Atelier de Voz e Fala - Escola de Oratória

Atelier de Voz e Fala - Escola de Oratória Objetiva ensino consciente e prático da arte de bem dizer. Desenvolvimento da consciência técnica Para visitar, é necessário AGENDAMENTO PRÉVIO. Seja bem vindo!

O "ATELIER de VOZ e FALA ®", localiza-se no centro histórico e cultural da cidade do Rio de Janeiro, tendo como vizinhos o "Teatro Municipal", "Museu de Belas Artes", "Biblioteca Nacional", "Convento de Sto Antonio" e o "Metrô do Largo da Carioca". Nele, desde 1991, funciona a "ESCOLA DE ORATÓRIA ®", que oferece treinamentos e cursos individuais, grupos e in company, visando o desenvolvimento da competência comunicativa, o despertar da presença, a conscientização e, valorização de si.

Sou um chicólatra. Tenho todos os discos do Chico, todos. Sei a ordem em que eles foram lançados, o ano, sei a sequência...
20/06/2024

Sou um chicólatra. Tenho todos os discos do Chico, todos. Sei a ordem em que eles foram lançados, o ano, sei a sequência das músicas em cada um. Conheço de cabeça os arranjos, e os músicos responsáveis pelas gravações.

Sou capaz de cantar quase todas as suas letras de cor. Tenho também todos os seus livros e todos os DVDs com alguma coisa relacionada a ele ou à sua obra. Li muitas, muitas, muitas de suas entrevistas. Assisti a uma infinidade de programas na TV em que ele participava.

Desde a sua volta aos palcos em 1987 (ele havia ficado 17 anos sem se apresentar em público), assisti a todos os seus shows, a maioria mais de uma vez. Assisti a várias montagens de suas peças teatrais. Não tenho medo de errar ao dizer que o cancioneiro de Chico Buarque de Holanda me ajudou a ser o que sou, e me acompanhou lado a lado durante todo o meu crescimento. O Chico sempre falou o que eu gosto de ouvir. E o que é mais grave: ele escreve tudo o que eu gostaria de escrever.

O cara coloca nas letras de suas canções a política, o amor, o futebol, as relações entre indivíduos, os sonhos, os devaneios, os desejos nem sempre plenamente revelados, a história, a geografia, as passagens do cotidiano, a luta de classes, as injustiças sociais, a celebração da vida, a vida e a morte, com um olhar único, mesclando perfeitamente com a melodia (dele ou de parceiros) de uma forma que simplesmente me comove.

Não há academicismo nessas palavras – nem literário nem musical -, mesmo porque não tenho formação e sequer capacidade pra isso. Há somente um profundo sentimento, naquilo que há de único e verdadeiro em qualquer manifestação artística: tocar a quem se destina. E aquilo que eu sou é extremamente tocado pela arte de Chico Buarque de Holanda.

Nasci em agosto de 1968, poucos meses antes do Chico se auto-exilar na Itália, para sobreviver à ditadura que assolava o Brasil. A Banda, seu primeiro mega-sucesso, é de 1966. Minha tomada de consciência artística, portanto, se deu quando o Chico já era o Chico (uma rara unanimidade nacional, segundo o Millor Fernandes na época). Me lembro da primeira vez: o LP Chico e Bethania, de um show gravado ao Vivo no Canecão em 1975, talvez um dos discos que mais ouvi na vida.

Eu devia ter 10 ou 11 anos. A canção “Olê Olá”, que abre o disco, me foi um tapa na cara. Um moleque entendendo a beleza de alguém pedir para outrem adiar o choro, pois ainda existia um violão, e eles poderiam cantar. Me lembro nitidamente da sensação, e de que eu repeti essa música inúmeras vezes, antes de deixar o LP tocar por inteiro, e me tocar por inteiro.

Fui saber tempo depois que a última do lado A, Tanto Mar, aquela beleza de homenagem do Chico à Revolução dos Cravos em Portugal, estava só instrumental no LP porque a censura proibiu a letra. E a partir daí corri atrás do prejuízo, ou seja, de conhecer tudo o que existia desse gênio. Numa época cuja internet não existia nem em ficção científica, em uma Matão de no máximo 20 mil habitantes, não era tarefa muito fácil. Me lembro claramente de sensações ao ouvir pela primeira vez Construção, Acorda Amor, Olhos nos olhos, Mulheres de Atenas – isso daquele tempo.

Até hoje me recordo das primeiras audições de muitas das suas músicas, e acho que a lembrança mais intensa foi de “Pedaço de mim”. Tenho vívida a sensação de ser destroçado na primeira audição – sensação que se repete até hoje, cada vez que retomo essa pequena obra prima.

Conheci o João Cabral pelo Chico. Fui ler Morte e Vida Severina já cantarolando “essa terra em que estás com palmos medida...”, que ele havia musicado para o CPC da UNE em 1966. Conheci o Sergio pelo Chico. Só fui ler Raízes do Brasil já sabendo que se tratava do livro do pai do Chico – e confesso que essa realidade afetou a minha interpretação da obra. Conheci o Francis quando ele aproveitou para mandar lembranças ao Augusto Boal, o destinatário do “Meu caro amigo”.

Entendi que as palavras tinham muitos sentidos, e que as frases escondiam segredos – inicialmente para tentar burlar a censura, mas depois pela clara demonstração de talento. Me encanto com as palavras musicadas, e com o inusitado nas suas canções. Acho que fragmentos como “o sol ensolarará a estrada dela, a lua alumiará o mar” ou “quando em priscas eras um Puskas eras, a fera das feras da esfera” contém beleza demais, magia demais, genialidade demais.

Mas o Chico é muito mais que isso. É um artista que entende a sua função, principalmente social. É um cidadão que se manifesta. Um brasileiro de fato, que sempre tem um lado. E sempre o lado certo. É incrível como o sujeito não erra – e mesmo assim já o vi pedindo desculpas. Se há alguma coisa que está fora da ordem, lá está o Chico atuando pra tentar colocar no lugar. Lutou com seu braço – e mais importante, com sua arte – contra toda a sa*****em que fizeram nesse país, e no mundo. E chega assim, inoxidável, aos 80 anos comemorados hoje.

Acho que seríamos grandes amigos, se o destino propiciasse a oportunidade. Mas enquanto isso não acontece, agradeço a ele, o destino, de ter me permitido compartilhar um pedaço do espaço/tempo no mesmo planeta que o Chico. Olhando pra trás, a vida foi sempre entremeada pela espera do algo novo que viria da sua incrível criatividade. E sempre digo que um povo que é capaz de gerar um Chico Buarque de Holanda tem que ter muito orgulho de si.
Que tal um samba, Chico Buarque? Parabéns, e que venham os próximos 80!
Viva!

Texto de Aldo Zarbin, foto de Marcos Tristão

Finalizo o Ano de 2023, com MUITA alegria no meu coração, com PROFUNDA sensação de gratidão e leveza no meu interior. É ...
31/12/2023

Finalizo o Ano de 2023, com MUITA alegria no meu coração, com PROFUNDA sensação de gratidão e leveza no meu interior.

É uma honra ter podido contribuir com o desenvolvimento da competência comunicativa de tantas pessoas maravilhosas, jovens profissionais competentes, que estiveram em treinamento comigo neste ano.

Agradeço a cada um de vocês que acredita no meu trabalho, ou melhor, no 'nosso trabalho' - porque eu não faço nada sozinha!

Você sabe minha querida aluna, meu querido aluno, que no meu modo de instruir, a conexão, é uma das engrenagens da roda do ensino-aprendizagem. Obrigada por junto comigo, permitir que essa roda gire com potência, beleza e unidade.

E lá se foi mais um ano...
E aí vem outro chegando...
Os anos passam tão rápido...
Nossa! Já se passaram 33 anos que eu estou fazendo o que faço... e eu continuo amando... e continuo entusiasmada, como que iniciando...

Estou animada com a chegada de 2024.
Você também está?
🫧🤍 🕊 🤍🫧
Denise Puppin




A TODOS os meus alunos e alunas, aos meus amigos conhecidos e virtuais, desejo uma animada, abençoada e amorosa noite de...
25/12/2023

A TODOS os meus alunos e alunas, aos meus amigos conhecidos e virtuais, desejo uma animada, abençoada e amorosa noite de Natal.
Recebam meu carinhoso e cordial abraço,
DENISE PUPPIN

Fonoaudióloga - Professora de Oratória - Trainer de Apresentações, Discursos, Treinamentos - Gestão Emocional e Estratégica nas Exibições
🎄🤶❤️🎅🎄




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