
17/06/2025
Ainda não. As injeções de semaglutida, tirzepatida e retatrutida reduzem o apetite e podem cortar 15-25 % do peso em estudos, mas no dia a dia a perda gira em torno de 10 % e exige uso contínuo.
Por que a cirurgia continua forte?
• Perda mais estável: sleeve e bypass tiram 25-30 % do peso e mantêm boa parte por décadas.
• Impacto metabólico: até 70 % dos diabéticos ficam sem remédios, além de melhorar pressão, apneia e colesterol.
• Custo a longo prazo: a operação é cara no início, mas evita gasto mensal com injeções e complicações.
• Sem adesão crônica: é um procedimento único, seguido de acompanhamento clínico, sem “agulhas para sempre”.
Quando usar remédio?
• IMC 27-34 sem grandes doenças ou medo de cirurgia.
• “Ponte” pré-operatória para reduzir riscos.
• Tratar reganho anos após a bariátrica.
• Paciente com risco cirúrgico alto ou contraindicação anatômica.
Quando preferir cirurgia?
• IMC ≥ 40, ou ≥ 35 com diabetes, hipertensão ou apneia.
• Falha de dieta e medicamentos.
• Busca de resultado mais previsível e duradouro.
Trabalho em equipe
O plano ideal une dieta, exercício, psicologia, nutrição, medicamentos e, quando indicado, cirurgia. Não é “remédio ou bisturi”, e sim usar cada ferramenta no momento certo.
Conclusão
Os agonistas de GLP-1 são a maior revolução desde a bariátrica, dando opção a quem antes não tinha. Porém a cirurgia segue como tratamento mais potente e custo-efetivo para obesidade grave. Para muitos, o futuro será integrar terapias, não substituí-las.