitocina.

*Nutrients 2024. Bioactive Components of Human Milk & Their Impact on Child’s Health & Development.

# células-tronco

Muitas fórmulas infantis contêm altos níveis de açúcares adicionados em vez de lactose natural, o que pode representar u...
21/05/2025

Muitas fórmulas infantis contêm altos níveis de açúcares adicionados em vez de lactose natural, o que pode representar um risco à saúde dos bebês, segundo um estudo recente da Universidade do Kansas. Os pesquisadores descobriram que bebês alimentados com fórmulas podem consumir até 60 gramas de açúcares adicionados por dia — equivalente a quatro colheres de sopa. Esse consumo excessivo de carboidratos sem valor nutricional pode contribuir para a obesidade infantil e alterações metabólicas, como aumento dos níveis de glicose e colesterol, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.

A pesquisa destaca que a lactose, presente naturalmente no leite materno, é mais benéfica para os bebês do que os açúcares de rápida digestão, pois não causa elevações abruptas no sangue. Os autores descrevem as fórmulas ricas em açúcares adicionados como um "pesadelo metabólico" e recomendam que a lactose seja o principal carboidrato ofertado aos bebês. O FDA (equivalente à ANVISA) não regula os tipos de carboidratos adicionados nem exige sua rotulagem clara. Assim, os fabricantes de fórmulas podem usar qualquer tipo de carboidrato, incluindo amidos e açúcares adicionados, como maltodextrina, xarope de milho, frutose, glicose.

Os açúcares adicionados podem levar os bebês a desenvolver uma preferência por alimentos doces, o que aumenta o risco de obesidade na vida adulta. Estes açúcares não ajudam as bactérias intestinais benéficas. Em contraste, a lactose presente no leite materno, leite de vaca e de cabra, apoia a nutrição, o sistema imunológico e a saúde intestinal infantil, e não causa picos de açúcar no sangue. Prefira fórmulas que contenham lactose como principal carboidrato, imitando a composição do leite materno.

*Food Composition & Analysis 2025. Infant formulas contain primarily added sugars: An analysis of infant formulas on the US market.

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Rio De Janeiro, RJ
22631-000

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