03/10/2025
Durante a infância, os níveis de estrogênio são naturalmente baixos. Na adolescência, eles aumentam significativamente e se tornam bastante flutuantes, especialmente quando comparados à progesterona o “hormônio que acalma a menstruação” que permanece baixa até que os ciclos menstruais regulares se estabeleçam. Essa combinação de estrogênio elevado e progesterona baixa ocorre tanto na primeira puberdade quanto na chamada “segunda puberdade” (transição menopausal ou Perimenpausa). Na primeira, a progesterona é adquirida de forma gradual; na segunda, ela é lentamente perdida.
É justamente essa discrepância hormonal que explica menstruações intensas na adolescência e, posteriormente, pode levar a ciclos mais volumosos ou sintomáticos novamente na faixa dos 35, 40 anos. Com o avanço da segunda puberdade, o estrogênio também diminui, atingindo os níveis baixos e estáveis típicos da menopausa, semelhantes aos da infância.
Esse processo de transição hormonal pode se estender por até dez anos, ou mais, o que significa que os sintomas podem persistir por longos períodos, mas não são permanentes.
A menopausa não é uma falha biológica, mas uma etapa natural e estratégica da nossa evolução.