
14/08/2025
Mais histórias de viajantes!
Na terceira noite da viagem, fomos para o .eco_danatureza.
Localizado na comunidade quilombola São Roque, o espaço é cuidado pelo guia turístico (recomendadíssimo, por sinal) e por sua família.
Conheci Edson, homem quilombola, por indicação.
Vi documentários sobre a comunidade, li algumas histórias e não tive dúvidas: precisávamos passar por lá.
Ficamos apenas um dia, mas conseguimos ouvir histórias antigas e muito vivas do Sr. Luiz, pai do Edson, também nascido e criado na comunidade.
Ele nos contou sobre o período colonial, as atividades exercidas naquela época , os costumes indígenas (uma das origens étnicas da comunidade), os casamentos arranjados e o feijão consumido pelos tropeiros — homens que transportavam mercadorias em mulas — e que se alimentavam de uma combinação de feijão, farinha de mandioca, torresmo e ovos.
Exato: daí o feijão tropeiro!
Parecia que, a cada conto que ele narrava, um pedaço da minha história se desanuviava.
Tenho avó de origem indígena, nascida no sul do país, e muitos fatos da ancestralidade dela iam de encontro com esses contos.
Fui atrás de natureza, de histórias, de paz.
Encontrei um pouco de mim, num Brasil tão mal contado.
Olhava, eufórica, para as crianças e para tudo o que estava acontecendo.
Tanto aprendizado, de forma tão representativa.
A ancestralidade, em sua forma mais rica, se fazia presente.
Bem… trouxemos sementes.
De abacate.
E de identidade.
O terreno aqui é fértil.
Agora é esperar brotar.🤎