17/01/2025
Eu adoro esta provocação. Primeiro porque temo constantemente uma responsabilidade com a criança que a gente já foi um dia. Isso porque ela, no fundo no fundo, ainda é a gente, ainda é a base de onde tudo começa na gente, o terreno onde nos desenvolvemos. Ter uma relação apaziguadora com a nossa infância é também sobre um lugar de paz e realização. Mas também gosto muito dessa provocação por ela nos incitar à gratidão pelas nossa conquistas, pelo nosso desenvolvimento ou a nos tirar da zona de conforto da procrastinação dos nossos sonhos. Nos sacode como adultos a pensar onde estamos, o que estamos fazendo com o nosso tempo, com nossos dias, com nossas escolhas, nos coloca a um exame de ações, palavras, posturas... isso é realmente sensacional. Como um adulto que tem responsabilidade com uma criança, enxergamos o fator maturidade e sua complexa necessidade de assumir as rédeas para prover aquela criança interior que segue na base de quem você é.
Em terapia, visitar sua infância costuma ser uma ferramenta muito produtiva para se perceber, se localizar, se entender.
Você ainda é aquela criança, só que anos depois.