21/05/2025
“Migrei para o cross porque resolvi encerrar o meu ciclo na natação em águas abertas. (…) A obrigação, que eu mesma me impus, de competir em longas distâncias começou a me afetar psicologicamente e fisicamente, além de atingir outras áreas da minha vida como relacionamento e trabalho. Então, como não sei ter uma relação saudável com a natação, resolvi parar e mudar totalmente de esporte.
Pedi indicação do que fazer ao meu antigo coach (…) e ele sem pensar, falou na hora: cross! (…) Pensei: Meu Deus, sempre critiquei cross, vou lá pagar a língua num lugar de heterotop. Fui muito zoada por isso! k*k
(…) Já sem nadar, saí da academia que malhava e fui na Koutí ver como era porque é do lado da minha casa. Estava rolando um aulão de fim de mês e a Rapha me convidou para assistir os 10 minutos finais.
Achei tudo aquilo uma loucura e decidi: É essa doideira, esse astral, essa confusão toda que tô precisando. E lá fui agendar aula experimental e na sequência me matricular.
(…) De lá para cá já se passaram 2 anos de muita dedicação, diversão, evolução, irritação por não fazer os movimentos, conquistas, novas amizades e o mais importante: recuperação da minha saúde mental. Me sentir viva novamente, fazer um esporte por puro prazer. (…)
Eu nunca comentei isso com ninguém fora da minha intimidade, mas o cross resgatou a Natalia alegre, alto astral e de bem com a vida que tinha desaparecido com tantas obrigações do dia a dia. E aprendi uma lição: todo mundo é iniciante na vida. (…) Ali no cross eu era mais uma aprendendo, passando vergonha, fazendo tudo errado, ficando chateada, mas vibrando muito com os acertos.
Eu sou muito grata a vocês, vocês não fazem ideia! Quando reclamo, reclamo com o maior carinho porque adoro essa casinha e quero vê-la bem por muito anos junto comigo, com a minha rotina de vida e evolução.
Obrigada por terem me recebido tão bem e acreditado que tinha uma crossfiteira ali escondida quando pensei em chutar o balde!”
— Relato: Natalia Pacheco